segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Como evitar o envelhecimento

Evitar o envelhecimento: Um truque que funciona





A busca pela busca da mítica Fonte da Juventude é infindável e infrutífera. Mas um método para aumentar a expectativa de vida e manter a sua aparência mais jovem é aceito entre os grandes pesquisadores.

A formula para evitar o envelhecimento é muito simples: Coma menos. Isto pode adicionar anos à sua vida, dizem vários especialistas. E se feito com moderação pode, no mínimo, ajudar você a viver uma vida mais saudável.

A questão é: As pessoas comuns farão isso para evitar o envelhecimento ?

Enquanto cirurgias plásticas fazem você parecer mais jovem e sentir-se melhor consigo mesmo, a restrição calórica é a técnica mais próxima da Fonte da Juventude que já se teve notícia. Mesmo cientistas que são cautelosos sobre novidades antienvelhecimento dizem que funciona tanto para cortar o risco para algumas doenças (câncer, diabetes e doenças cardíacas) quanto para permitir que as células do corpo vivam mais tempo.

Os números

Coma apenas 15% menos à partir dos 25 anos e você ganha 4,5 anos de vida. Esta estimativa foi feita a partir de estudos com animais e pesquisas preliminares em humanos.

Talvez os medicamentos que estão sendo criados com base nestes estudos sobre restrição calórica sejam ainda mais promissores. Estas drogas têm o objetivo de levar os mesmos benefícios às células, desligando as coisas ruins e ligando as boas para estender a vida da célula.

Se você viver o suficiente para ver estes remédios promissores serem desenvolvidos, você poderá viver em um mundo onde a expectativa de vida vai aumentar entre 10 e 15 anos, de acordo com os pesquisadores.

Mistérios permanecem

Os cientistas não tem certeza sobre o que retarda o envelhecimento, mas estão próximos de um entendimento. As evidências apontam para o fato de que uma taxa metabólica mais baixa leva o corpo a gerar menos “radicais livres” danosos.

Uma das hipóteses é de que, se reduz a produção de um hormônio da tireóide chamado triodotironina (T3), o que retarda o metabolismo e o envelhecimento dos tecidos.

Você pode cortar entre 300 e 500 calorias simplesmente pulando a sobremesa ou substituindo o fast food por um sanduíche mais leve. Também não custa nada substituir refrigerantes e outras bebidas açucaradas pelos seus equivalentes sem calorias.

As evidências apontam para o fato de que a restrição calórica funciona em humanos assim como em animais.

Provas concretas

A evidência de que dietas de restrição calórica expandem a expectativa de vida é sólida em roedores. Um estudo de 2006 mostrou que comendo apenas 8% menos e fazendo um pouco mais exercícios, se pode reduzir, e até reverter, o envelhecimento celular e danos em órgãos.

Vários estudos mostraram que cortar entre 20 e 40% das calorias estende a vida e, com um pouco de exercício, deixa os animais velhos em melhor forma.

Ingerir menos calorias também reduz incidência de doenças crônicas como câncer, doença cardíaca e derrame. Isso é importante porque sugere maneiras não apenas de vivermos mais, mas de envelhecermos com mais saúde.

No ano passado um estudo descobriu que ratos em dietas de baixas calorias estavam em melhor forma física na velhice, diminuindo as chances de deficiências físicas. Os ratos tinham também melhor aparência e possivelmente sentiam-se melhor. Aqueles com dietas normais perdiam quantidades significativas de tecido magro e adquiriam mais gordura, enquanto aqueles em dietas de baixas calorias mantiveram a massa magra enquanto envelheciam.

Roedores são bons análogos da fisiologia humana. Cães são ainda melhores.

Um estudo de 14 anos, feito com 48 Labradores Retrievers, descobriu que restringir sua dieta em 25% a partir das 8 semanas de idade estendeu suas vidas uma média de 1,8 anos. Para um animal que não passa da primeira adolescência esse é um grande número.

O estudo também mostrou que um corpo mais magro atrasa o surgimento de algumas doenças crônicas como osteoartrite. Este tipo de doenças da senilidade atingiu os cães que estavam em dietas de restrição calórica 2,1 anos mais tarde do que em outros.

Possivelmente funciona em humanos

Convencer humanos a comer menos e estudar os efeitos ao longo de uma vida é muito mais difícil. Mas uma pilha cada vez maior de pesquisas sugere que o que funciona em ratos e cães parece ser verdade em humanos.

Existem estudos sendo feitos com primatas que vivem entre 25 e 30 anos, e as indicações iniciais já são promissoras.

Um estudo em humanos em 2007 mostrou que cortar calorias em humanos reduz o dano oxidante em células musculares. Este efeito pode resultar em uma vida mais longa.

Mas os pesquisadores avisam que a natureza humana não facilita uma restrição calórica que dure a vida toda.

Buscando o equilíbrio

Sofrer anos para manter-se super magro não vai ajudar muito em termos de longevidade. A idéia de “viver para sempre” é comumente noticiada pela mídia. Tente manter um corpo saudável, mas não se prive de todos os prazeres. Moderação é uma solução mais inteligente.

E roedores são um bom exemplo disso: Camundongos vivem mais se a ingestão de calorias for reduzida em 10%. Se você restringir 20% eles vivem mais ainda. Corte suas calorias para a metade e eles irão viver ainda mais. Mas se você cortar 60% de suas calorias eles irão morrer de fome.

De acordo com pesquisadores não há nada no horizonte que estenda a longevidade em dez ou mais anos, até o momento.

Grande promessa

Outros especialistas estão otimistas que a pesquisa em dietas de restrição calórica levará a desenvolvimentos mais importantes.

Cientistas estão investigando compostos chamados de CR mimetics, compostos que imitam os efeitos da restrição calórica. Um destes elementos, que tem recebido bastante atenção, é o resveratrol, encontrado na casca de uvas roxas e, conseqüentemente, no vinho tinto.

A dieta dos franceses é rica em gordura, mesmo assim eles vivem vidas relativamente longas. O resveratrol e outros componentes do vinho tinto podem ser os responsáveis para esta vida boa.

Pesquisadores pensam que os esforços de vários ângulos combinados podem estender a vida em até 15 anos até o final deste século.

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