terça-feira, 29 de março de 2011

Identificação das rodovias brasileiras

DAS  RODOVIAS  FEDERAIS
As marcações das rodovias federais através das explicações do DNIT
A nomenclatura das rodovias é definida pela sigla BR, que significa que a rodovia é federal, seguida por três algarismos. O primeiro algarismo indica a categoria da rodovia, de acordo com as definições estabelecidas no Plano Nacional de Viação.

Os dois outros algarismos definem a posição, a partir da orientação geral da rodovia, relativamente à Capital Federal e aos limites do País (norte, sul, leste e oeste).
Veja abaixo como são aplicadas essas definições:
1. RODOVIAS RADIAIS
São as rodovias que partem da Capital Federal em direção aos extremos do país
Conheça a relação das Rodovias Radiais Federais.
Nomenclatura: BR-0XX
Primeiro algarismo: 0 (zero)
Algarismos restantes: A numeração dessas rodovias pode variar de 05 a 95, segundo a razão numérica 05 e no sentido horário. Exemplo: BR-040

2. RODOVIAS LONGITUDINAIS
São as rodovias que cortam o país na direção norte-sul
Conheça a relação das Rodovias Longitudinais Federais.
Nomenclatura: BR-1XX
Primeiro algarismo: 1 (um)
Algarismos Restantes:
A numeração varia de 00, no extremo leste do País, a 50, na Capital, e de 50 a 99, no extremo oeste. O número de uma rodovia longitudinal é obtido por interpolação entre 00 e 50, se a rodovia estiver a leste de Brasília, e entre 50 e 99, se estiver a oeste, em função da distância da rodovia ao meridiano da Capital Federal. Exemplos: BR-101, BR-153, BR-174.


3. RODOVIAS TRANSVERSAIS
São as rodovias que cortam o país na direção leste-oeste
Conheça a relação das Rodovias Transversais Federais.
Nomenclatura: BR-2XX
Primeiro algarismo: 2 (dois)
Algarismos Restantes:
A numeração varia de 00, no extremo norte do país, a 50, na Capital Federal, e de 50 a 99 no extremo sul. O número de uma rodovia transversal é obtido por interpolação, entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte da Capital, e entre 50 e 99, se estiver ao sul, em função da distância da rodovia ao paralelo de Brasília. Exemplos: BR-230, BR-262, BR-290.
 

4. RODOVIAS DIAGONAIS
Estas rodovias podem apresentar dois modos de orientação: noroeste-sudeste ou nordeste-sudoeste
Conheça a relação das Rodovias Diagonais Federais.
Nomenclatura: BR-3XX
Primeiro algarismo: 3 (três)
Algarismos restantes: a numeração dessas rodovias obedece ao critério  especificado abaixo:
  Diagonais orientadas na direção geral NO-SE: A numeração varia, segundo números pares, de 00, no extremo Nordeste do país, a 50, em Brasília, e de 50 a 98, no extremo Sudoeste.
Obtém-se o número da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância da rodovia a uma linha com a direção Noroeste-Sudeste, passando pela Capital Federal. Exemplos: BR-304, BR-324, BR-364.

Diagonais orientadas na direção geral NE-SO: A numeração varia, segundo números ímpares, de 01, no extremo Noroeste do país, a 51, em Brasília, e de 51 a 99, no extremo Sudeste. Obtém-se o número aproximado da rodovia mediante interpolação entre os limites consignados, em função da distância da rodovia a uma linha com a direção Nordeste-Sudoeste, passando pela Capital Federal. Exemplos: BR-319, BR-365, BR-381.

5. RODOVIAS DE LIGAÇÃO
Estas rodovias apresentam-se em qualquer direção, geralmente ligando rodovias federais, ou pelo menos uma rodovia federal a cidades ou pontos importantes ou ainda a nossas fronteiras internacionais
Nomenclatura: BR-4XX
Primeiro algarismo: 4 (quatro)
Algarismos restantes: a numeração dessas rodovias varia entre 00 e 50, se a rodovia estiver ao norte do paralelo da Capital Federal, e entre 50 e 99, se estiver ao sul desta referência. Exemplos: BR-401 (Boa Vista/RR – Fronteira BRA/GUI), BR-407 (Piripiri/PI – BR-116/PI e Anagé/PI), BR-470 (Navegantes/SC – Camaquã/RS),
BR-488 (BR-116/SP – Santuário Nacional de Aparecida/SP).

Conheça a relação das Rodovias de Ligação Federais.
Superposição de rodovias
Existem alguns casos de superposições de duas ou mais rodovias. Nestes casos usualmente é adotado o número da rodovia que tem maior importância (normalmente a de maior volume de tráfego) porém, atualmente, já se adota como rodovia representativa do trecho superposto a rodovia de menor número, tendo em vista a operacionalidade dos sistemas computadorizados.
Quilometragem das rodovias
A quilometragem das rodovias não é cumulativa de uma Unidade da Federação para a outra. Logo, toda vez que uma rodovia inicia dentro de uma nova Unidade da Federação, sua quilometragem começa novamente a ser contada a partir de zero. O sentido da quilometragem segue sempre o sentido descrito na Divisão em Trechos do Plano Nacional de Viação e, basicamente, pode ser resumido da forma abaixo:
Rodovias radiais – o sentido de quilometragem vai do Anel Rodoviário de Brasília em direção aos extremos do país, e tendo o quilometro zero de cada estado no ponto da rodovia mais próximo à capital federal.
Rodovias longitudinais – o sentido de quilometragem vai do norte para o sul. As únicas exceções deste caso são as BR-163 e BR-174, que tem o sentido de quilometragem do sul para o norte.
Rodovias transversais – o sentido de quilometragem vai do leste para o oeste.
Rodovias diagonais – a quilometragem se inicia no ponto mais ao norte da rodovia indo em direção ao ponto mais ao sul. Como exceções podemos citar as BR-307, BR-364 e BR-392.
Rodovias de ligação – geralmente a contagem da quilometragem segue do ponto mais ao norte da rodovia para o ponto mais ao sul. No caso de ligação entre duas rodovias federais, a quilometragem começa na rodovia de maior importância.

Curiosidades variadas

Síndrome de Jerusalém
Faz anos que psiquiatras e psicólogos começaram a estudar um bizarro fenômeno comportamental que ficou conhecido como a Síndrome de Jerusalém. Passados poucos dias de visita à chamada Terra Santa, alguns turistas e peregrinos subitamente começam a imaginar que são reencarnações de personagens bíblicos, chegando ao ponto de se vestirem com as roupas de cama dos hotéis para ficarem melhor caracterizados. Outros saem pelas ruas declamando os Salmos aos berros ou tentando pregar dogmas aos transeuntes. As autoridades estão preocupadas com uma possível eclosão recorde da síndrome no ano 2000, quando devotos virão de todo o mundo para celebrar o 2º milênio do nascimento de Jesus, o mais famoso dos Cristos. Acredita-se que 4.000.000 de pessoas visitarão Israel e a Palestina.

Crop circle no Canadá
Em 17 de outubro de 1998, o município de Lowville, em Ontario, no Canadá, foi pego de surpresa com o aparecimento de um agriglifo (misterioso efeito de achatamento geométrico numa plantação). No dia 22 de outubro de 1999, idêntico fenômeno ocorreu na região, atingindo um milharal com quase 3 m de altura. Produziu um grande agriglifo em forma de lágrima e outros de formato "discóide". Paul Anderson, do Circles Phenomena Research-Canada, disse que uma equipe de pesquisadores que esteve investigando no local teve três bússolas simultaneamente desviadas do polo norte terrestre quando fazia medições no interior da marca geométrica. Também encontrou uma substância fibrosa, esbranquiçada, debaixo de algumas plantas achatadas.

Descoberto palácio de 4000 anos na Síria
A Agência Árabe de Notícias da Síria divulgou que arqueólogos descobriram em Qatanah, a sudoeste de Damasco, ruínas de um palácio real que pode ter 4000 anos. O achado foi feito por uma equipe de profissionais alemães, italianos e sírios. A edificação, provavelmente Amorita, contém um amplo salão do trono, com cerca de 23 m x 44 m e paredes de 2 m de altura. No centro do salão estava preso ao solo um belíssimo jarro decorado. Os arqueólogos também trouxeram à luz nove sepulturas e várias moradias, com recipientes de barro e instrumentos de basalto para moer grãos. No jardim de uma das casas, acharam mais de 30 pegadas milenares.

Cabalistas oram por chuva e... Choveu !
Em novembro de 1999, cinquenta místicos judeus, estudiosos da Cabala, promoveram um ritual de seis horas de duração com o propósito de dar fim à pior seca da história de Israel. Os cabalistas circundaram o país sete vezes, à bordo de um avião, recitando antigas orações. Moshe Nimmi, membro do conselho religioso de Jerusalém, disse que o rito foi baseado nos relatos bíblicos da marcha de tropas ao redor de Jericó. Os combatentes deram sete voltas ao redor cidade para derrotá-la. Para assegurar o êxito dos trabalhos, os místicos jejuaram por três dias e visitaram o sepulcro de um importante cabalista. Poucas horas após a conclusão do ritual, começou a chover em várias regiões do país. A despeito do aparente sucesso da empreitada espiritual, os cabalistas continuarão orando.

Matança de "bruxas"
O jornal Nipashe ("Me informe"), redigido em kiswahili, noticiou em 19 de novembro de 1999, que pelo menos 34 pessoas foram assassinadas no oeste da Tanzânia sob acusação de bruxaria. Stephen Mashishanga, comissário na província de Tabora, diz que a maioria das vítimas eram mulheres idosas que tinham intensa vermelhidão nos olhos por causa dos muitos anos de exposição à fumaça das fogueiras de esterco, usadas como fogões. Os aldeões ignorantes costumam interpretar os olhos avermelhados das mulheres como um sinal de envolvimento com forças do mal. A Divisão de Investigações Criminais da Tanzânia afirma que pelo menos 101 homicídios vinculados ao extermínio de bruxas foram cometidos nos últimos oito meses na região leste da África. Sociólogos acreditam que muitos crimes foram cometidos com a finalidade de tomar as propriedades das anciãs. A polícia descobriu que algumas mortes estão ligadas ao macabro contrabando de pele humana para a Zâmbia, onde alguns acreditam que a pele atua como um amuleto de proteção contra os demônios.

Ataque de chupacabras no Brasil
O jornal O Estado de São Paulo (6 de novembro de 1999) informou que pode ter ocorrido mais um ataque do misterioso chupacabras na cidade de Sorocaba, SP. Na sexta-feira, 5 de novembro, 30 galinhas foram encontradas mortas, exangues, no Parque São Bento, com perfurações nos pescoços. O Sr. Laércio Longo, proprietário das aves, disse que nenhuma delas foi devorada e que todos os ovos depositados no galinheiro permaneceram intactos. Incidente semelhante ocorreu na cidade quatro meses atrás. O pesquisador Thiago Luiz Ticchetti entrevistou o Dr. Rodrigo Teixeira, veterinário do Zoológico Municipal de Sorocaba, e foi informado que o atacante pode bem ter sido um gato selvagem ou algum outro animal de porte similar. Disse que o sangue das galinhas pode ter sido aproveitado pelo predador ou absorvido pelo solo. O veterinário não parece inclinado a crer na existência de uma criatura misteriosa.

A "alma" dos macacos
The Sunday Times (21 de novembro de 1999) noticiou que cientistas encontraram evidências que alguns animais tem "alma". Os chamados "neurônios de auto-percepção", que foram descobertos na porção frontal do cérebro humano pelo Prof. John Allman, do California Institute of Technology (EUA), também foram localizados nos cérebros de grandes macacos. Tais células parecem integrar a atividade de distintas áreas cerebrais criando o senso de individualidade. Pessoas que tiveram esses neurônios danificados perderam a consciência de si mesmos e entraram num estado semi-vegetativo. Tomografias feitas em pessoas com distúrbios mentais revelaram diferenças nas atividades dessas células. O Prof. Allman estudou os cérebros de 28 espécies de primatas e de 20 outros animais, tais como cães, gatos e morcegos. A maior concentração dos neurônios foi encontrada em humanos, seguida pela dos chimpanzés. Não foram achados nos outros animais, conquanto se suspeite que elefantes e golfinhos também tenham.

Abominável homem das neves" era uma farsa montada por nativos do Everest
Os jornais deixaram de falar sobre iéti, o "abominável homem das neves", porque se descobriu que era uma fraude montada pelos sherpas, nativos que vivem no sopé do Everest. A não ser eles, não há quem tenha visto o iéti. Os sherpas vivem do turismo. Para alimentar o mito vendem, a bom preço, como sendo do homem das neves, pedaços de pele do urso azul, animal nativo da região.

Dinheiro público foi usado na construção de pista de pouso para extraterrestres em Nebraska, EUA
O governador de Nebraska, EUA, mandou construir uma pista de pouso para extraterrestres. Espera, em 1999, a visita de turistas da constelação de Alfa Centauro. É uma maneira criativa de justificar desperdício do dinheiro público. O governador não consegue explicar como soube da notícia, muito menos as especificações técnicas das naves visitantes para construir pistas de pouso adequadas.

Anotações do fotógrafo que registrou o monstro do Lago Ness revelam farsa
O enigma do monstro pré-histórico do Lago Ness, na Escócia, que intrigou o mundo, morreu com seu criador, Hugo Gray, no início dos 80. Em 1933, Gray, fotógrafo amador, exibiu fotos em que uma sombra gigantesca sugeria a existência do monstro no lago. Quando Gray faleceu, anotações encontradas entre seus papéis revelaram que ele montara a farsa com o intuito de atrair turistas.

Declaração dos Direitos Sexuais

O desenvolvimento total depende da satisfação de necessidades humanas básicas tais
quais desejo de contato, intimidade, expressão emocional, prazer, carinho e amor.
Sexualidade é construída através da interação entre o indivíduo e as estruturas sociais. O total desenvolvimento da Sexualidade é essencial para o bem estar individual, interpessoal e social. Os direitos sexuais são direitos humanos universais baseados na liberdade inerente, dignidade e igualdade para todos os seres humanos. Saúde sexual é um direito fundamental, então saúde sexual deve ser um direito humano básico.
Para assegurarmos que os seres humanos e a sociedade desenvolva uma sexualidade
saudável, os seguintes direitos sexuais devem ser reconhecidos, promovidos,
respeitados e defendidos por todas sociedades de todas as maneiras. Saúde sexual é
o resultado de um ambiente que reconhece, respeita e exercita estes direitos sexuais.

O DIREITO À LIBERDADE SEXUAL – A liberdade sexual diz respeito à possibilidade dos indivíduos em expressar seu potencial sexual. No entanto, aqui se excluem todas as formas de coerção, exploração e abuso em qualquer época ou situações de vida.

O DIREITO À AUTONOMIA SEXUAL, INTEGRIDADE SEXUAL E A SEGURANÇA DO CORPO SEXUAL – Este direito envolve a habilidade de uma pessoa em tomar decisões autônomas sobre a própria vida sexual num contexto de ética pessoa e social. Também inclui o controle e p praz er de nossos corpos livres de tortura, mutilação e violência de qualquer tipo.

O DIREITO À PRIVACIDADE SEXUAL – O direito às decisões individuais e aos comportamentos sobre intimidade desde que não interfiram nos direitos sexuais dos outros.

O DIREITO A LIBERDADE SEXUAL – Liberdade de todas as formas de discriminação, independentemente do sexo, gênero, orientação sexual, idade, raça, classe social, religião, deficiências mentais ou físicas.

O DIREITO AO PRAZER SEXUAL – prazer sexual, incluindo auto-erotismo, é uma fonte de bem estar físico, psicológico, intelectual e espiritual.

O DIREITO À EXPRESSÃO SEXUAL – A expressão é mais que um prazer erótico ou atos sexuais. Cada indivíduo tem o direito de expressar a sexualidade através da comunicação, toques, expressão emocional e amor.

O DIREITO À LIVRE ASSOCIAÇÃO SEXUAL – significa a possibilidade de casamento ou não, ao divórcio, e ao estabelecimento de outros tipos de associações sexuais responsáveis.

O DIREITO ÀS ESCOLHAS REPRODUTIVAS LIVRE E RESPONSÁVEIS – É o direito em decidir ter ou não ter filhos, o número e tempo entre cada um, e o direito total aso métodos de regulação da fertilidade.

O DIREITO À INFORMAÇÃO BASEADA NO CONHECIMENTO CIENTÍFICO – A informação sexual deve ser gerada através de um processo científico e ético e disseminado em formas apropriadas e a todos os níveis sociais.

O DIREITO À EDUCAÇÃO SEXUAL COMPREENSIVA – Este é um processo que dura a vida toda, desde o nascimento, pela vida afora e deveria envolver todas as instituições sociais.

O DIREITO A SAÚDE SEXUAL – O cuidado com a saúde sexual deveria estar disponível para a prevenção e tratamento de todos os problemas sexuais, precauções e desordens.

Constituições do Brasil

Constituição de 1824

Quantos elaboraram a Constituição: 10
Número de artigos: 169
A primeira Constituição do país deu mais poder ao imperador, com a criação do Poder Moderador, que estava acima dos outros 3 poderes
Constituição de 1891

Quantos elaboraram a Constituição: 224
Número de artigos: 91
Foi inspirada na tradição republicana dos Estados Unidos. Determinou a separação entre o Estado e a Igreja. Instituiu o presidencialismo e o federalismo (as antigas províncias viraram Estados), e garantiu a liberdade partidária.
O pleito eleitor da Assembléia que redigiu essa Constituição foi considerado fraudulento e manipulado pelos militares que apoiavam o presidente Deodoro da Fonseca.
Constituição de 1934

Promulgada em 14 de julho de 1934
Quantos elaboraram a Constituição: 214
Número de artigos: 187
Dá mais poder ao governo federal. Cria o voto obrigatório e secreto, estendido agora também às mulheres. Estabeleceu direitos trabalhistas (salário mínimo, descanso semanal, férias). Tornou o ensino primário gratuito e obrigatório. Nacionalizou as jazidas de minério e os recursos hídricos do país.
Constituição de 1937

Quantos elaboraram a Constituição: 1
Número de artigos: 187
Inspirada na Constituição fascista da Polônia, a Constituição outorgada por Getúlio Vargas institucionaliza o regime ditatorial no Brasil. Ela foi escrita pelo jurista mineiro Francisco Campos e recebeu o apelido de Polaca. Getúlio passou a governar por meio de decretos-leis, sem nenhum controle do Legislativo. Os estados passaram a ser dirigidos por interventores escolhidos por ele.
Constituição de 1946

Promulgada em 18 de setembro de 1946
Quantos elaboraram a Constituição: 323
Número de artigos: 222
Restalece a independência entre os 3 Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), dá autonomia aos estados e municípios. Traz de volta o pluripartidarismo, a eleição direita para presidente (com mandato de 5 anos), a liberdade sindical e o direito de greve. Acaba com a censura e a pena de morte.
Constituição de 1967

Promulgada em 15 de março de 1967
Quantos elaboraram a Constituição: 4
Número de artigos: 189
Institucionaliza a ditadura do golpe militar de 1964. Mantém o bipartidarismo criado pelo Ato Institucional número 2, de 1965. Os únicos partidos oficiais são a Arena, do governo, e o MDB, da oposição. As eleições para a presidência passam a ser indiretas, com mandatos de 4 anos.
Em 13 de dezembro de 1968, mesmo dia da implantação do AI-5, vários artigos da Constituição foram modificados. O ato institucional foi incorporado à Constituição na reforma elaborada em 1969.
Constituição de 1988

Promulgada em 5 de outubro de 1988
Quantos elaboraram a Constituição: 558
Número de artigos: 245
A atual constituição demorou 20 meses para ficar pronta. Ela traz de volta a eleição direita para presidente, governadores e prefeitos. O mandato presidencial passa a ser de 5 anos. Restabelece o pluripartidarismo. O direito de voto é estendido aos analfabetos e torna-se facultativo para os maiores de 16 anos. Termina a censura aos meios de comunicação.
Em 1997, a Constituição recebeu uma emenda que permite a reeleição para os cargos de presidente, governadores e prefeitos.

Curiosidades científicas

Plutão fica há cerca de 5,914 bilhões de quilômetros do Sol e tem apenas 2.400 km de diâmetro. A discussão sobre considerá-lo ou não um legítimo planeta do nosso sistema solar existe desde logo depois que foi descoberto, em 1930, por Clyde Tombaugh, mas foi reacendida há pouco tempo com a descoberta de centenas de corpos orbitando a zona do Cinturão de Kuiper, em 1992, por David Jewitt e Jane Luu. Alguns cientistas consideram o planeta apenas mais um entre esses corpos congelados (o maior deles até o momento), o que rebaixa Plutão ao nível de "planeta menor" ou "quase-planeta".
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apresentou, em Brasília, nove tipos de girassóis coloridos. As novas flores podem ser das cores: vinho, rosa, rosa claro, amarelo-limão com o centro claro ou escuro, mesclado, ferrugem e em forma de raio de sol. Elas foram desenvolvidas a partir de cruzamentos com material do Programa de Melhoramento Genético da Embrapa, adaptado às condições de clima. Segundo a Radiobrás, com a experiência, o caule da planta ficou mais fino e as flores menores.




O pisca-pisca das estrelas no céu noturno é causado por turbulências na atmosfera da
Terra. A imagem de uma estrela é basicamente
um ponto de luz no céu.
Quando a atmosfera se agita, a luz emitida
por uma estrela sofre um efeito de refração
e é desviada em diversas direções.
Por isso, a imagem da estrela sofre leves alterações de brilho e posição, e ela fica "piscando". Essa é uma das razões que
tornam o super-telescópio Hubble tão eficiente: ao invés de estar situado na superfície da Terra, ele orbita no espaço,
por cima da atmosfera terrestre, driblando
a refração da luz e obtendo assim imagens
mais nítidas. E as estrelas que não piscam
a olho nu? Essas não são estrelas, e sim planetas, que por seu tamanho definido e maior proximidade da Terra conseguem formar
uma imagem estável ao olho humano.
A Escala Richter foi criada em 1935, por Charles F. Richter (1900 - 85), um físico norte-americano que desenvolveu a medida para calcular a intensidade dos abalos sofridos na Costa Oeste dos EUA, usando como base a leitura de sismógrafos. Richter, trabalhando no Instituto de Tecnologia da Califórnia, estudou mais de 200 terremotos por ano para compô-la. A escala começa no número 1 e não tem limite definido. Cada unidade a mais representa um acréscimo de energia dez vezes superior ao último grau. Os terremotos de número 1 e 2 são captados por aparelhos, mas raramente percebidos pelas pessoas e animais. O famoso terremoto do México de 1985 alcançou 8,1 pontos e o recente tremor na Índia, em 26 de janeiro de 2001, chegou a 7,9. Abalos de 9 graus nunca foram registrados, apesar da crença de que o terremoto de Lisboa de 1755 possa ter sido um desses.




Um animal que vive nas profundezas do mar pode ajudar o homem a aperfeiçoar os meios de comunicação. O rato marinho, também chamado de Aphrodita, está sendo pesquisado por cientistas da Universidade de Oxford devido a singular capacidade de emitir luz de diferentes cores (de vermelho a verde) através de sua espinha. Mesmo vivendo em profundidades de até dois mil metros, onde a luz raramente é vista, o animal consegue aproveitá-la para afugentar predadores. O intento do grupo de estudiosos
é reproduzir a composição da espinha do bichinho para utilizar a técnica na produção
de redes de fibras óticas.
O mouse de computador foi criado por Douglas Engelbart, em 1968, resultado de um projeto que durou cinco anos. Engelbart, nascido em 30 de janeiro de 1925,
no Oregon, EUA, trabalhou no Instituto de Pesquisa de Stanford, onde desenvolveu
o "ratinho de mesa". Sua primeira versão
era feita de madeira, movia-se sobre
pequenas rodas e tinha apenas um botão.
A popularização do equipamento,
tão indispensável hoje, começou bastante
tarde, quando em 1982 a Appel lançou o
sistema de "apontar e clicar", mesmo ano
em que ganhou mais uma tecla.




Na vanguarda de Laika, cãozinho que foi mandado ao espaço pelos russos em 1957,
três animais, um galo, um pato e uma ovelha, comporam o primeiro vôo de balão de ar quente tripulado, em Paris, em 19 de setembro de 1783.
O aparelho foi projetado pelos irmãos
Montgolfiers, dois franceses apaixonados pela aeronáutica que descobriram em 1782 que o ar aquecido, quando coletado por um saco de tecido leve, ascenderia rumo ao céu.
O vôo dos bichinhos percorreu o céu da capital francesa por cerca de oito minutos,
movendo-se por 3,2 quilômetros.
O daltonismo é um distúrbio de visão que impede seu portador de distinguir determinadas cores. A denominação
derivou do nome de John Dalton (1766 - 1844), um químico inglês portador e estudioso desse mal. A doença está ligada ao cromossomo sexual humano e,
portanto, desenvolve-se muito mais seguidamente nos homens. Estima-se que haja no mundo 75 homens daltônicos para cada mulher, o que fez com que se acreditasse durante muito tempo que
as mulheres eram imunes a ele.




Ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, um ser humano que fosse lançado ao espaço sideral sem nenhuma proteção não explodiria, e tampouco congelaria. Na verdade, os cientistas calculam que a exposição ao vácuo não causaria nenhum dano imediato a uma pessoa, desde que ela não tentasse trancar a respiração. Segurar o fôlego poderia causar problemas nos pulmões, um efeito semelhante ao que pode ocorrer com mergulhadores em grandes profundidades. Fora isso, os efeitos previstos seriam queimaduras solares, uma leve descamação da pele e dor de ouvido nos primeiros dez segundos de "passeio" pelo espaço. A falta de oxigênio provocaria perda de consciência depois de um ou dois minutos, seguida finalmente pela morte por asfixia.
Um fractal é uma forma geométrica que
pode ser subdividida em partes menores,
sendo que cada uma dessas partes é uma
cópia reduzida da forma inteira.
Muitas estruturas matemáticas são fractais,
e através delas consegue-se obter imagens
irregulares e fragmentadas, muitas delas
impressionantes por sua complexidade e
beleza. Formas fractais também estão
presentes na Natureza e podem ajudar a
descrever muitos objetos do mundo real
que não correspondem a formas
geométricas simples, como nuvens,
montanhas, costas litorâneas e a
turbulência

Papél do S.N.C. na formação de craques

No futebol moderno só entra em campo o profissional treinado, alimentado, moldado, conscientizado para superar os limites de velocidade, agilidade, fôlego e potência do chute. Foi-se o tempo que o esporte era conhecido apenas pela garra e talento dos atletas naturalmente bem dotados.

Hoje, jogadores com visão de jogo e que dominam a bola devem ter essas qualidades somadas à habilidade de correr atrás do adversário como “felino” e de evitar ser derrubado por um “safanão”. E por isso é necessário que se desenvolva fisicamente um jogador técnico, para que ele não seja anulado por um atleta não-técnico que tenha preparo físico.


No processo de formação do jogador técnico, vários sistemas corporais estão envolvidos. Analisaremos, aqui, o envolvimento do sistema nervoso central (SNC) nesse processo de formação.

O nível mais alto, representado pelas áreas de associação do neocórtex e pelos gânglios basais do encéfalo (núcleo caudado, Putamen, núcleo Pálido), está envolvido com a estratégia: a finalidade e a estratégia do movimento que melhor atinge a meta. O nível Intermediário, representado pelo córtex motor e pelo cerebelo, está relacionado com a tática: as seqüências de contrações musculares, arranjadas no espaço e no tempo, necessárias para ativar, de forma suave e acurada, a meta estratégica. O nível mais baixo, representado pelo tronco encefálico e pela medula espinhal, guarda relação com a execução: ativação do neurônio motor e de conjuntos de interneurônios (neurônios de associação) que geram o movimento direcionado à meta e faz qualquer ajuste postural que seja necessário.





Para avaliar as diversas contribuições dos três níveis hierárquicos ao movimento, considere as ações de um atacante-cobrador de pênalti parado em frente ao gol, pronto para lançar a bola. Com base na visão, audição, sensação exata acerca de onde o corpo está no espaço, estratégias devem ser delineadas para mover o corpo do estado atual para um outro, no qual o lançamento é realizado e o efeito desejado obtido. Várias opções – um lançamento curvo, um lançamento rápido, um lançamento articulado, entre outros – estão disponíveis, e essas alternativas são filtradas através dos gânglios basais e de volta ao córtex até que a decisão seja tomada baseada, em grande parte, na experiência. As áreas motoras do córtex e do cerebelo tomam, então, a decisão tática (jogar a bola ao gol) e enviam instruções para o tronco encefálico e para a medula espinhal. A ativação de neurônios no tronco e na medula levam, então, à execução do movimento. A ativação, em tempo apropriado, de neurônios motores (motoneurônios) na região lombar, gera um movimento coordenado da coxa, perna e pés, enquanto ajustamentos posturais na região cervical e torácica evitam que o jogador caia durante o lance.

Enquanto isso, neurônios motores do tronco encefálico do goleiro são ativados para manter seus olhos fixos na posição do atacante, enquanto seu corpo e sua cabeça se movem.

Hierarquia do controle motor

Nível
Função
Estruturas

Alto
Estratégia
Áreas de associação do neocórtex, gânglios da base

Médio
Tática
Córtex motor, cerebelo

Baixo
Execução
Tronco encefálico, medula




De acordo com as leis da física, o movimento de uma bola arremessada no espaço é balístico, isto é, uma trajetória que não pode ser alterada. O movimento do jogador quando lança a bola também pode ser descrito como balístico, pois uma vez iniciado não pode ser alterado.

Informações sensoriais antes do movimento ser iniciado são essenciais para determinar a posição inicial dos membros inferiores e do tronco e para antecipar qualquer mudança na resistência durante o arremesso da bola. E informação sensorial durante o movimento também é importante – não necessariamente para o movimento que está sendo executado, mas para melhorar movimentos similares subseqüentes.

No nível mais alto, a informação sensorial gera uma imagem mental do corpo e sua relação com o ambiente. No nível intermediário, as decisões táticas são baseadas nas memórias das informações sensoriais de movimentos passados. No nível mais baixo, a retroalimentação sensorial é utilizada para manter a postura, a extensão muscular e a tensão antes e após cada movimento voluntário.

À medida que as hierarquias sensoriais atingem um pico, também começam a convergir. Em áreas especiais, como o hipocampo, os neurônios começam a disparar, em resposta a combinações de ruídos, visões, cheiros e outras sensações. Mas o hipocampo não espera que todas as informações cheguem de uma só vez para decidir responder. Vai soltando mensagens a cada pedaço de informação ou sensação. O disparo do hipocampo faz prestar atenção a outras imagens, Ele reflete o fato de que certos detalhes existem, espalhados pelo resto do circuito sensorial.

Em conseqüência, dispara novamente.

Resumindo, a informação inicial leva à formação de uma resposta cerebral, que é usada para dirigir a atenção e coletar mais informações, que novamente são enviadas ao cérebro. Esse processo permite que o hipocampo seja um órgão de memória, já que toda conexão sináptica é moldada por experiência. O hipocampo está posicionado para reter memórias específicas, capturar determinada imagem ou estado sensorial e, então, usar essa informação horas ou mesmo anos depois para reconstruir um momento.

Os mais alto níveis do cérebro são as cerca de 12 áreas de processamento que formam os lobos frontais. Tais áreas processam o que é significativo e merece análise mais profunda (e não rotineiro).

Quando um pedaço da atividade visual, que tem a forma de uma bola, por exemplo, atinge essa parte do cérebro, uma experiência nítida pode começar a se manifestar.

Agindo em comum acordo com os centros da excitação e emoção do cérebro inferior, com os quais têm conexões íntimas, os lobos pré-frontais entram em estado de alerta. Presta atenção tem o efeito de definir a experiência sensorial. O córtex sensorial começa respondendo ao panorama maior – a bola – e depois a outras imagens. A atenção retorna a tudo para criar contraste. Aumenta o “volume” dos neurônios que representam a bola e empurra detalhes irrelevantes, como a presença do juiz ou colegas de time para a periferia da percepção.

Essa é uma das vantagens de o cérebro funcionar mais como rede orgânica de conexões do que como dispositivo de entrada e saída. As áreas de “saída” podem voltar para trás a fim de alterar as próprias entradas. Qualquer entrada começa com uma sugestão: “Ei, posso ser importante!” Muitas são analisadas, e eventualmente pode haver uma resposta do tipo: “Sim, você era o pedaço que interessava”. As vias do cérebro desenvolvem uma solução.

Quando se fixa a atenção em certo detalhe ocorre um enorme fluxo de pensamentos, emoções e associações. A totalidade do cérebro é preparada para responder ao evento focal com todos os recursos disponíveis. Portanto, perceber a visão da bola traz à superfície associações mentais armazenadas. Mesmo no momento em que o jogador reconhece a bola, pensamentos relevantes começam a efervescer dentro dele. Existe adversário na vizinhança? Devo levar a bola até o gol ou dar passe? Os centros de excitação irão tomar decisões sobre preparar o corpo para a ação. As áreas motoras, atrás das regiões pré-frontais na lâmina do córtex frontal, estarão engrenando para executar intenções que começam a se formar.

O cérebro aprende a totalidade de cada movimento e extrai (responde também) o aspecto central.

Bons jogadores de futebol precisam de reflexos incríveis. No jogo profissional, um chute potente pode fazer a bola rolar a mais de 200 Km por hora e entrar na rede em 1/3 de segundo. Mal dá tempo para um principiante enxergar a bola. Mas os melhores jogadores conseguem ver a bola nitidamente para se lançar ao ataque e ainda driblar o adversário com uma precisão de fração de segundo.

Apesar de parecer que o sistema nervoso trabalha à velocidade de um raio, não é bem assim. Mesmo conduzindo sinais a várias centenas de quilômetros por hora, os nervos necessitam de tempo para transformar entrada em saída. Leva ao menos 20 milésimos de segundo para as mensagens percorrerem o comprimento do corpo. Os sinais visuais levam em torno de 50 a 100 milésimos de segundo para chegar ao cérebro. Uma vez dentro dele, outras conexões são necessárias para transformar sinais brutos em resposta mental. Totalize esses atrasos e seria impossível acompanhar uma bola indo diretamente ao gol.

De fato, experimentos laboratoriais mostram quanto tempo o cérebro leva para integrar novas informações. Quando se pede jogadores iniciantes que chutem a bola assim que a luz pisca, eles levam 200 milésimos de segundo, 1/5 de um segundo. Cerca de 120 milésimos de segundo são necessários para registrar o fato de que a luz piscou e outros 80 para dar o chute. Esse tempo é necessário para uma simples tarefa que não exige pensamento. Para qualquer outra que requer atenção, o atraso da resposta fica próximo de meio segundo.

O cérebro de profissionais treinados simplifica o problema gastando o menor tempo possível.

Para subir e descer até o fim da hierarquia de processamento, a resposta mental leva meio segundo. Criar pontes entre centenas de áreas corticais exige trabalho. O cérebro pode criar atalhos nessa resposta e reagir fora dos padrões, cortando o tempo de processamento de 500 milésimos de segundo para apenas 200. Existem estruturas cerebrais especializadas nesse trabalho. Um agrupamento de centros nervosos, os gânglios basais, abriga-se dentro dos hemisférios cerebrais, “observando” silenciosamente os padrões de atenção e a tomada de decisões na lâmina cortical acima. Em vigilância, os gânglios basais começam a ver quais padrões sensoriais produzem mais tarde determinada resposta. Eles poderão fazer, literalmente, um curto-circuito para a produção daquele estado de saída. Assim que o tipo certo de sensação começa a chegar, os gânglios basais poderão disparar a mesma resposta de maneira imediata, sem pensar. A tarefa será feita como se o cérebro superior tivesse ponderado cuidadosamente a sua resposta. Esse é um truque inteligente para poupar tempo, que funciona quando o cérebro experimenta a mesma situação em ocasiões suficientes para conseguir uma conexão na forma de hábito. Isso vai reverter em um padrão de ação fixa ou automatismo. Mas tal atalho só reduz o atraso na resposta de meio segundo para 1/5 de segundo.

Os “cérebros” antecipam, ficam craques em adivinhar. Podem supor que cada novo momento será parecido com o anterior. Mesmo que exista surpresa, aquilo que o cérebro registrou um segundo atrás continuará sendo verdadeiro no futuro, gerando expectativas sobre o que virá.

Os gânglios basais não são a única parte do cérebro que vigia as atividades do córtex e aprende com elas. O cerebelo é um órgão especializado no ajuste fino do encadeamento temporal dos movimentos. O cerebelo responde por apenas 1/10 do volume do cérebro, mas contém bem mais da metade de seus neurônios; possui muito mais células nervosas que o córtex “inteligente”. Um neurônio do cerebelo faz 20 vezes mais conexões sinápticas, quase 200 mil, em comparação com cerca de 10 mil, para um neurônio cortical mediano.

O cerebelo usa alças de processamento muito simples, perfeitas para a sincronia das ações, e não para formar um quadro complexo da consciência. Esta é a tarefa do córtex, com suas conexões ramificadas e seus mapas sensoriais.

É certamente assim que os atletas competem. Agem sobre previsões. Experimentos mostram que os goleiros profissionais conseguem adivinhar a direção da bola em um pênalti, observando apenas o movimento do atacante. O primeiro instante do vôo da bola é suficiente para extrapolar toda sua trajetória. Caso a bola voe de maneira imprevisível a menos de 200 milésimos de segundo, não haverá tempo para ajustes. O goleiro irá girar o corpo segundo uma previsão errada. Resultado: perderá a bola. Os profissionais lêem o jogo, contam com a antecipação. Nós fazemos exatamente o mesmo para lidar com situações corriqueiras.

Síndromes maníacas

Euforia excessiva: um dos sintomas da síndrome maníaca.

A síndrome maníaca pode ser conhecida pelos seguintes sintomas: aumento da auto-estima, engrandecimento do eu, insônia, fala rápida, agitação psicomotora, irritação, arrogância, desorganização, desinibição social e sexual, sentimento de grandeza e de poder. A síndrome maníaca pode subdividir-se em:

-mania franca ou grave, é a mais intensa com fuga de idéias, delírios de grandeza. Os idosos ou pessoas com distúrbios cerebrais podem ficar confusos, desorientados e diminuição de consciência. Apresenta dificuldades para o diagnóstico médico.

-mania irritada ou disfórica, é predominante a irritação da pessoa, o mau humor podendo ocorrer a destruição de objetos e agressividade em pessoas.

-mania mista, há vários sintomas maníacos ocorrendo ao mesmo tempo ou alternando-se rapidamente. É mais freqüente em adolescentes e idosos.

-hipomania, a pessoa fica mais disposta que o normal, mais alegre, mais falante, faz planejamentos e muitas vezes passa despercebidas pelo médico.

-ciclotimia, a pessoa apresenta um episódio completo de depressão ou de mania. Aos olhos das pessoas é normal e muitas vezes não é submetido a um médico.

O tratamento para as síndromes maníacas é necessário na maioria das vezes uso de medicamentos orientados por um médico especializado e bastante terapia.

Doenças causadas por fungos

Muitas espécies de fungos são capazes de causar doenças em vegetais e animais, inclusive da nossa espécie. Encontrados no ar, em plantas, solo, água, alimentos, animais e objetos inanimados; podem colonizar a pele, genitais, e trato gastrointestinal e respiratório.

Alguns fungos, como a Candida albicans, vivem em nosso organismo sem, no entanto, causar danos. Porém, em casos onde há um aumento de sua população, estes organismos podem causar danos à pessoa acometida. No caso da candidíase, nome dado à infecção desta espécie de fungo, o indivíduo paciente tem corrimento genital de aspecto semelhante a requeijão, coceira e dor ao urinar.

Apesar de serem bastante incômodas e, geralmente, de tratamento mais longo do que o indicado para outras infecções, doenças fúngicas raramente oferecem risco de vida a pacientes saudáveis. Entretanto, até mesmo uma micose pode se mostrar como ameaça à vida de indivíduos imunocomprometidos, tais como soropositivos, indivíduos que sofreram queimaduras extensas, portadores de diabetes e leucêmicos. Infecções fúngicas são, inclusive, uma das principais causas de morte em pessoas nestas condições.

Fungos do gênero Aspergillus, por exemplo, são bastante agressivos, podendo comprometer os brônquios e, em casos mais raros, sistema nervoso central e o trato gastrointestinal. Alguns fungos podem, também, liberar toxinas – as chamadas micotoxinas. Estas, além de reações alérgicas, podem provocar, a longo prazo, doenças renais e hepáticas.

Considerando a grande variedade e versatilidade dos fungos, pode ser interessante conhecer mais um aspecto destes seres vivos.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Biodúvidas

Por que se deve beber chope com espuma?
A espuma é essencial para manter o gás. Ela protege a bebida do contato com o oxigênio, que faz o chope amargar. A espuma também atua como isolante térmico, ajudando a preservar a temperatura do chope.
Por que ocorre o coma?
Quando um paciente está em coma significa que seu estado é de inconsciência - nenhuma estimulação é capaz de despertar o doente. O coma ocorre quando o córtex ( parte mais externa do cérebro) é afetado, a pessoa perde as atividades cerebrais superiores - como a consciência, capacidade de percepção e reatividade, mas conserva as funções autônomas, como a respiração e a circulação. A volta do coma pode ser complicada dependendo do nível da lesão cerebral. Os especialistas concordam que quanto mais tempo em coma, menor é a chance de o doente voltar , mas discordam sobre prazos: para alguns, após três meses, é difícil que a volta ocorra sem sequelas; outros acham que fazer qualquer prognóstico é arriscado.
Ah, como a vida é bela! Apaixonado? Saiba o que os cientistas dizem para explicar essa sede de viver...
Sabe quando o dia amanhece sorrindo para você? Então, para a ciência, aquele olhar apaixonado, de peixe morto, tem explicação. Quando a pessoa fica apaixonada, seu organismo produz grandes doses de três tipos de anfetaminas: dopamina, norepinefrina e feniletilamina. Essas três substâncias provocam euforia e podem causar dependência - uma possibilidade para explicar o comportamento de pessoas que não conseguem manter relacionamentos duradouros. Quando o relacionamento vinga, depois de dois ou três anos, os amantes começam a produzir mais endorfina, substância que dá sensação de segurança e tranqüilidade. Fonte: Enciclopédia Abril, internet
Do que é feito o absinto?
A bebida alcóolica absinto é preparada a partir da losna ou erva-dos-vermes (Artemisia absinthum), arbusto originário da Europa com até um metro de altura. Hoje, é muito comum também em hortas brasileiras. No preparo do absinto, a planta passava por misturas e formulações com outras ervas. Gerava uma bebida com altíssimo teor alcóolico, uns incediários quase 60 graus. Só para você ter uma idéia o teor alcóolico da habitual cervejinha fica por volta dos 5 graus...
Você sabe por que os gases nobres são chamados assim?
O termo nobre se refere à ausência de reatividade química nesses gases inertes. São seis os gases nobres: hélio, neônio, argônio, criptônio, xenônio e radônio.
Você sabe o que é tafofobia?
Muitas pessoas pedem para serem cremadas com medo de serem enterradas vivas. Esse receio de acordar dentro de um caixão, debaixo da terra, sufocado, é chamado tafofobia - medo de ser enterrado vivo.
Você sabia que em um enforcamento a pessoa não morre por ser estrangulada?
Ao contrário da crença popular, a causa da morte em um enforcamento não é o estrangulamento, mas a lesão provocada na parte superior da medula espinhal. Esta se dá com a fratura ou o deslocamento das vértebras cervicais. A morte é quase instantânea e acaba sendo mais rápida do que em outras formas de execução, como a guilhotina, a câmara de gás e a cadeira elétrica.
Você já viu animais com três cérebros?
Os estegossauros tinham três cérebros. Eram animais gigantes, com cerca de 7 metros de comprimento. Paleontólogos descobriram nos fósseis dessa espécie dois "cérebros auxiliares", um no pescoço e outro na cauda, perto da bacia, que ajudavam o cérebro-chefe, cujo tamanho era similar a uma bola de pingue-pongue. Os "cérebros auxiliares" eram nódulos de neurônios (células nervosas), dentro das vértebras do bicho. Provavelmente, sua função era coordenar alguns movimentos do corpo, auxiliando na locomoção.
Você sabe como surgiu o brega?
O termo surgiu para designar pejorativamente a preferência musical das classes sociais mais baixas. A idéia era satirizar os excessos de sentimentalismo musical em canções típicas como: Coração Materno, de Vicente Celestino, ou Paixão de um homem, de Waldik Soriano. Alguns artistas reagiram ao rótulo e cunharam a frase: "Se cantar o amor é ser brega, então sou brega".
Qual é o maior de todos os animais?
A baleia azul. Ela pode chegar a medir até 30 metros e pesar 120 toneladas. Traduzindo em elefantes: o comprimento de seis animais e o peso de dezessete.
Qual a única parte do corpo humano não recebe sangue?
A córnea. Ela não é suprida pelo sangue e absorve o oxigênio necessário diretamente do ar.
Por que nós soluçamos?
O soluço é a contração involuntária do músculo do diafragma, responsável pela respiração causado por irritação no nervo frênico - o que ativa o diafragma. O soluço pode ser curado por um susto, que liberaria adrenalina e ativaria o tal nervo. Outra solução seria o banho gelado, que provocaria o mesmo efeito.
Você sabia que as formigas saúvas não comem folhas?
Na realidade, as saúvas cortam e carregam folhas e pedacinhos de insetos em decomposição para o interior do formigueiro, porque servem para formar fungos especiais. As formigas se alimentam desses fungos.
Como surge a cãibra?
É um espasmo muscular, comum na barriga da perna, que ocorre após muita atividade física, quando a energia acaba e a musculatura se contrai e não relaxa. Para fazer a cãibra passar, é preciso contrair o músculo oposto ao que está doendo, como fazem os jogadores de futebol. Se a cãibra for na barriga da perna, é preciso alongar os músculos da parte da frente, esticando o pé para trás.
Como sobrevivem os peixes em um lago congelado?
Nos lagos profundos, somente a região superficial fica congelada durante o inverno. Na parte mais funda, a temperatura da água se mantém relativamente inalterada e mais alta que da superfície, permitindo assim, que os animais aquáticos sobrevivam.
Pele de rinoceronte à prova de bala?
O quadrúpede tem a pele tão espessa, que serve para a fabricação de excelentes escudos, quase à prova de balas. Um projétil de espingarda disparado à distância de 600 metros não perfura a duríssima epiderme do animal. Os caçadores mais experientes aproximam-se do animal para atirar à queima-roupa.
Você sabe o que é bruxismo?
È uma doença que atinge de 5% a 10% da população. Em geral, decorre de um distúrbio nervoso, não grave, resultante de estresse ou tensão. Durante o sono, o cérebro envia estímulos para a mandíbula que fazem o dorminhoco tenso esfregar os dentes. O bruxismo pode ser resultado também de problemas fisiológicos, como encaixe errado da arcada dentária superior com a inferior, capaz de desencadear reação neuromuscular.
Plástico e vidro voltam à natureza? Por que reciclá-los?
Se você jogar uma casca de banana no seu jardim, em alguns dias não encontrará nada. Por quê? Porque a casca de banana é biodegradável, ou seja, se decompõe naturalmente. Agora, se você fizer o mesmo com plástico ou vidro, pode esquecer. Ninguém sabe quanto tempo esses materiais levam para voltar à natureza. Simplesmente porque isso ainda não aconteceu. O plástico existe há apenas cem anos e resiste à umidade e a produtos químicos. O vidro não pode ser consumido por nenhum ser vivo. Há garrafas de vidro com mais de 2 mil anos de idade. A única saída para que esses materiais não abarrotem nossas cidades, nossas florestas e nossa vida é reciclá-los, reaproveitá-los industrialmente. Do contrário, estaremos fadados a conviver para sempre com montanhas e montanhas de plásticos usados e vidros velhos.
Qual inseto mata mais de um milhão de pessoas por ano?
O pernilongo, por transmitir a malária, infecta 200 milhões de pessoas por ano, e mais de um milhão morrem.
Por que depois de uma boa noite de sono, acordamos com os olhos inchados?
Quase 70%25 do nosso corpo é formado por líquidos. Quando dormimos, ocorre uma redistribuição e a cabeça recebe uma parte maior de água do que a que se concentra nela durante o dia. Durante o dia, os líquidos do nosso corpo tendem a se acumular nas pernas, graças à famosa força de gravidade.
Afinal, o que engorda mais: o arroz ou o macarrão?
Se compararmos cem gramas de cada, o arroz ganha. Porém, o macarrão leva a fama porque se adiciona gordura no seu cozimento e soma-se a ele os molhos com suas variações calóricas.
Por que dizem que o vinho tinto garante a longevidade?
Porque a casca da uva contém uma substância química antioxidante, que protege as artérias contra o acúmulo de colesterol, além de uma ação anticoagulante semelhante a da aspirina.

13 roubos (in) dignos de nota

Em setembro de 2.002, Bill Brennan, um caixa da banca de aposta em esportes do Cassino Stardust (que já foi inclusive demolido), saiu levando consigo mais de 500 mil dólares em dinheiro e fichas do cassino, dentro de uma mochila. Este é o maior roubo à um cassino de Las Vegas na história. Meste estando na lista dos mais procurados do FBI e aparecer no programa de TV “America’s Most Wanted”, ninguém nunca mais soube dele. Alguns acreditam que ele trabalhou junto com um cúmplice, que o matou para não dividir a bolada. Para a polícia entretanto, ele simplesmente fugiu do país.



Em outubro de 1994, Heather Tallchief, de 21 anos e um cúmplice, Roberto Solis, 48 anos, roubaram uma carro blindado com 2,5 milhões de dólares de uma empresa de transportes de valores que estava do lado de fora do hotel “Circur Circus”, também em Las Vegas. Os dois escaparam dos EUA via ilhas Cayman e St. Martin. Posteriormente Solis abandonou Tallchief com apenas mil dólares e um filho para criar. Em setembro de 2005 depois de quase doze anos foragida, Heather Tallchief se entregou à justiça. “Não vou mais fugir, já não agüento mais”, declarou ela à MSNBC. Foi sentenciada à 63 meses na prisão.



Em agosto de 2005, o Brasil viu seu maior roubo à banco. R$ 164 milhões foram roubados da sede do Banco Central do Brasil em Fortaleza, Ceará. A trama envolveu a construção de um túnel de 78 metros de comprimento que levava a um cofre onde estavam armazenadas cédulas usadas, e não passíveis de rastreamento. Em um final de semana, o piso de 1,1 metros de espessura de concreto reforçado foi quebrado e 3,5 toneladas em cédulas de R$ 50 levadas. Acredita-se que mais de vinte pessoas estavam envolvidas no planejamento e execução do roubo. Algumas pessoas foram presas em vinculação com este roubo, mas até agora, apenas R$ 20 milhões foram recuperados. Como o Banco Central do Brasil não fazia seguro para dinheiro que estivesse dentro de seus cofres, toda a perda caiu nas costas da “viúva”.



Em fevereiro de 1994, a famosa pintura de Edvard Munch, “O Grito”, foi levada de um museu em Oslo, Noruega. O roubo ocorreu na Galeria Nacional Norueguesa. Dois homens, uma escada, alguns cortadores de arame e 50 segundos, foi tudo que o que se precisou para afanar a mais famosa e valiosa pintura da Noruega. Alguns meses depois os ladrões ofereceram a pintura de volta e pediram um “resgate” de US$ 1 milhão de dólares. A oferta foi recusada, corretamente recusada. Uma operação policial recuperou a obra e prendeu os ladrões em maio de 1994. Em 1996, os ladrões foram condenados à 10 anos de prisão, e a obra devolvida aos seus legítimos donos. Mas a história não acaba aqui, em 2004, a obra foi novamente roubada, juntamente com a Madonna de Munch. Desta vez foi um roubo à mão armada no Museu Munch. Um radialista francês, testemunha do roubo, disse em entrevista à BBC que “As pinturas estavam presas às paredes por simples arames. Tudo o que eles precisaram fazer foi puxar com força para soltar. Foi o que vi um dos ladrões fazer”. Felizmente as pinturas foram novamente recuperadas, e em melhor condição do que se esperava.



Você assistiu ao filme “Os bons companheiros” (Goodfellas)? Bem, no filme, a personagem interpretada por Ray Lioota, Henry Hill, é responsável por um roubo de US$ 420.000,00 do terminal de cargas da Air France no aeroporto JFK, em Nova York no ano de 1967. E isso de fato ocorreu. Trabalhando com uma dica do supervisor de cargas Robert McMahon, a gangue usou uma mulher para seduzir o guarda de segurança e pegar uma cópia de sua chave da porta que separava os criminosos do dinheiro. As chaves foram substituídas sem que o segurança notasse. Hill e Tommy DeSimone (no filme interpretado por Joe Pesci) entraram no terminal, abriram a porta, e saíram levando consigo as sacolas, sem que nenhum alarme disparasse ou ao menos fossem interpelados por qualquer guarda. Este roubo levou ao roubo da Luftansa, que foi o maior roubo cometido em solo americano à época.



Em dezembro de 2006, um entregador de Santa Clara, Califórnia, pouco depois de carregar sua vam Mazda MPV com quase US$ 200.000,00 em microchips retirados do armazém de seu empregado, foi abalroado na traseira por uma van branca e sem marcas. Os motoristas desceram para ver os danos causados pela batida. Aproveitando a falta de atenção do motorista, um segundo homem que aguardava no local, entrou na Mazda e roubou o carro e sua valiosa carga de microchips.



Mas isso não é nada comparado com o bem orquestrado roubo de novembro de 2006 na Ilha de Penang, no estreito de Malacca (que é infestado de piratas). Dois traillers entraram no complexo MASKargo sob a desculpa que estavam ali para procurar por trabalhadores ilegais. Os oficiais de alfândega acreditaram. Uma vez dentro, 20 homens armados com facões tomaram de assalto todos os trabalhadores do local e os drogaram com clorofórmio. Os ladrões saíram levando 585 cartões (caixas) e 18 páletes de microchips e placas mãe, em um valor total de US$ 12 milhões!



Nem todo mundo rouba pinturas famosas, dinheiro ou microchips. De fato, algumas pessoas percorrem longas distâncias para por as mãos em itens de reputação duvidosa, apesar de valiosos. Em novembro de 2005, um fazendeiro de Smithburg, Maryland se aventurou pela Pensilvânia para visitar parentes. Quando ele voltou à fazenda, ele notou que um tanque de 35Kg, que continha o equivalente à US$ 75.000,00 em sêmen bovino fora aberto e 65 ampolas de esperma, de aproximadamente 50 touros haviam sumido. “O sêmen congelado de touros é um grande negócio porque economiza no transporte do touro até o local onde está a vaca, para que esta seja coberta, e eventualmente inseminada”, explica o Washington Post. “O sêmen congelado pode durar por vários anos, até mesmo mais que o touro que o produziu”.



O assalto ao depósito da Securitas em 2006 é o assalto mais lucrativo (para criminosos, que se diga) já ocorrido em solo britânico. Batendo por pouco o assalto ao Northern Band de Belfast, Irlanda, em 2004. O assalto à Securitas começou em 21 de fevereiro, quando o gerente do depósito, Colin Dixon, foi para casa. Se passando por policial, um dos ladrões seqüestrou Dixon, que foi algemado e levado para uma fazenda próxima, onde estavam sua mulher e seus filhos, que também haviam sido seqüestrados. Todos foram levados à sede da Securitas onde Dixon foi forçado à ajudar na entrada. Quatorzes empregados da empresa foram rendidos, e £53 milhões (cerca de US$ 92,5 milhões) foram carregados em um caminhão e lavados da empresa.



D.B Cooper é um dos mais notórios seqüestradores dos Estados Unidos, e é um que ainda está livre depois de 35 anos fugindo da justiça. Em 24 de novembro de 1971 – véspera do Dia de Ação de Graças, importante feriado americano – “Dan Cooper” seqüestrou o vôo 305 da Northwest Orient Airlines com uma maleta “bomba”. Ele entregou um bilhete á comissária de vôo dizendo “Eu tenho uma bomba em minha maleta, e vou usá-la se necessário. Eu quero que você sente-se próxima à mim. Você está sendo seqüestrada”. Com isso, a comissária alertou ao piloto que tentou transmitir a situação do seqüestro ao Aeroporto Internacional de Tacoma-Seattle. O piloto foi instruído pela torre controle à atender a demanda de Cooper: quatro pára-quedas e US$ 200.000,00 em dinheiro. Por que quatro pára-quedas? Alegadamente ele pediu três extras, para o piloto, co-piloto e comissária de vôo como uma forma de certificar-se de que eles não eram falsos. Os passageiros foram deixados no aeroporto de Seattle-Tacoma, em troca pelo dinheiro, e Cooper instruiu o piloto à seguir para o México. Nem mesmo os F-106 que seguiam o avião viram quando D.B. Cooper pulou próximo. Acredita-se que ele pousou tranquilamente próximo à Ariel, Washington.

O roubo ao Museu Isabella Gardner em 1990 foi chamado de “o maior roubo de arte da história”, e aqueles que o perpetraram, ainda hoje, 17 anos depois, não foram identificados. Apenas algumas horas após as festividades do Dia de St. Patrick em Boston, dois homens vestidos como policiais abordaram os guardas de segurança do museu, e os cumprimentaram. Quando os seguranças descobriram que os policiais eram falsos, já era tarde demais; os seguranças terminaram algemados e amordaçados. Foram então levados para o porão. Os ladrões retiraram 3 quadros de Rembrandt de suas molduras (que ainda permanecem penduras de vazias hoje) bem como a obra “O Concerto” de Johannes Vermeer, “Paisagem com um Obelisco” de Govert Flink e vários outras preciosas pinturas. As obras nunca foram encontradas, e o museu nunca foi reembolsado. Moral da história: certifique-se de que o seguro está em dia!

O maior roubo de banco da história? Às vésperas da primeira rodada da primeira onda de bombardeios à Bagdá em março de 2003, uma gangue arrombou o Banco Central do Iraque e levou em três carretas aproximadamente um bilhão de dólares. Mais da metade deste bilhão foi encontrada escondida nas paredes do palácio do ditador Saddam Hussein por tropas americanas, o resto parece desaparecido. Um pouco mais adiante na estrada, em Basra, Iraque, tropas britânicas frustraram outro grande assalto a banco. Em torno de 60 pessoas abriram caminho à bomba para entrar no Banco Nacional do Iraque à pela luz do dia, e explodiram também a porta do cofre. As grandes explosões atraíram as tropas britânicas, que acabaram com a festa.

Em agosto de 1963, quinze homens usando mascaras de ski, abordaram um trem do Real Correio Britanico, que ia de Glaslow à Londres, roubando 2.3 milhões de libras em notas usadas. Hoje, este valor equivaleria à algo em torno de 40 milhões de libras. Bruce Reynolds foi a mente por trás do assalto, depois de sua captura e posterior cumprimento de pena, passou à ser tratado como celebridade. Existem inúmeros livros, filmes e musicais em tributo e devotados à contar história do “Assalto ao trem pagador”, inclusive um estrelado por Phill Collins.
Mas o maior roubo da história da humanidade ainda está em andamento, e é aqui no Brasil. Segundo a Revista Época, em sua edição 473 do dia 11/06/2007, políticos ladrões (a maioria), em conluio com funcionários públicos corruptos e empresários desonestos roubam 20 bilhões de reais por ano. É como se o maior roubo à banco da história, ocorresse 10 vezes por ano, com o cruel detalhe, de sempre ser bem sucedido.

Exame antecipa o surgimento da diabetes em até em 10 anos

O procedimento foi desenvolvido por pesquisadores do Hospital Geral de Massachusettz

OMS alerta sobre possível radiação 'séria' nos alimentos no Japão
Órgão da ONU reconhece avanços no controle do desastre nuclear. Preocupação diz respeito a partículas radioativas nos alimentos e na água Um simples exame de sangue pode descobrir quais os riscos de a pessoa desenvolver diabetes tipo II com antecedência de dez anos, levando indivíduos com maior predisposição à doença a se preparem, mudando hábitos alimentares e praticando atividade física, como divulgou reportagem publicada no jornal britânico Daily Mail, nessa segunda-feira (21).

O exame foi desenvolvido por Thomas Wang e outros pesquisadores Hospital Geral de Massachusettz, nos Estados Unidos, descobrirem que há cinco aminoácidos presentes em grande quantidade nos testes realizados por indivíduos com maior predisposição à doença. Para chegar neste resultado, os cientistas compararam o histórico de exames de 189 diabéticos antes de desenvolverem a doença, com as análises de 189 pessoas saudáveis.

A diabetes acontece quando o pâncreas não consegue fornecer a quantidade exata de insulina que o organismo precisa para metabolizar o açúcar ingerido e pode levar a complicações como doenças coronarianas, derrame, cegueira e insuficiência

Fim da Religião

Estudo indica que religião pode ser extinta em 9 países ricos

Projeção feita por cientistas americanos baseada em dados de censo identifica declínio em nações como Austrália, Holanda e Canadá

BBC

Uma pesquisa baseada em dados do censo e projeções de nove países ricos constatou que a religião poderá ser extinta nessas nações. Analisando censos colhidos desde o século 19, o estudo identificou uma tendência de aumento no número de pessoas que afirma não ter religião na Austrália, Áustria, Canadá, República Checa, Finlândia, Irlanda, Holanda, Nova Zelândia e Suíça.

Através de um modelo de progressão matemática, o estudo, divulgada em um encontro da American Physical Society, na cidade americana de Dallas, indica que o número de pessoas com religião vai praticamente deixar de existir nestes países.

''Em muitas democracias seculares modernas, há uma crescente tendência de pessoas que se identificam como não tendo uma religião; na Holanda, o índice foi de 40%, e o mais elevado foi o registrado na República Checa, que chegou a 60%'', afirmou Richard Wiener, da Research Corporation for Science Advancement, do departamento de física da Universidade do Arizona.

O estudo projetou que na Holanda, por exemplo, até 2050, 70% dos holandeses não estarão seguindo religião alguma.

Modelo
A pesquisa seguiu um modelo de dinâmica não-linear que tenta levar em conta fatores sociais que influenciam uma pessoa a fazer parte de um grupo não-religioso.

A equipe constatou que esses parâmetros eram semelhantes nos vários países pesquisados, resultando na indicação era de que a religião neles está a caminho da extinção.

"É um resultado bastante sugestivo", disse Wiener. "É interessante que um modelo tão simples analise esses dados...e possa sugerir uma tendência."

"É óbvio que cada indivíduo é bem mais complicado, mas talvez isso se ajuste naturalmente", disse ele.

30 motivos de aborrecimento

Você ter que experimentar óculos de sol com aquela etiquetazinha de plástico pendurada no nariz.

A pessoa atrás de você no supermercado bate com o carrinho no seu calcanhar.

O elevador pára em todos os andares, e não entra ninguém.

Tem sempre um carro quase entrando na sua traseira quando você está andando devagar, procurando um endereço.

O anel da latinha se solta antes de abrir.

Você pisa em coco de cachorro, mas só descobre depois que entrou em casa e está no meio do tapete da sala.

Aquela fitinha vermelha da embalagem de Band-Aid nunca funciona com você.

Tem um cachorro na vizinhança que late por qualquer coisa.

Você não consegue colocar as coisas de volta do mesmo jeito na caixa em que vieram.

Três horas e três reuniões depois do almoço, você olha no espelho e descobre um pedaço de alface preso no seu dente da frente.

Você toma um belo gole da lata de refrigerante que alguém usou como cinzeiro.

Você corta a língua fechando um envelope.

O seu pneu perde a metade da pressão enquanto você está tentando calibrar.

A estação pega muito bem enquanto você está perto do rádio, mas chia, diminui e some quando você se afasta.

Tem sempre um ou dois cubos de gelo que se recusam a sair da fôrma.

Você esquece um pedaço de pano no bolso, e toda sua roupa lavada sai cheia de fiapos.

Carro atrás de você desanda a buzinar enquanto você espera o pedestre acabar de atravessar.

Um pedaço do papel laminado do bombom dá aquele choque quando você morde o recheio.

Você regula o despertador para às sete da noite em vez de sete da manhã.

A rádio não te diz quem cantou aquela última música.

Você passa creme nas mãos e não consegue segurar a maçaneta para abrir a porta do banheiro.

O pessoal todo que estava atrás de você na fila passa na sua frente quando o caixa ao lado abre de repente.

Os óculos escorregam para frente assim que você começa a suar.

Você não consegue saber, no dicionário, como se escreve corretamente uma palavra, porque você não sabe como se soletra esta palavra.

Você tem que explicar para, no mínimo, cinco vendedores diferentes de uma mesma loja que "está só olhando."

Você não consegue achar aquele lápis que estava na sua mão um minuto atrás.

Você abaixa para apanhar uma coisa que caiu debaixo da mesa e bate com a cabeça na volta.

Você está num engarrafamento e sempre a fila que você está anda mais devagar (mesmo você trocando de fila).

Você entra na fila do cinema e esgota o ingresso justo na sua vez.

A vontade de ir ao banheiro sempre aumenta quando você está quase chegando em casa.

terça-feira, 22 de março de 2011

A fisiologia da paixão

Encéfalo, neurotransmissores e paixão Paixão x Tempo Manifestações e fases do amor Os sentidos e a paixão (visão, audição, tato, paladar, olfato) Você sabia?

O ENCÉFALO, OS NEUROTRANSMISSORES E A PAIXÃO

O chamado diencéfalo ou cérebro primitivo, comum a todos os mamíferos, intervém, através do hipotálamo, no desejo, no interesse sexual e também recolhe as informações que chegam do exterior e dos hormônios, controlando-os e dando as respostas da excitação sexual, ejaculação, sensações de prazer e regulando as respostas emocionais e afetivas no comportamento sexual.

O sistema límbico discrimina e seleciona os estímulos, reconhecendo os sinais de saciedade (estar satisfeito) e inibindo o comportamento sexual.

A nossa sexualidade apresenta-se não apenas em nível dos estímulos (visuais,fantasias ,etc) ,como também na participação muito importante da emoção e sobretudo na aprendizagem. Algumas partes do nosso cérebro relacionam o ambiente e a cultura às nossas respostas sexuais. O resultado pode ter maior ou menor eficácia dando aos parceiros, maior ou menor prazer.

Razão, fantasia, emoção e aprendizagem se misturam em nosso cérebro dando respostas curiosas no dia a dia sexual do ser humano.

Os neurotransmissores cumprem uma função indispensável na ativação do impulso sexual, como por exemplo, quando as carícias e beijos levam a lubrificação vaginal e à ereção peniana.

Os cientistas conhecem a feniletilamina (um dos mais simples neurotransmissores) há cerca de 100 anos, mas só recentemente começaram a associá-la à paixão. Ela é uma molécula natural semelhante à anfetamina e suspeita-se que sua produção no cérebro possa ser desencadeada por eventos tão simples como uma troca de olhares ou um aperto de mãos.

O “affair” da feniletilamina com a paixão teve início com uma teoria proposta pelos médicos Donald F. Klein e Michael Lebowitz, do Instituto Psiquiátrico Estadual de Nova Iorque. Eles sugeriram que o cérebro de uma pessoa apaixonada continha grandes quantidades de feniletilamina, e que esta substância poderia responder, em grande parte, pelas sensações e modificações fisiológicas que experimentamos quando estamos apaixonados.

PAIXÃO X TEMPO

Existe um limite de tempo para homens e mulheres sentirem os arroubos da paixão? Segundo a professora Cindy Hazan, da Universidade Cornell de Nova Iorque, sim. Ela diz: "seres humanos são biologicamente programados para se sentirem apaixonados durante 18 a 30 meses". Ela entrevistou e testou 5.000 pessoas de 37 culturas diferentes e descobriu que a paixão possui um "tempo de vida" longo o suficiente para que o casal se conheça, copule e produza uma criança.

A pesquisadora identificou algumas substâncias responsáveis pelo amor-paixão: dopamina, feniletilamina e ocitocina. Estes produtos químicos são todos relativamente comuns no corpo humano, mas são encontrados juntos apenas durante as fases iniciais do flerte. Ainda assim, com o tempo, o organismo vai se tornando resistente aos seus efeitos - e toda a "loucura" da paixão desvanece gradualmente - a fase de atração não dura para sempre. O casal, então, se vê frente a uma dicotomia: ou se separa ou habitua-se a manifestações mais brandas de amor - companheirismo, afeto e tolerância, e permanece junto. "Isto é especialmente verdadeiro quando filhos estão envolvidos na relação", diz a Dra. Hazan.

Os homens parecem ser mais susceptíveis à ação dessas substâncias. Eles se apaixonam mais rápida e facilmente que as mulheres. E a Dra. Hazan é categórica quanto ao que leva um casal a se apaixonar e reproduzir: "graças à intensidade da ilusão romanceada, achamos que escolhemos nossos parceiros; mas a verdade é conhecida até mesmo pelos zeladores dos zoológicos: a maneira mais confiável de se fazer com que um casal de qualquer espécie reproduza é mantê-los em um mesmo espaço durante algum tempo".

Com base em outras pesquisas desenvolvidas pela Dra. Helen Fisher, antropologista da Universidade Rutgers e autora do livro The Anatomy of Love, pode-se fazer um quadro com as várias manifestações e fases do amor e suas relações com diferentes substâncias químicas no corpo:

Manifestação
Conceito
Substância mais associada

Luxúria
Desejo ardente por sexo
Testosterona (aumento da libido – desejo sexual)

Atração
Amor no estágio de euforia, envolvimento emocional e romance
Altos níveis de dopamina e norepinefrina (noradrenalina): ligadas à inconstância, exaltação, euforia, e a falta de sono e de apetite.

Baixos níveis de serotonina: tendo em vista a ação da serotonina na diminuição de fatores liberadores de gonadotrofinas pela hipófise, quanto mais serotonina menos hormônio sexual.

Ligação
Atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura.
Ocitocina (associada ao aumento do desejo sexual, orgasmo e bem-estar geral) e vasopressina (ADH), associada à regulação cardiovascular, atuando no controle da pressão sangüínea.


OS SENTIDOS E A PAIXÃO



VISÃO

A visão é, provavelmente, a fonte de estimulação sexual mais importante que existe.

No homem, existem numerosos estímulos visuais envolvidos na atração sexual, que vão muito além da visão dos genitais do sexo oposto. A forma de mover-se, um olhar, um gesto, inclusive a forma de vestir-se, são estímulos que, enquanto potencializam a capacidade de imaginação do ser humano, podem resultar mais atraentes que a contemplação pura e simples de um corpo nu.

Segundo o neurobiólogo James Old, o amor entra pelos olhos.



Imaginemos duas pessoas que não se conhecem e se encontram em uma festa:


è Ambos se olham e imediatamente se avaliam, o que ativa neocórtex, especializado em selecionar e avaliar.

è O primeiro nível de avaliação de ambos será o biológico (tem orelhas, duas pernas etc) e enfim, geneticamente saudável.

è Depois a análise continua por padrões baseados na experiência de cada um: tipos físicos reforçados como positivos pelos pais, amigos e meios de comunicação.

è Simultaneamente se avaliam dentro de seu tempo e cultura: numa sociedade propensa a sucumbir a pragas e escassez de alimentos, mulheres mais cheinhas eram sinônimo de saúde e fortaleza.

Elas são mais seletivas

O neurobiólogo aponta que no caso feminino também existe um fator adicional e mais abstrato: o poder (também ocorrem mudanças com o tempo e cultura)

Segundo o pesquisador, como as mulheres geneticamente têm menos oportunidades para procriar (o número de gametas femininos é menor do que o de espermatozóides), elas buscam no selecionado a capacidade de prover e proteger seus filhos.

AUDIÇÃO

No homem, a aparição da linguagem representa um passo muito mais avançado como meio de solicitação sexual. Em praticamente todas as sociedades humanas, o uso de frases e canções amorosas constitui uma das preliminares mais habituais. Libertado o cérebro da carga social, uma frase erótica, sussurrada ao ouvido, pode resultar tão incitadora quanto um bramido de elefante na imensidão da selva.

De acordo com investigações do Krasnow Institute for Advanced Study of George Mason University, não só as primeiras palavras, mas também os tons de voz deverão responder aos padrões de saúde e genética desejados na escolha do(a) parceiro(a).

TATO: a pele com a qual amamos

A superfície do corpo humano, com aproximadamente dois metros quadrados de extensão é, poderíamos dizer, o maior órgão sexual do homem. Mais do que simplesmente um dos sentidos, o tato é a resultante de muitos ingredientes: sensibilidades superficiais (epidérmicas e dérmicas), profundas - como a proprioceptiva, ligada a movimento -, vontade de explorar e atividade motora, emoções, memória, imaginação.

Existem cerca de cinco milhões de receptores do tato na pele - as pontas dos dedos tem uns 3.000 que enviam impulsos nervosos ao cérebro através da medula. O tato é provavelmente o mais primitivo dos sentidos. É a mais elementar, talvez a mais predominante experiência do ser humano, mesmo naquele que ainda não chegou a nascer. O bebê explora o mundo pelo tato. Assim, descobre onde termina seu corpo e onde começa o mundo exterior. Esse sentido é seu primeiro guia.



Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.

O sentido do tato proporciona um contato imediato com os objetos percebidos e, na relação humana, é uma experiência inevitavelmente recíproca: pele contra a pele provoca imediatamente um nível de conhecimento mútuo. Na relação com o outro, não é possível experimentá-la.



Imagem: BEAR, M.F., CONNORS, B.W. & PARADISO, M.A. Neurociências – Desvendando o Sistema Nervoso. Porto Alegre 2ª ed, Artmed Editora, 2002.

Encontramos homens com problemas sexuais que não beijam, não abraçam e nem acariciam sua parceira. Para quê? Pensam eles. Este modelo de comportamento impede que muitos casais desfrutem do prazer que pode proporcionar o simples fato de dar e receber carícias.

A estimulação tátil é uma necessidade básica, tão importante para o desenvolvimento como os alimentos, as roupas, etc.. O contato físico é a forma de comunicação mais íntima e intensa dos seres humanos, segundo alguns estudos, até os mais insignificantes contatos físicos tem notáveis efeitos.

Nós realmente "sentimos com o olho da mente" - Uma região do cérebro envolvida no processamento do sentido da visão é também necessária para o sentido do tato. Resultados da Universidade de Emory, que confirmam o papel do córtex visual na percepção táctil (toque), foram publicados na edição da revista Nature de 06/10/1999.

As conclusões do estudo são relevantes para o entendimento de não apenas como o cérebro normalmente processa a informação sensorial, "mas também como o processamento é alterado em condições como cegueira, surdez ou torpor e, principalmente, para melhoria dos métodos de comunicação em indivíduos que sofrem de tais desordens", de acordo com Krishnankutty Sathian, Ph.D.

Até recentemente, cientistas acreditavam que regiões separadas do cérebro processavam a informação advinda de vários sentidos. Essa idéia está sendo, agora, desafiada. As descobertas recentes de que o córtex visual de deficientes visuais é ativado durante a leitura em Braille não são tão surpreendentes se apreciadas por este contexto. Os resultados obtidos pelo grupo de pesquisa demonstram que uma região do córtex cerebral, associada à visão, é ativada quando os humanos tentam distinguir a orientação através do tato.

Juntamente aos depoimentos subjetivos da imagem visual e a ativação cortical parieto-occiptal associada, as descobertas levam a crer que o processamento visual facilita a discriminação tátil normal de orientação. Isso, provavelmente, está relacionado ao fato de que geralmente confiamos no sistema visual para nos orientarmos.

PALADAR

Desde muito cedo, a boca é a primeira fonte de prazer. Com 16 semanas de vida, além de fazer caretas, levantar as sobrancelhas e coçar a cabeça, as papilas gustativas já estão desenvolvidas. A experiência tem demonstrado que o feto faz careta e para de engolir quando uma gota de substância amarga é colocada no líquido amniótico. Por outro lado, uma substância doce provoca a aceleração dos movimentos de sucção e deglutição.

Aliás, o prazer do paladar continua na fase em que o bebê se amamenta através do mamilo da sua mãe. Daí para frente, o paladar fica cada vez mais apurado.

A boca é uma das partes que compõem o rosto de qualquer pessoa. Quanto a isto, não restam margem para dúvidas. Mas o que se calhar não sabe, é que a zona bocal é a última parte a adquirir todas as formas e recortes finais, embora seja a primeira a sentir as emoções iniciais da vivência.

A língua é a base de todo o paladar e a boca é uma das partes mais sensíveis do corpo e mais versáteis. Um beijo combina os três sentidos de tato, paladar e olfato. Favorece o aparelho circulatório, aumenta de 70 para 150 os batimentos do coração e beneficia a oxigenação do sangue. Sem esquecer que o beijo estimula a liberação de hormônios que causam bem-estar. Detalhe: na troca de saliva, a boca é invadida por cerca de 250 bactérias, 9 miligramas de água, 18 de substâncias orgânicas, 7 decigramas de albumina, 711 miligramas de materiais gordurosos e 45 miligramas de sais minerais. As terminações nervosas reagem ao estímulo erótico e promovem uma reação em cadeia. Ao mesmo tempo, as células olfativas do nariz – mais próximas da boca – permitem tocar, cheirar e degustar o outro.

OLFATO

O amor não começa quando os olhares se encontram, mas sim um pouco mais embaixo, no nariz. "Há circuitos que vão do olfato até o cérebro e levam uma mensagem muito clara: sexo", explica Maria Rosa García Medina, especialista em sentidos químicos do Laboratório de Pesquisas Sensoriais do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (Conicet), da Argentina.

Alguns pesquisadores afirmam que exalamos continuamente, pelos bilhões de poros na pele e até mesmo pelo hálito, produtos químicos voláteis chamados ferormônios.

Estudos têm demonstrado que a maior parte das espécies de vertebrados tem um órgão situado na cavidade nasal denominado órgão vomeronasal (OVN). A finalidade do OVN parece ser exclusivamente a de detectar sinais químicos – os ferormônios - envolvidos no comportamento sexual e de marcação de território.

Atualmente, existem evidências intrigantes e controvertidas de que os seres humanos podem se comunicar com sinais bioquímicos inconscientes. Os que defendem a existência dos ferormônios baseiam-se em evidências mostrando a presença e a utilização de ferormônios por espécies tão diversas como borboletas, formigas, lobos, elefantes e pequenos símios. Os ferormônios podem sinalizar interesses sexuais, situações de perigo e outros.

Os defensores da Teoria dos Ferormônios vão ainda mais longe: dizem que o "amor à primeira vista" é a maior prova da existência destas substâncias controvertidas. Os ferormônios – atestam – produzem reações químicas que resultam em sensações prazerosas. À medida em que vamos nos tornando dependentes, a cada ausência mais prolongada nos dizemos "apaixonados" – a ansiedade da paixão, então, seria o sintoma mais pertinente da Síndrome de Abstinência de Ferormônios.

Com ou sem ferormônios, é fato que a sensação de "amor à primeira vista" relaciona-se significativamente a grandes quantidades de feniletilamina, dopamina e norepinefrina no organismo. E voltamos à questão inicial: até que ponto a paixão é simplesmente uma reação química?

Um tradicional exemplo do estreito vínculo entre olfato e desejo é a síndrome de Kalman, um quadro genético de alteração hormonal que prejudica a puberdade e que está acompanhado por uma ausência congênita do olfato. Com a ajuda de tratamento, esses pacientes chegam a ter níveis normais de hormônios, mas não recuperam o olfato e isso têm efeitos diretos em sua vida afetiva.

O laboratório canadense Pheromone Sciences Corp. isolou e caracterizou os diversos ferormônios extraídos do suor. Uma primeira pesquisa revelou que o composto pode estimular a libido em homens e mulheres. Os pesquisadores esperam que, em um futuro não muito distante, esse derivado de ferormônios possa servir como tratamento efetivo e seguro para determinadas disfunções sexuais. Inclusive como complemento de remédios como o Viagra.

"Alguns derivados dos ferormônios já são usados para casos de frigidez feminina e ajudam na primeira etapa da sexualidade, que é o desejo", afirma García Medina. "Isso pode ter um grande potencial em outros tipos de disfunções sexuais, mas ao mesmo tempo, reacende questões éticas: É lícito interferir dessa forma no comportamento de uma pessoa?"

Não há duas pessoas que possuam exatamente o mesmo cheiro, embora haja algumas semelhanças entre membros de uma mesma etnia. O odor corporal é fortemente influenciado pelo tipo de alimentação e influencia nossas preferências por certos aromas. Pessoas que gostam de comidas muito temperadas também preferem fragrâncias fortes e penetrantes, como as que contêm patchuli, sândalo ou gengibre. Aquelas que consomem mais laticínios preferem fragrâncias florais, como lavanda e néroli (flor de laranjeira). A alimentação branda porém saudável dos japoneses, baseada principalmente em peixes, verduras e arroz, em conjunto com os banhos freqüentes e meticulosos, é uma das razões pelas quais seu odor corporal é praticamente inexistente, ao menos para o olfato de outras etnias. Os japoneses são atraídos por fragrâncias delicadas. E, enquanto os esquimós são tidos como tendo cheiro de peixe e os africanos cheiro de amoníaco, o resto do mundo concorda que o cheiro azedo dos europeus é o mais nauseante (neste caso não seria pela conhecida carência de banho?).

Há duas décadas atrás, cientistas europeus conseguiram reproduzir os ferormônios em laboratório. Alguns anos mais tarde, empresários americanos compraram a fórmula, fabricaram o produto em quantidades industriais e o engarrafaram em belos vidrinhos. Agora, os tais ferormônios estão à venda na Internet. O representante brasileiro do perfume americano The Scent promete: "É garantido! Você vai conquistar a mulher dos seus sonhos pelo cheiro". No site da empresa, o extrato de ferormônios é promovido como um "afrodisíaco natural", uma "química revolucionária", um "grande segredo vindo da natureza"; em síntese: "um estimulante sexual da mulher", que foi "inteligentemente mascarado como uma colônia masculina". Segundo seus fabricantes, este produto mágico age diretamente no subconsciente da mulher, despertando seu desejo sexual sem que ela saiba o porquê de se sentir loucamente atraída pelo galã perfumado. Mesmo sem explicações válidas, o site jura que "ela ficará totalmente a sua mercê". Ficou curioso? As belas promessas continuam: "você usa, é invisível, não tem cheiro, ninguém ficará sabendo, só você. É a ciência médica interferindo na nossa vida sexual, uma arma que ajudará nas suas conquistas". Segundo os responsáveis pelo produto, o sujeito que utilizar a poderosa colônia atrairá todos os olhares femininos, gerando "mais contatos imediatos e, sem dúvida, uma vida sexual mais ativa do que poderia um dia imaginar, não importa a sua aparência, não importa o nível social. Onde quer que você esteja, passará a chamar muita atenção, como um imã". Mas será que funcionam mesmo? Como você já deve ter percebido, o mesmo perfume ou loção após a barba, exala diversos cheiros em diferentes pessoas, especialmente naquelas do sexo oposto. À medida que a fragrância vaporiza e interage com nossa química própria, várias mudanças do aroma tornam-se perceptíveis.

Finalizando

Apesar de todas as pesquisas e descobertas, existe no ar uma sensação de que a evolução, por algum motivo, deu-se no sentido de que o amor não-associado à procriação surgisse – calcula-se que isto se deu há aproximadamente 10.000 anos. Os homens passaram realmente a amar as mulheres, e algumas destas passaram a olhar os homens como algo mais além de máquinas de proteção.

A despeito de todos os tubos de ensaio de sofisticados laboratórios e reações químicas e moléculas citoplasmáticas, afinal, deve haver algo mais entre o céu e a terra...

De qualquer forma, quando decidimos que temos química com alguém, o mais provável é que estejamos literalmente certos.

VOCÊ SABIA ???

1- Que o odor no homem é mais intenso que na mulher? Suas glândulas são mais ativas, fazendo com que “eles” transpirem duas vezes mais.

2- Que na etnia negra as glândulas sudoríparas são mais ativas para compensar o calor, mantendo a temperatura ideal do corpo?

3- Que o alho e a cebola interferem no odor da transpiração?

O orgão vomeronasal e a atração sexual

Estudos têm demonstrado que a maior parte das espécies de vertebrados tem um órgão situado na cavidade nasal denominado órgão vomeronasal (OVN). A finalidade do OVN parece ser exclusivamente a de detectar sinais químicos – os ferormônios - envolvidos no comportamento sexual e de marcação de território. Os ferormônios distinguem-se dos hormônios, porque estes são liberados internamente e exercem influência sobre o metabolismo do indivíduo, enquanto que os ferormônios são liberados externamente, com atividade sobre indivíduos da mesma espécie.

Quanto à estrutura química dos ferormônios sexuais, verifica-se a existência de composição muito diversificada, variando a sua natureza com as diferentes espécies. Já foram identificados sob as formas de derivados de ácidos graxos ou terpenos, álcoois, acetatos, hidrocarbonetos (freqüentemente insaturados, com uma ou duas ligações duplas), substâncias aromáticas com grupos funcionais diversos, etc. A maioria deles é constituída por moléculas simples e de peso molecular relativamente baixo.








O OVN humano consiste de duas pequenas bolsas de 2 mm de profundidade, cerca de 1 cm a partir das narinas, abrindo-se em pequenas cavidades ocas com pequenos orifícios em seus centros, de cerca de 0,1 mm de distância. Só para comparação: o OVN do elefante tem 20-25 cm de comprimento!
Qual é o segredo da atração? Filósofos, biólogos, sexólogos, antropologistas e outros têm debatido bastante esta questão. Dependendo do ponto de vista, existem muitas respostas, mas nenhuma é única. Uma das mais antigas atrações é provocada pelo cheiro. Tanto os humanos quanto os animais exalam quantidades sutis de ferormônio, detectável (inconscientemente por humanos) pelo sexo oposto, o qual desencadeia uma resposta específica em um parceiro potencial. Dessa forma, para alguns, o amor não começa quando os olhares se encontram, mas sim um pouco mais embaixo, no nariz. "Há circuitos que vão do olfato até o cérebro e levam uma mensagem muito clara: sexo". Nos homens e mulheres, este odor é liberado através das glândulas apócrinas, localizadas nas axilas, ao redor dos mamilos e na virilha. (estes odores não são desagradáveis como o suor). As secreções apócrinas começam na puberdade com o desenvolvimento sexual e são diferentes entre os dois sexos.

Quando o anatomista Dr. David Berliner estava pesquisando a composição da pele humana, observou que, quando deixava abertos frascos contendo extratos de pele, os sentimentos dele e das pessoas à sua volta pareciam mudar - tornavam-se mais cálidos e amistosos. Esses sentimentos diminuíam se os frascos eram tampados. Essas descobertas levaram-no a investigar o potencial que as diferentes substâncias têm para estimular o órgão do "sexto sentido", o OVN, e a pesquisar o uso de ferormônios como perfumes, de modo a dar à natureza uma "mãozinha" no campo dos romances.

Durante o último encontro anual da Sociedade Britânica de Psicologia, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Northumbria, em Newcastle-upon-Tyne, anunciou o resultado de um estudo sobre a influência dos ferormônios na capacidade de atração sexual. O estudo baseou-se na projeção de fotografias de homens para diferentes grupos de mulheres, que avaliavam cada um segundo seu sex-appeal. A classificação "atraente" era mais freqüente quando os cientistas borrifavam o ambiente com ferormônios. Segundo Nick Neave, chefe da pesquisa, os mais beneficiados pelo efeito afrodisíaco do suor foram os homens de aparência mais comum.

Amor ao "primeiro cheiro"

Um tradicional exemplo do estreito vínculo entre olfato e desejo é a síndrome de Kalman, um quadro genético de alteração hormonal que prejudica a puberdade e que está acompanhado por uma ausência congênita do olfato. Com a ajuda de tratamento, esses pacientes chegam a ter níveis normais de hormônios, mas não recuperam o olfato e isso têm efeitos diretos em sua vida afetiva. "No consultório atendo pacientes com problemas de olfato, todos com dificuldades no plano sexual. Uma paciente me disse que desde que perdera o olfato não tinha vontade de tre relações sexuais com o marido", conta o médico García Medina.

Alternativa para problemas sexuais?

O laboratório canadense Pheromone Sciences Corp. isolou e caracterizou os diversos ferormônios extraídos do suor. Uma primeira pesquisa revelou que o composto pode estimular a libido em homens e mulheres. Os pesquisadores esperam que, em um futuro não muito distante, esse derivado de ferormônios possa servir como tratamento efetivo e seguro para determinadas disfunções sexuais. Inclusive como complemento de remédios como o Viagra.

"Alguns derivados dos ferormônios já são usados para casos de frigidez feminina e ajudam na primeira etapa da sexualidade, que é o desejo", afirma García Medina. "Isso pode ter um grande potencial em outros tipos de disfunções sexuais, mas ao mesmo tempo, reacende questões éticas: É lícito interferir dessa forma no comportamento de uma pessoa?"

segunda-feira, 21 de março de 2011

Fim da calvice

Novo estudo usa células-tronco para fazer crescer cabelo em carecas
Médicos acreditam que em dez anos o sucesso da nova técnica poderá ser comemorado pelos carecas. "Só terá calvície quem quiser", diz médico.
O problema é na cabeça, mas é da boca que é retirada uma amostra de saliva do paciente. O material, enviado para análise nos Estados Unidos, indica se o paciente tem risco baixo ou alto de ficar careca.

“O paciente pode iniciar o tratamento precocemente e pode evitar alguns riscos que normalmente geram a queda de cabelo, como uso de boné constante, que muitos adolescentes usam, usar gel, usar cremes no cabelo”, alerta Carlos Roberto Antonio, dermatologista.

O fator mais importante para a calvície é a hereditariedade. Se você tem pai calvo, a chance de ficar careca aumenta. Se a sua mãe ou os irmãos dela têm problemas capilares, a probabilidade de perder os cabelos é maior ainda.

Uma substância chamada bimatoprosta faz parte da mais nova pesquisa contra a calvície. A substância está sendo testada para crescimento de sobrancelhas e cabelos.

Imagine uma injeção aplicada no couro cabeludo capaz de fazer nascer novos fios? Tudo sem anestesia nem cirurgia. O sonho de quem luta contra a calvície começa a se tornar realidade. É o tratamento com células-tronco para o crescimento de cabelos.

Na pesquisa feita por dermatologistas americanos são retiradas células-tronco da raiz dos cabelos, a parte responsável pelo crescimento deles. O material é tratado e reaplicado no próprio paciente.

Em pessoas calvas, nasceram 13 fios por centímetro quadrado depois das aplicações. Ainda é o início. O número normal é de 500 fios. Médicos acreditam que em dez anos o sucesso da nova técnica já poderá ser comemorado pelos carecas.

“A grande vantagem é que não há possibilidade de haver rejeição pelo fato de que o material utilizado é obtido da própria pessoa. Em digo que, com certeza, no futuro só será careca ou terá calvície quem quiser”, explica João Roberto Antonio, dermatologista.

Para as mulheres, 25% delas na faixa de 30 anos têm problemas

Diabo - O Mal

Satanás, Belzebu, Belial, Espírito Imundo, o Tentador. O diabo teve muitos nomes e faces e já inspirou de obras-primas literárias a canções de rock. Conhecer sua história ajuda a responder a pergunta: por que a humanidade precisa dele?

Avenida do Inferno, 666

Para o médico parisiense Jacques de Gheyn, que viveu no século 16, ele era um monstro de chifres e olhos vermelhos faiscantes, que o obrigava a cozinhar cadáveres. De acordo com a jovem francesa Chrétienne, de 23 anos, tratava-se de um cavalheiro de trajes e chapéu negros, que a desvirginara em 1624. Do ponto de vista do filósofo Voltaire, não passava de uma simples superstição, e segundo o pai da psicanálise, Sigmund Freud, não era outra coisa além de impulsos negativos longamente reprimidos. Como é possível que existam tantas imagens do diabo? O que ele é, e por que está tão presente na história da humanidade e nas principais civilizações de todos os tempos e lugares?

Uma coisa é certa: o capeta é uma figura importante. Por causa dele, hereges foram queimados nas fogueiras da Inquisição. Grandes escritores o transformaram em clássicos da literatura - caso do drama Fausto, de Goethe, ou do conto São Marcos, de João Guimarães Rosa. Isso para não falar nas referências da cultura pop: nos quadrinhos, Hellboy e Motoqueiro Fantasma; na música, Sympathy for the Devil, dos Rolling Stones, e Rock do Diabo, de Raul Seixas e Paulo Coelho. Sua história, contudo, é tortuosa, e sua figura, esquiva. Afinal, o que esperar do demônio? Como já dizia o poeta francês do século 19 Charles Baudelaire sobre o personagem: "O maior truque do diabo foi convencer-nos de que não existia". Fato ou ficção, esta é uma história e tanto.

Para o judaísmo, o cristianismo e o islamismo, o diabo é a representação concentrada do mal. Mas ele não está restrito ao Oriente. O demônio existe nas mais diversas civilizações, ocidentais ou orientais. "É uma figura universal. Está presente, de formas variadas, no catolicismo, no judaísmo, no islamismo, no hinduísmo, no budismo e no taoísmo", afirma Mateus Soares de Azevedo, mestre em História das Religiões pela Universidade de São Paulo. Mas por que seres humanos de lugares tão diferentes acreditam em algum tipo de diabo? O historiador das religiões Henry A. Kelly, professor da Universidade da Califórnia, tem uma explicação. Para ele, essa crença nasceu da percepção de que vivemos sob um dualismo irreversível: bem ou mal, belo ou feio, luz ou sombra. O mundo, então, ficava mais simples de entender: se existe o bem e o mal nitidamente separados, é possível criar uma ética, elaborar regras claras de comportamento que definam as atitudes que são aceitáveis. É por isso que, como diz o professor Kelly, o principal papel do diabo foi o de perdedor. "O ser humano precisa reafirmar que pode vencer obstáculos temíveis. Tais dificuldades foram representadas por Satã."

Em quase todas as grandes religiões existe uma história que explica a origem do mal. Essas narrativas têm vários pontos em comum. De acordo com a tradição semita ocidental, ela começa quando um ser maléfico cai em desgraça com Deus e se torna inimigo do homem. Na Bíblia, ele atende pelo nome de Lúcifer. No Alcorão, Iblis. Nas escrituras védicas do hinduísmo, são os asuras (demônios). Segundo a Bíblia, Lúcifer fazia parte da corte celeste, onde gozava de grande prestígio. Porém, quando chegou a hora de eleger o representante de Deus entre as criaturas, o escolhido não foi ele, mas Adão, um simples mortal. De acordo com o Alcorão, Deus teria ordenado que todos se prostrassem diante do primeiro homem. Lúcifer, acompanhado de uma legião de outros demônios, negou-se a fazê-lo. Ele e seu séquito foram banidos da corte depois de uma briga feia, citada pelo Livro do Apocalipse. A história coincide com uma narrativa védica, que conta a batalha cósmica travada entre devas (que podem ser traduzidos como "anjos") e os asuras expulsos ("demônios"). Assim se inaugurava o drama da criação.

Nome e rosto

Os hebreus o chamavam de satan; os árabes, de shaitan. Era a mesma palavra e significava "adversário" ou "acusador". Definições com palavras bem mais "diabólicas" ou "demoníacas" tiveram de ser importadas do grego a partir do século 2. Diabolos carregava uma conotação bem negativa, podendo ser traduzida como "o difamador" ou "o separador". Outra palavra, daimon, originou "demônio". O daimon, "gênio" ou "espírito" na religião grega, correspondia a potencialidades da alma, tanto as boas quanto as más. Inserida na Bíblia, passou a se referir a seres exclusivamente maus.

Várias outras palavras também foram utilizadas para designá-lo. Belzebu, ou "senhor das moscas" em hebraico, era um deus de uma religião antiga da Palestina. Idem para Belial, "o príncipe das trevas" - provavelmente derivado de Belili, uma deusa mesopotâmica. O diabo também é chamado de Serpente (no Gênesis), Grande Dragão Vermelho (no Apocalipse), Espírito Imundo (no Evangelho de São Marcos) e Espírito da Mentira (segundo São Paulo).

Já para representar sua imagem, a principal inspiração veio da demonologia assírio-babilônica. De acordo com a historiadora americana Elaine Pagels, uma das entidades preferidas pelos artistas da Antiguidade foi o sinistro Pazuzu, filho de Anu, rei dos espíritos malignos da antiga religião babilônica. É ele quem aparece no início do filme O Exorcista (1973). O diabo também foi representado por cabras, cobras e crocodilos (veja quadro na próxima página). Por fim, no século 4, durante um concílio da Igreja na cidade de Toledo, ele foi descrito pela primeira vez com seu visual clássico: chifres, rabo, tridente em punho, cor avermelhada ou negra.

Enquanto se expandia, o cristianismo estimulava histórias de contatos pessoais com demônios. Os fiéis ficavam assombrados com casos como o do egípcio Santo Antão, nascido por volta de 250, que passou parte da vida trancado em tumbas de cemitérios. Segundo a tradição, ele foi torturado por demônios durante 17 anos.

Identidade

Na Idade Média, o problema do mal (e do diabo) foi discutido pelas mentes mais brilhantes da escolástica, como Santo Anselmo da Cantuária, São Tomás de Aquino e John Duns Scott. Um consenso oficial da Igreja sobre o tema foi obtido no quarto Concílio de Latrão, realizado em 1215. Segundo os teólogos então reunidos na cidade italiana, "o diabo e os outros demônios tinham sido criados bons em sua natureza por Deus, mas que, por sua própria vontade, haviam optado pelo mal".

A essas alturas, o diabo do cristianismo, descrito com tamanho cuidado, já se diferenciava bastante dos seres malignos de outras religiões. Para islâmicos, hindus e budistas, o mal e as criaturas malignas continuavam sendo o elemento de imperfeição da criação. Para os cristãos, ao contrário, ele passou a ter identidade e personalidade bem mais claras. Era questão de tempo para que, na Europa medieval, o Tinhoso repaginado ganhasse simpatizantes.

De acordo com o historiador americano Nesta Webster, em Secret Societies and Subversive Movements ("Sociedades secretas e movimentos subversivos", inédito em português), as seitas de adoradores do diabo conheceram o auge a partir do século 14. Na Alemanha, na Itália e na França, existiu a ordem dos Luciferinos, que pregava que o filho dileto de Deus não era Jesus, mas sim Lúcifer (que seria "o portador da luz"). Na Itália, adeptos do mesmo movimento fundaram uma seita chamada La Vecchia Religione ("a velha religião"). No decorrer de suas missas negras, o pão consagrado na tradicional eucaristia católica era dado a ratos e porcos.

Nessa época, o mais infame satanista foi um grande herói da França, o barão Gilles de Rais. Nascido em 1404, ele havia sido companheiro de Joana D’Arc nas campanhas militares de expulsão dos ingleses, mas enlouqueceu depois da morte da mártir. Passou a andar na companhia de um italiano de má fama, conhecido apenas como Prelati, com quem se iniciou nas chamadas, na época, "artes negras", como quiromancia e previsões astrológicas. Pouco tempo depois, diversas crianças, filhas de camponeses, começaram a desaparecer na região. Descobriu-se que eram capturadas por capangas do barão e mortas com requintes de crueldade em rituais para o diabo. De Rais acabou enforcado e queimado em 1440.

Reação católica

A Igreja não tardou a lançar um contra-ataque contra os seguidores do coisa-ruim. No fim do século 15, apareceram os manuais da Inquisição, como De Pythonicis Mulieribus, de 1489, e Malleus Maleficarum ("O martelo das feiticeiras"), de 1486. Eles explicavam os ritos de feitiçaria e o pacto com o diabo, além de oferecer instruções de como atacar Satanás. Em 1580, num opúsculo sobre feitiçaria, De la Démonomanie des Sorciers, o jurista francês Jean Bodin detalhou o sabá negro, assembleia noturna reunindo feiticeiros e feiticeiras, no qual ocorrem ritos em homenagem ao demo. Além dos seguidores do capeta, os alvos eram os íncubos e súcubos, como eram conhecidos os diabretes que supostamente mantinham relações sexuais com seres humanos, e as pessoas que sofriam de possessão demoníaca.

Casos em que o capeta ocupava o corpo do fiel eram considerados comuns e ocorriam nos lugares mais insuspeitos. Foi o que aconteceu no convento de Loudun, no século 17. As freiras tomadas apareciam ao público gritando palavras sacrílegas, principalmente contra a Virgem Maria. As sessões de exorcismo reuniram, no exterior do convento, mais de 2 mil pessoas, que podiam apenas ouvir os gritos e gemidos das freiras possuídas dentro do recinto monástico. Um abade que presenciou os exorcismos narrou em carta que um dos demônios possessores, chamado Asmodeus, se contorceu tanto dentro do corpo de uma pobre freira, durante uma das sessões, que "o seu rosto inchou três vezes o tamanho normal".

As ações do capeta e de seus asseclas só sossegaram a partir do século 18, com o Iluminismo. "Foi quando todas as crenças perderam força", diz Maria Cristina Longinotti, estudiosa de religiosidade popular na Universidade de Córdoba, na Argentina. O cientista que mais contribuiu para desmistificar o diabo foi Sigmund Freud (1856-1938), o pai da psicanálise. Ele escreveu um estudo sobre o tema, Uma Neurose da Possessão Demoníaca no Século 17, no qual analisava o caso do pintor Christoph Haitzmann, que supostamente fizera um pacto com o demo. "Aquilo que, nas eras passadas, pensava-se ser espíritos demoníacos, hoje sabemos ser impulsos negativos que foram rejeitados e reprimidos", afirmou o doutor Sigmund Freud.

O tinhoso é pop

Apesar dessas explicações todas, que limitaram a crença em Satanás como um ser real, foi no século 20 que ele alcançou a maior popularidade em sua controversa carreira. Por exemplo: em 1966, na Califórnia, Anton Szandor LaVey fundou a Igreja de Satã. Em 1969, escreveu a Bíblia Satânica, que se transformou em best seller alternativo entre alunos universitários americanos. Hoje a celebridade mais famosa, entre os seguidores da Igreja, é o cantor de rock Marilyn Manson. No passado, o ator Sammy Davis Jr., membro da inseparável turma de Frank Sinatra, era bastante chegado a Michael Aquino, especialista em guerra psicológica do Exército americano e fundador do Templo de Set, dissidência light da Igreja de Satã.

De acordo com uma biografia publicada recentemente, o cantor e compositor John Lennon teria feito um pacto com o diabo em 1960, para que os Beatles obtivessem "mais fama do que Elvis", nas palavras do roqueiro. Anos depois, o cineasta britânico Kenneth Anger seduziu os Rolling Stones. Mick Jagger e Keith Richards chegaram a compor uma música para um de seus filmes, Lucifer Rising ("Ascensão de Lúcifer"). A canção se chamou Invocation to my Demon Brother ("Invocação ao meu Demônio Irmão"). Uma visita da banda ao Brasil inspirou a outra faixa satânica, bem mais famosa, em que o demo se apresenta em primeira pessoa: Sympathy for the Devil.

Entre cidadãos médios, o assunto também está presente em pleno século 21, sobretudo nos Estados Unidos. A TV local tem dado amplo espaço ao tema, do programa jornalístico 60 Minutes até a apresentadora Oprah Winfrey. E os adeptos de formas de satanismo no país são mais de 10 milhões. "O problema do diabo é, em última análise, o problema do mal", diz a autora Elaine Pagels, que escreveu o livro As Origens de Satanás depois de perder o marido num acidente de montanhismo, em 1988. "Esse problema está sempre conosco", diz ela. O diabo é uma de suas caras. Assustadora, sinistra, incômoda, mas que não quer nos abandonar.


Faces malignas
As diferentes imagens do diabo nas mais diversas civilizações

Trolls

De acordo com a mitologia escandinava, podem ser gigantes ou anões, mas são sempre figuras demoníacas, dotadas de poderes mágicos que ficam mais fortes durante as horas de escuridão.

Satã ou Satanás

Na versão mais famosa, citada na Bíblia, era um destacado anjo na corte celeste de Deus até se rebelar. Derrotado, refugiou-se com seus seguidores e hoje segue confrontando o Criador.

Lidith

Demônio feminino recorrente em diversas crenças e culturas. Já foi imaginada como um fantasma sugador de sangue. Em alguns relatos, teria sido a primeira mulher de Adão, depois substituída por Eva.

Gog e Magog

Demônios de feições caninas das religiões semitas são citados no Antigo Testamento. Segundo uma crença muito popular entre os muçulmanos, eles foram aprisionados pelo profeta Abraão e, depois, por Alexandre, o Grande.

Belial

Príncipe das trevas segundo o Alcorão, pode ser chamado de Beliel ou Baal. Também é citado na Bíblia: pessoas más são chamadas pelo profeta Samuel de "homens de Belial".

Asuras

Seres diabólicos do hinduísmo e do budismo. Foram expulsos do céu por anjos (devas) quando se rebelaram contra ordens divinas. São o equivalente aos "anjos caídos" da tradição semita.

Harit

Demônio feminino, tinha muitos filhos, que alimentava com os corpos de outras crianças. Por interferência de Buda, mudou de lado e passou a proteger todos os pequenos.

Ahri Man

O princípio do mal segundo o mazdeísmo, religião da antiga Pérsia. De acordo com essa crença, no princípio de tudo existiam dois espíritos opostos. Ahura Mazda reunia o bem e a luz e Ahriman, o mal e a escuridão.

Mefisto'Jeles

O nome do diabo na literatura da necromancia do fim da Idade Média. Deriva do hebraico mephir, "destruidor", e tophel, "mentiroso". É o demônio com quem Fausto, o personagem de Goethe, faz um pacto.

Kaukas

Crença popular lituana e finlandesa. Duende muitas vezes travesso, mas em outras ocasiões maligno. Incita os homens à cobiça e os induz a cometer assassinatos.

Zoológico infernal
Os principais disfarces animais do coisa-ruim

Dragão

Para autores dos primórdios do cristianismo, era uma espécie de serpente que vivia submersa em água pútrida. Outra referência eram os monstros marinhos fenícios, como Behemoth e Leviatã.

Serpente

A ligação surgiu no famoso episódio da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, narrado no livro do Gênesis. Sob a forma do réptil, o diabo engana Eva e faz com que ela coma o fruto proibido.

Cabra

Eleita o animal-símbolo do diabo na Idade Média. A identificação é mais antiga: vem da Antiguidade e, no século 5, o pensador cristão Cesário de Arles (470-543) dizia que a aparência caprina lembrava a de muitos demônios.

Gato preto

A relação com Satã começou na Europa, no século 11, por causa de relatos insistentes de aparições de gatos pretos malignos em locais povoados por bruxas.