domingo, 25 de março de 2012

A maldição do quadro de Bragolin

Você nunca desejará ter um quadro desse em casa…
Nos anos 70, várias moradias inglesas pegaram fogo e foram totalmente destruídas. Pareciam ser incêndios “normais”, mas algum tempo depois, foi descoberto que havia algo em comum entre todas as casas que se incendiaram.
Centenas de incêndios de origem não sabia, fez com que a imaginação de muitas pessoas despertassem, pois em todos os casos, as moradias estavam completamente destruídas, exceto por um detalhe: o quadro de um menino chorando sempre estava intacto. “Curiosamente, em muitos casos, a única peça de decoração a sobreviver às chamas era justamente a cópia”, contou o jornalista Dick Donovan.
Menino monstro
O quadro foi pintado originalmente por Giovanni Bragolin, que se tornou muito famoso e várias pessoas compraram cópias para exibirem em suas casas. Algumas delas, como Ann Hardwick, teve sua moradia completamente destruída por um intrigante incêndio, mas o que mais lhe assustou foi o fato de que as três cópias do quadro que ela tinham permaneciam intactos após o incêndio.
Esses casos tornaram-se tão famosos que até mesmo o jornal The Sun se uniu com seus leitores para recolher as cópias da obra e destruí-las. Assim, milhares de quadros do pintor foram destruídos, talvez evitando moradias de um trágico destino.
Menino monstro
Detalhe: esse quadro não mostra somente uma criança chorando, mas também mostra um menino sendo devorado.
Enfim, com um menino devorado ou não, será que os quadros do pintor são mesmo amaldiçoados ou tudo não passa de uma grande lenda urbana?
Leitura complementar: Giovanni Bragolin

As viagens no tempo

De certa forma, somos todos viajantes no tempo. E isso se dá a um ritmo constante, de 60 segundos por minuto. Seguimos, assim, rumo ao futuro. Mas, agora, imagine, leitor, uma ‘mágica’ que fizesse o tempo passar mais lentamente para você que para o resto do universo. Sob o efeito desse, digamos, encanto, você veria tudo ao seu redor envelhecer em marcha acelerada, o que, efetivamente, o levaria mais rapidamente para o futuro.

Em 1905, o físico de origem alemã Albert Einstein descreveu, em sua teoria da relatividade restrita, como a natureza permite esse ‘passe de mágica’. Essa teoria de Einstein prevê que o tempo passa mais lentamente para quem é acelerado a altíssimas velocidades. Essa dilatação temporal tem sido rotineiramente observada.

Em princípio, para viajarmos para um futuro ‘distante’, bastaria uma nave espacial muito rápidaUm modo clássico de se comprovar essa passagem mais lenta do tempo é fazer um relógio atômico ultrapreciso viajar a bordo de um avião supersônico. Quando se compara esse equipamento a um que permaneceu em terra, nota-se uma diminuta disparidade entre os tempos, que, inicialmente, eram iguais. O relógio a bordo atrasa em relação ao do solo.

Apesar de a dilatação temporal ocorrer a qualquer velocidade, esse efeito só é significativo quando atingimos velocidades comparáveis à da luz no vácuo (300 mil km/s). Portanto, em princípio, para viajarmos para um futuro ‘distante’, bastaria uma nave espacial muito rápida.


Curvando espaço e tempo
Vimos que, a todo instante, estamos viajando rumo ao futuro. No entanto, a física de viagens para o passado é bem mais complicada e controversa. Para entendermos a qestão, precisaremos de alguns conceitos básicos da física.

A melhor descrição que temos de como o espaço e o tempo se relacionam é a teoria da relatividade geral, de Einstein, finalizada em 1915. Apesar do nome, ela nada mais é do que uma teoria da gravitação, que substitui (ou generaliza) aquela idealizada, 250 anos antes, pelo físico inglês Isaac Newton (1642-1727).

Essa substituição é necessária quando lidamos com campos gravitacionais intensos ou velocidades comparáveis à da luz. Na relatividade geral, o espaço e o tempo formam um uno indissociável com quatro dimensões, três delas espaciais (altura, largura e comprimento) e uma temporal.

Mas, para nossos propósitos aqui, podemos imaginar o espaço-tempo – como os físicos denominam esse contínuo – como algo mais simples: uma daquelas camas elásticas usadas por malabaristas de circo. A relatividade geral prevê que a presença de matéria distorce o espaço-tempo, do mesmo modo que, em nossa analogia, uma grande esfera de chumbo curvaria nossa cama elástica. É justamente essa curvatura que faz com que os corpos se atraiam gravitacionalmente.


O conceito de espaço-tempo previsto na teoria da relatividade geral pode ser comparado a uma cama elástica, que é curvada pela presença de matéria. Quando jogamos uma pedra para cima, ela volta ao solo, ‘escorregando’ pelo espaço-tempo distorcido pela massa da Terra. Nosso planeta, por sua vez, se move pelo espaço-tempo curvado pela massa do Sol. E assim por diante.

O físico norte-americano John Archibald Wheeler (1911-2008) resumiu os fenômenos gravitacionais de forma quase poética: “A matéria diz ao espaço como se curvar. O espaço diz à matéria como se mover.” Essa distorção do espaço-tempo pode ser extrema, criando objetos curiosos, como os buracos negros, de onde nem a luz consegue escapar (ver CH 182).


De volta ao passado?
Na década de 1930, foi descoberta outra previsão estranha da relatividade geral: a possibilidade de caminhos espaço-temporais nos levarem a nosso próprio passado. Essas trajetórias que se curvam para o passado foram chamadas curvas tipo tempo fechadas – ou, simplesmente, CTCs, do nome em inglês.

De lá para cá, tem havido muita discussão sobre o significado dessa previsão teórica. Será que ela poderia sair do papel, permitindo a construção de uma máquina do tempo? E, se isso for possível, como evitar paradoxos? O certo é que, atualmente, ninguém sabe como construir uma máquina do tempo que nos leve para o passado.

O certo é que, atualmente, ninguém sabe como construir uma máquina do tempo que nos leve para o passadoHá quem ache que esse e outros mistérios do espaço-tempo só serão esclarecidos quando tivermos uma teoria que unifique os dois pilares da física contemporânea: a relatividade geral, que, como vimos, lida com os fenômenos do gigantesco e do ultraveloz, e a mecânica quântica, que trata do diminuto mundo das dimensões moleculares, atômicas e subatômicas.

Apesar dos esforços de milhares de cientistas, até agora, essa unificação, do macro com o micro, ainda não foi feita – um dos problemas é a dificuldade em realizar testes experimentais conclusivos. Apesar dessa dificuldade, nos últimos anos, a mecânica quântica tem esclarecido aspectos dessas possíveis viagens no tempo.

domingo, 11 de março de 2012

Sinais de desmotivação

O entardecer do domingo oferece uma sensação de angústia diante do início de mais uma semana de trabalho que se avizinha. Você logo imagina o desconforto de levantar-se cedo e encarar um pesado trânsito – ou transporte público lotado – até sua empresa, onde reencontrará colegas com os quais mantém um relacionamento superficial, caixa de entrada cheia e reuniões intermináveis que parecem não levar a ações concretas.

Um almoço insípido, alguns telefonemas e uma eventual discussão podem completar uma rotina que se estenderá até a sexta-feira ou o sábado, quando finalmente a alegria se manifestará com uma pausa em suas atividades profissionais.

Se você se identifica com o cenário acima é porque sinais de desmotivação bateram à sua porta. Você se sente desanimado com tudo, sem notar que animus representa o princípio espiritual da vida, do latim anima, ou o sopro de vida. Assim, estar desanimado é estar sem alma, sem espírito, sem vida...

Basicamente, esta situação pode decorrer de um aspecto interno, a falta de entusiasmo, ou externo, a falta de reconhecimento.

A perda de entusiasmo é um processo endógeno, ou seja, inerente a você. Ela parte de dentro para fora e pode ser consequência de diversos fatores. Primeiro, de um trabalho desalinhado com seus propósitos, em especial missão e visão. Se a sua atividade não guarda sinergia com os objetivos que você determina para seu futuro, é natural que gradualmente o interesse se desvaneça, porque você não enxerga sentido no que faz.

Além disso, há que considerar a influência do ambiente de trabalho –coisas e pessoas. Uma infraestrutura inadequada, formada por equipamentos ultrapassados, que comprometem um bom desempenho profissional, associada a um clima de trabalho tenso em virtude de desarmonia com os colegas, certamente prejudicam seu estado emocional.

Outra variante possível é o que denomino de “síndrome da cabeça no teto”. Isso acontece quando mesmo dispondo de boa infraestrutura, clima organizacional favorável e atividade sintonizada com seus objetivos pessoais, a empresa mostra-se pequena para seu potencial. Neste contexto, você se sente maior do que a estrutura que lhe é oferecida e percebe que seu crescimento está ou ficará limitado.

Todas estas circunstâncias conduzem a um crescente desestímulo. A apatia floresce, o desalento toma conta de seu ser e o entusiasmo se despede. E quando remetemos à raiz grega da palavra entusiasmo, que significa literalmente “ter Deus dentro de si”, compreendemos a importância de cultivá-lo para alcançar o sucesso pessoal e profissional.

Já a falta de reconhecimento é uma vertente exógena, ou seja, dada de fora para dentro. Em maior ou menor grau, todas as pessoas precisam de doses de reconhecimento. Aqueles dotados de uma autoestima mais elevada conseguem saciar esta necessidade individualmente. Porém, em especial no mundo corporativo, espera-se que nossos pares, e mais ainda, os superiores hierárquicos, demonstrem reconhecimento por nossos feitos, seja como identificação ou por gratidão.

Este reconhecimento pode vir travestido por um sorriso ou um abraço fraterno, congratulações públicas ou privadas, recompensa financeira ou promoção de cargo. Mas é fundamental que se demonstre, pois funciona como combustível a nos mover em direção a novas realizações, maior empenho e satisfação.

Em regra, note que aplacar os sinais de desmotivação depende exclusivamente de você. Em princípio, esteja atento para identificar estes sinais. Em seguida, procure agir para combatê-los. Isso pode significar mudar ou melhorar o ambiente de trabalho, buscar relações mais amistosas com seus colegas, alterar sempre que possível sua rotina, perseguir novos desafios, estreitar o diálogo com seus supervisores. E, num extremo, até mesmo mudar de organização se preciso for, planejando sua saída com consciência e racionalidade.

Ibope do twitter

Empresa proprietária do microblog prepara uma ferramenta que permitirá a medição da audiência de cada perfil da rede

Quando o Twitter foi criado, há quatro anos, ninguém imaginava que ele faria tamanho sucesso. Das cerca de 500 mil contas iniciais, a rede passou a ter aproximadamente 145 milhões de usuários, segundo o mais recente levantamento. Toda essa adesão despertou o interesse de empresas e hoje o microblog é considerado a menina dos olhos do marketing digital. Agora, o próprio Twitter está atento a isso e planeja o lançamento de uma ferramenta que medirá a audiência nas contas da rede. O serviço, parecido com o Google Analytics, ainda não tem data para chegar a todos os internautas, mas já está sendo testado por seletos tuiteiros.

“Demos a um pequeno grupo do Twitter acesso a um painel de análise simples e direta, como parte de um teste alpha. Queremos dar uma visão de como esses usuários podem deixar seus tuítes mais atraentes”, contou ao Correio, por e-mail, Jolanta Twarowska, da equipe de comunicação da companhia. “Há uma demanda corporativa forte por melhores ferramentas de acompanhamento e análise e nós queremos ajudar os desenvolvedores a aproveitar essa grande oportunidade”, disse.

Até agora, todos os mecanismos de verificação de audiência no microblog foram criados por outras empresas. O trst.me, por exemplo, do site de pesquisas Infochimps, oferece um ranking mundial dos tuiteiros mais influentes. Também é possível saber, em uma escala de 1 a 10, qual é o grau do alcance de sua conta. O apresentador Luciano Huck, um dos tuiteiros mais ativos do país, ficou com 7,6, segundo o trst.me, que lança mão de um recurso similar ao que o Google usa para classificar os resultados de buscas.

Sem se levar tão a sério, o site TweetValue avalia quanto vale, em dólares, o seu perfil no microblog. “Esse serviço foi criado pelo empresário sueco Jonas Lejon. O valor é calculado com um algoritmo que se baseia na informação pública disponível no seu perfil do Twitter. Na verdade, não”, avisa o about do site — deixando claro que é tudo uma grande brincadeira. Mas vale pela brincadeira. A página mais bem cotada é a da cantora Lady Gaga, que vale US$ 104 mil. Ivete Sangalo conseguiu alcançar US$ 64 mil e Sabrina Sato, US$ 59 mil.

Há também ferramentas úteis — como o Twitual e o Friend or Fallow — que mostram quem são seus seguidores, quem você segue e quem não está lhe seguindo de volta. O Tweetstats, outro medidor independente, oferece um gráfico com a quantidade de tuítes que foram parar na sua página, distribuídos conforme os dias da semana. Bastante recomendável, há o Follow Cost, que calcula quantos tuítes, em média, um usuário escreve por dia. Assim, fica fácil imaginar se a pessoa tem realmente algo a dizer ou se apenas sai por aí postando a torto e a direito.

Critérios

É nesse aspecto que muitos tuiteiros pecam. “O microblog, assim como qualquer outra mídia social, superexpõe as pessoas. Você pode abrir sua vida completamente, postar fotos e vídeos, mas é preciso ter cuidado, porque essas coisas formam o seu caráter virtual”, afirma Sérgio Lima, da agência de marketing digital AD Brazil. “Isso é ainda mais importante entre os jovens, que, por vezes, falam demais e acabam criando uma imagem diferente do que eles realmente são”, destaca.

Como, então, fazer com que seu perfil conquiste uma boa audiência? Sérgio Lima explica que a chave de tudo é a interação, ter disposição para se relacionar com seus seguidores. “As pessoas comuns precisam criar conteúdos interessantes — posts bem-humorados ou de crítica social — e estarem prontas para receber críticas”, aconselha. Um caso de sucesso é PC Siqueira, mais conhecido por @pecesiqueira, que posta vídeos semanais sobre abobrinhas e hoje tem quase 500 mil seguidores. Outro exemplo é Hugo Gloss (@hugo_Gloss), considerado o melhor colunista social do Twitter, também com cerca de meio milhão de followers.

Esse imenso potencial do microblog não passou batido para os empresários. “O Twitter é uma ferramenta de marketing direto, um pouco parecida com aqueles canais de TV que vendem produtos na madrugada”, define Conrado Adolpho, diretor da agência PubliWeb e autor do livro Google marketing (Editora Novatec). Isso não significa, no entanto, que as companhias têm de entrar a qualquer custo no Twitter e sair publicando preços e ofertas. “Os brasileiros se relacionam, em média, com cinco empresas nas redes sociais. Mas o contato só dá certo se as companhias não forem incisivas, é preciso ter tranquilidade para administrar a relação”, esclarece Lucas Pestalozzi, porta-voz do instituto de pesquisa TNS Research.

Basicamente, a audiência virá depois de um plano de comunicação bem elaborado (veja quadro). Uma clínica de cirurgia plástica, por exemplo, não deve tuitar pacotes promocionais a todo momento, porque quem faz isso são os sites de descontos, como o Peixe Urbano. “O papel da empresa é construir um relacionamento e isso se faz com informações relevantes. No caso da clínica de cirurgia plástica, seria bacana tuitar sobre dicas de beleza, cuidados com a pele”, exemplifica Conrado Adolpho.

O especialista cita o caso da construtora Tecnisa, que, após muita interação com tuiteiros, acabou vendendo um imóvel pelo microblog. Fora do Brasil, há outras histórias de sucesso: na Inglaterra, uma rede de padarias sincronizou o Twitter com a máquina de fazer pão. Assim, quando o alimento sai do forno, os seguidores recebem um tuíte. “O microblog deixa a relação de consumo mais direta, por isso é preciso ter cuidado. Não dá para usá-lo só para fazer promoção, senão é como aquele amigo que só liga para pedir dinheiro emprestado”, compara.

Entre os bits

O marketing digital reúne uma série de estratégias de comunicação que utilizam como plataforma os meios eletrônicos: computadores, celulares, smartphones, tablets e por aí vai. Ganhou mais importância com o surgimento das redes sociais, uma vez que elas permitem o contato direto e segmentado com os consumidores.

Bê-á-bá da empresa tuitera

Saiba o que fazer para conquistar internautas.
» As empresas devem estar presentes em redes sociais. Isso não significa que todas precisam ter ações propositivas. O essencial é monitorar o que os internautas pensam da sua marca e da concorrência.

» Se a companhia quiser ser mais ativa, é preciso elaborar um plano de ação, com objetivos claros dentro das mídias sociais. Se a ideia é atingir o público feminino de 20 a 30 anos, por exemplo, não adianta postar tuítes sobre maternidade.

» O mais importante é interagir com os usuários, ouvindo o que eles têm a dizer e respondendo a críticas e sugestões de forma rápida e cortês.

» Um bom caminho é investir em tuítes patrocinados. Uma loja de roupas, por exemplo, pode fechar negócio com os administradores do perfil do programa Esquadrão da Moda, que passa no SBT, para apresentar seus produtos.

» Acima de tudo, a empresa precisa estar aberta a reclamações. Afinal, a web é como uma palanque, e quem se propõe a entrar nesse mundo tem de estar preparado para tudo

Internação compulsória

No quinto artigo, a Constituição Federal traz o direito à vida e à liberdade como garantias invioláveis do povo brasileiro. Por vezes, dois direitos tão fundamentais são confrontados. E aí surge a dúvida: entre a liberdade e a vida, com qual você fica? A capciosa dúvida, claro, não precisa ser levada ao extremo, mas o fato é que, sem vida, não há como reivindicar liberdade.

Ou seja, a liberdade possui limites. O que não tem limites e é inquestionável é o direito à vida. Nem que, para exercer esse direito em plenitude, o cidadão precise abrir mão da liberdade por algum período. O direito à vida deve ser compreendido ainda de acordo com uma visão global, incluindo na interpretação outros valores, entre os quais se destaca a dignidade humana, presente na curta relação de fundamentos da democracia brasileira.

E exatamente apoiada nos fundamentos da democracia, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado está analisando o PLS 111/10, de autoria do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que altera o artigo 28, da Lei 11.343, a chamada Lei de Drogas, para estabelecer pena de detenção de seis meses a um ano para o usuário de drogas, bem como a possibilidade da substituição da pena privativa de liberdade por tratamento especializado.

Parlamentares já introduziram alterações ao texto original. Uma delas é a troca da prisão pela "internação compulsória". Para a senadora Ana Amélia (PP-RS), relatora do PLS, a dependência química é questão de saúde e não de segurança já que 98% dos municípios brasileiros relatam problemas decorrentes do uso de álcool e drogas.

A Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) cerra fileiras com a senadora e com os parlamentares que têm o mesmo posicionamento. Para a ABP, o dependente químico não é criminoso que precise de cadeia, é doente que necessita de atenção e atendimento especializado porque já está sentenciado à prisão sem grades determinada pelo uso das drogas.

Para o dependente químico e sua família, a internação compulsória, muitas vezes, se torna a única garantia de vida ou qualidade de vida. A ABP deixa claro, no entanto, que a internação compulsória deve ser acompanhada e indicada por psiquiatra.

Os críticos à medida argumentam que a internação compulsória expõe o caráter repressivo do recolhimento, afinal, a aversão a qualquer período de internação psiquiátrica é forte ainda nos dias atuais e baseia-se, principalmente, na legislação do direito à liberdade.

Acontece que a ação humana não é absolutamente livre, já diziam os filósofos. Todo agir está condicionado a escolhas e só está em condições de fazer escolhas e agir com liberdade quem melhor compreende as alternativas que lhe são oferecidas.

Sim, o direito à liberdade é muito importante, mas não é possível ser livre se se está preso a doenças mentais ou dependência química que, em última instância, levam o cidadão a ter comportamentos obsessivos, repetitivos, compulsivos, impulsivos, disfuncionais, autolesivos, suicidas de tal modo avassalador que ele perde a capacidade de amar e de trabalhar. Está preso a um automatismo mental que ele próprio reconhece ser tirânico e do qual não consegue se libertar.

Como afirma o filósofo-psiquiatra Henri Ey, o indivíduo perde a liberdade de decidir o que é bom e mau para si mesmo, perde até a liberdade de "pecar" por conta própria, dado o determinismo biológico e psíquico doentio a que está submetido. Espero nunca ser necessário fazer uma escolha que coloque em oposição o direito à vida e o direito à liberdade, mas se, para ter vida em plenitude, precisar abdicar de algum período de liberdade em local adequado, que assim seja.

Relações familiares difíceis

São muitos os processos obsessivos que envolvem as relações interfamiliares. Obsessivo no sentido psíquico-espiritual que gera um ciclo vicioso no qual os sentimentos negativos afloram com a força desarmonizadora do remoto passado.

Conflitos entre pai e mãe, pais e filhos ou entre irmãos, que disputam, estimulados pela energia da cólera, do ciúme, da inveja e do orgulho, bens materiais ou posses que os tornam "visíveis" no mundo das "aparências".

Como fizeram no pretérito, são capazes de repetir as mesmas doses de trapaça, indiferença e prepotência para levarem vantagens uns sobre os outros. Quadros em que a ganância e a hipocrisia superam valores humanos de civilidade, honestidade e igualdade nas relações interpessoais.

Estabelecida a discórdia no grupo familiar, os valores tendem a girar em torno da "lei dos mais forte e mais esperto". É quando a frieza, que é filha legítima do vazio de amor, articula com os seus invisíveis tentáculos, interesses escusos que substituem a paz de espírito e o convívio saudável entre seres que se reuniram para mais um tentativa de aprendizado e crescimento mútuo.

Diante da nova oportunidade concedida, a encarnação, ao invés de processar a libertação do espírito, torna-se um fardo cumulativo de energias deletérias. O livre arbítrio, por submeter-se a processos obsessivos de origem psíquico-espiritual, reproduz o traço comportamental do passado, levando os indivíduos que reorganizaram-se para processar o amor nas relações familiares, resgatarem a energia do desequilíbrio que muitos males gerou no passado.

Com a desarmonia nas relações, surgem as velhas conhecidas da Humanidade: as enfermidades psíquicas de origem espiritual, que envolvem, inapelavelmente, mentes e corações, subjugando os envolvidos na energia da violência explícita ou implícita, geradora dos dramas e das tragédias que são amigas íntimas da dor e do sofrimento humano.

Desconectados da essência e perdidos no labirinto de si mesmos, pais e irmãos perambulam às escuras, subjugados pelas sinistras presenças que os acompanham na escuridão da existência.

O que era para ser um grupo familiar em processo de mútuo aprendizado e crescimento, vira -pelo livre-arbítrio- um grupo de indivíduos que novamente elege o egoísmo e a inveja como orientadores de suas caminhadas. Caminhos em que, mais uma vez, terão de carregar os seus pesados fardos.

Contudo, por mais longa que seja a jornada, nunca é tarde para que o indivíduo dotado de inteligência pare, reflita e visualize na imensidão de si mesmo, atalhos que levem ao encontro da essência e seus inestimáveis tesouros.

Por mais pesado que seja o fardo, este não representa uma condenação perpétua e, sim, a projeção acumulada pela energia do livre-arbítrio. Basta, portanto, que o indivíduo desperte e reverta -através da depuração espiritual- este processo gerador dos desequilíbrios bio-psíquico-espirituais que tantos transtornos causam ao coletivo familiar.

As psicoterapias que lidam com a natureza interdimensional do homem, associadas ao fortalecimento da fé raciocinada (sem dogma ou fanatismo religioso), são opções de auxílio para que o indivíduo encontre o seu próprio caminho, ou seja, o rumo que o leve ao encontro da essência, a sua legítima e intransferível identidade terrena e universal.

O indivíduo somente estabelecerá relações estáveis e maduras consigo mesmo, com o outrem e com o mundo à sua volta, quando pacificar o seu coração, após ter se libertado de sentimentos negativos que o mantinham preso ao passado.

A conquista -ou recuperação- da lucidez, é o primeiro passo do processo de libertação que leva o ser inteligente a um nível de percepção mais abrangente sobre os significados da vida. Patamar consciencial que abre a janela do autoconhecimento simbolizado pela Mãe-Terra, o Pai-Universo e os seres inteligentes irmanados em uma grande e única família universal.

A compreensão de que as relações familiares vão do micro ao macro universo, é imprescindível para que despertemos para a importância da maternidade e paternidade conscientes relacionadas à educação dos filhos. A consciência -ou a falta desta- é fator determinante para que se estabeleça no futuro da família, o nível das relações interpessoais.

Maçonaria eclética

De vez em quando você pode se deparar com alguns maçons incomodados com a variedade de ritos na Maçonaria, argumentando que os "Altos Graus" se distanciam da maçonaria operativa e crentes que os vários ritos mais dividem do que unem os obreiros da Arte Real. Ou talvez você mesmo pense assim. Saiba que esse incômodo não é coisa nova na Maçonaria, e já até originou Ritos e Obediências. A Maçonaria Eclética, que também ficou conhecida como União Eclética, teve início como uma espécie de confederação de algumas Lojas alemãs. Essa união de Lojas se baseava no desejo de praticar um sistema mais puro de Maçonaria, mais próximo das antigas práticas da Maçonaria Operativa, ou seja, sem as influências de Cabala, Alquimia, Astrologia, Hermetismo, Cavalaria, Teosofia ou outras ciências ocultas e religiões que os diversos ritos do século XVIII na Europa apresentavam.

A União Eclética teve início em 1779 sob a liderança do Barão Von Ditfurth, que havia sido um importante adepto do Rito da Estrita Observância, o qual estava em decadência por conta da indevida influência da cavalaria nos graus simbólicos e de sua “liderança oculta”. Desse movimento eclético, concentrado em Frankfurt, surgiu o Rito Eclético, composto por apenas os três graus simbólicos de Aprendiz, Companheiro e Mestre.

Em 1783 duas “pequenas Grandes Lojas” adotaram o Rito Eclético: Grande Loja de Frankfurt am Main, e Grande Loja de Wetzlar. Elas enviaram uma carta a todas as Lojas da Alemanha convidando-as para se aliarem à União Eclética e assim praticarem a legítima Arte Real. Algumas Lojas atenderam o chamado, o que serviu de base para a fundação, em 1823, da “Grande Loja Mãe da Eclética União”, a qual, obviamente, somente reconhecia o Rito Eclético. Porém, essa receita de simplicidade não encontrou muitos adeptos ao longo dos anos: a Grande Loja da Eclética União nunca passou da casa dos 20 em número de Lojas.

Já a Maçonaria de Hamburgo nutria da mesma insatisfação com o Rito da Estrita Observância e o mesmo desejo pela prática de uma Maçonaria mais “pura”, mas de uma certa forma optou por trilhar o seu próprio caminho, adotando o Rito Schroeder em 1801. Pelo tamanho e importância de Hamburgo no cenário alemão, o Rito Schroeder obteve mais êxito.

Tais fatos evidenciam mais uma vez que, durante o século XVIII e início do século XIX, os maçons europeus, em vez de se submeterem à Maçonaria, submetiam-na a si mesmos.

O verdadeiro lema da maçonaria

Muitos maçons brasileiros com certeza responderão: “Liberdade, Igualdade, Fraternidade”! Porém, a resposta não é tão simples assim.

A origem desse lema é política, surgindo na Revolução Francesa e pegado emprestado pela Maçonaria daquele país, que tratou de adotá-lo e divulga-lo. A Maçonaria Brasileira, tão dependente da francesa, tratou de incorporá-lo e, desconhecendo a história da Revolução Francesa, fez o favor de popularizar entre seus membros uma inversão histórica dos papéis: na mente de muitos maçons brasileiros, foi a Revolução Francesa que pegou emprestado o lema da Maçonaria.



Já a Maçonaria de qualquer lugar que não seja descendente ou não tenha sido influenciada historicamente pela Maçonaria Francesa simplesmente desconhece “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” como lema maçônico. Para o restante do universo maçônico, algo em torno de ¾ da Maçonaria mundial, a Sublime Ordem possui outro lema:

“Fraternidade, Alívio e Verdade”. Essa é a divisa original da Maçonaria, muito bem explorada pela Maçonaria britânica e norte-americana de forma simbólica, ritualística e filosófica. A Fraternidade, ou Amor Fraternal, é demonstrado pelo tratamento tolerante, respeitoso e igualitário do maçom para com os demais maçons e que também alcança a sociedade; o Alívio, ou Socorro, é o objetivo de cada atitude caridosa do maçom aos irmãos, seus familiares e a toda a humanidade; a Verdade é compromisso de cada maçom, que além de observá-la deve sempre busca-la. Alguns estudiosos procuram relacionar tais grandes princípios com as virtudes teologais: Fé, Esperança e Caridade. A Verdade estaria ligada à Fé, pois Deus é a Verdade; o Alívio seria a demonstração de Caridade; e a Fraternidade representaria a Esperança de um dia todos os homens se tratarem como irmãos.

E assim como a Maçonaria brasileira costuma destacar a divisa republicana francesa de “Liberdade, Igualdade, Fraternidade” em seus diplomas, estandartes e adesivos, é bastante comum encontrar a divisa maçônica “Fraternidade, Alívio e Verdade” (Brotherly Love, Relief, Truth) em brasões, anéis, placas e souvenires maçônicos pelos países de língua inglesa.

Não se espera que a Maçonaria brasileira renegue o lema de costume, já tão enraizado na cultura maçônica local. Mas que, pelo menos, essa questão sirva como mais um exemplo de como, com o passar dos anos, a Maçonaria Universal tem sofrido fortes influências externas regionais, diferenciando-se em cada país, tornando-se “Maçonarias”. Independente de ser algo bom ou ruim, trata-se de um fenômeno que deve ser reconhecido e observado de perto.

Fim do mundo em 2012

Mais uma vez, a NASA anunciou que o mundo não vai acabar em 2012. O cientista Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Agência Espacial explica porque as pessoas não precisam se preocupar com a lista de ameaças que podem acabar com nosso planeta e que tem sido divulgadas por aí.

O calendário maia tem sido tema de várias conversas conspiratórias nos últimos anos. Segundo o que dizem por aí, a folhinha maia acabaria no dia 21 de dezembro desse ano, indicando que nosso planeta seria extinto na mesma data. Mas pela enésima vez explicando, o calendário mais não acaba em 2012, o que acaba é somente um ciclo dele, e na sequência, se inicia outro.

O planeta “X”

O planeta X, ou Niburu (ou chame como quiser) é um suposto planeta que está em rota de colisão com nosso lar. Obviamente não há nenhum dado científico que comprove sua existência. Os astrônomos já teriam notado sua ameaça caso ele resolvesse dar uma voltinha no nosso sistema solar e varrer um planeta ou outro.
Mas e se a NASA estivesse escondendo isso? Bem, será possível que milhares de astrônomos consigam manter um segredo dessa proporção?
Tempestades solares
Sempre estamos divulgando aqui alguma notícia sobre tempestade solares, mas elas sempre aconteceram e como deu pra perceber, estamos ainda vivos. Entretanto, muitos ainda relacionam esse comum fenômeno em nossa estrela ao fim do mundo.
Explicando as tempestades solares: a atividade solar atinge um pico máximo a cada 11 anos, e está prevista para acontecer em maio de 2013.
Alinhamento planetário (inundações globais)
Alguns acreditam que os planetas do sistema solar se alinhariam no final desse ano, fazendo com a maré dos oceanos em nosso planeta fosse alterada, causando grandes inundações em várias cidades.
Mas a NASA cancelou o evento: não há alinhamento planetário esse ano, e mesmo que houvesse, isso não causaria nenhum dano à Terra, pois os únicos corpos celestes que podem influenciar o nosso planeta são a Lua (devido à proximidade) e o Sol (devido à sua enorme massa).
Mudança de eixo e inversão dos pólos magnéticos
Outro evento previsto para o final do ano é a mudança do eixo da Terra e a inversão dos pólos magnéticos. Só pra variar, isso também não vai acontecer. De acordo com Yeomans, o eixo de rotação da Terra é impossível de ser alterado, pois a órbita da Lua ao redor de nosso planeta o torna bastante estável.
À respeito da inversão dos pólos magnéticos, bem, isso sim pode acontecer. Mas não acontecerá nos próximos 500 mil anos. Não existem evidências de que os pólos terráqueos serão modificados num período tão curto. Isso leva milhares de anos para acontecer, o que seria percebido pelos pesquisadores.
E mesmo que isso acontecesse, não traria nenhum risco à nós. O único prejuízo seria o fato de que teríamos de regular nossas bússolas para a nova configuração da Terra.
Impacto de um meteoro
Um meteoro pode se colidir com nosso planeta no final do ano? Não! Mas isso pode acontecer em 2036 ou 2040, mas em 2012 não. Mesmo assim, nesses anos citados, as chances são muito pequenas, mas merecem a atenção dos cientistas.
Invasão alienígena?
Bem, quanto à isso não podemos garantir que não, mas as quais chances que eles venham fazer uma visitinha pouco antes do Natal? Muito pequenas. Acho que até merece ser desconsiderada.