quinta-feira, 21 de abril de 2011

Choque elétrico


Curiosidades sobre o Choque Elétrico

O choque elétrico é causado por uma corrente elétrica que passa através do corpo humano ou de um animal qualquer. O pior choque é aquele que se origina quando uma corrente elétrica entra pela mão da pessoa e sai pela outra. Nesse caso, atravessando o tórax, ela tem grande chance de afetar o coração e a respiração. Se fizerem parte do circuito elétrico o dedo polegar e o dedo indicador de uma mão, ou uma mão e um pé, o risco é menor.

O valor mínimo de corrente que uma pessoa pode perceber é 1 mA. Com uma corrente de 10 mA, a pessoa perde o controle dos músculos, sendo difícil abrir as mãos para se livrar do contato. O valor mortal está compreendido entre 10 mA e 3 A.

Normalmente, a resistência elétrica de nossa pele é grande e limita o estabelecimento de uma corrente elétrica caso a tensão aplicada não seja muito grande. Com a pele seca, por exemplo, não tomamos nenhum choque se submetidos à tensão de 12 V, mas se a pele estiver úmida a resistência elétrica cai muito e podemos levar um choque considerável.

Uma forma de se evitar os choques elétricos é fazer a ligação dos aparelhos à terra.

Vida eterna


A ciência acaba de decifrar um mecanismo de ressuscitação que é um marco científico extraordinário. O autor deste achado é o biólogo franco-croata Miroslav Radman, de 62 anos, que conseguiu descobrir o processo de ressurreição de uma bactéria, Deinococcus, que mesmo depois de morta é capaz de voltar à vida em poucas horas.

Essa assombrosa capacidade permite lhe resistir em condições extremas e até sobreviver a um nível de radiação mortal para 5000 homens. Depois desse tratamento, que estoura seus cromossomos em centenas de fragmentos, a bactéria é capaz de reparar seu código genético para voltar à vida.

O achado abre perspectivas tão interessantes para a ciência que a revista Nature dedicou um grande espaço à descoberta de Radman e sua equipe de quatro cientistas da Unidade 571 do Instituto Nacional da Saúde e de Investigação Médica, da França.

Esse interesse é explicado pelas possibilidades que abre à medicina regenerativa. Para o cientista este é o primeiro passo no terreno da reconstituição neuronal e cardíaca. E a partir daí tudo seria possível, até a vida eterna.

Situações estranhas estimulm o cérebro


Situações estranhas estimulam o cérebro

Além de oscilações entre momentos ruins e surpresas agradáveis, oportunidades e ofensas, a vida também apresenta contradições

A nota de três dólares; a freira com barba; o verso, retirado do poema de Lewis Carroll, que "roldavam e relviam nos gramilvos".

Resumindo, uma experiência que viola toda lógica e expectativa. O filósofo Soren Kierkegaard escreveu que tais anormalidades produziam uma profunda "sensação de estranheza", e ele não foi o único a levar essas anormalidades a sério. Freud, em um ensaio chamado "O Estranho", demonstrou a sensação do medo de morte, de castração ou de "algo que deveria ter ficado escondido, mas que veio à tona"

Na melhor das hipóteses, o sentimento é confuso. Na pior, é assustador.

Um estudo atual sugere que, contraditoriamente, esta mesma sensação pode levar o cérebro a perceber padrões não perceptíveis em outra ocasião --nas equações matemáticas, na linguagem, no mundo de forma geral.

"Queremos tanto nos livrar daquele sentimento que procuramos por significado e coerência em todo lugar", disse Travis Proulx, aluno de pós-doutorado da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, e principal autor do artigo, publicado na atual edição do periódico Psychological Science. "Conduzimos o sentimento para outro projeto, e isso parece melhorar alguns tipos de aprendizado".

Há muito tempo, os pesquisadores sabem que as pessoas se prendem ainda mais a suas crenças pessoais quando o sentimento está ameaçado. Ao lembrarem que a morte é inevitável, tornam-se mais patrióticas, mais religiosas e menos tolerantes a estranhos, segundo as pesquisas. Quando ofendidas, manifestam mais lealdade a amigos - e quando ficam sabendo que não se deram bem em um teste de perguntas e respostas, identificam-se mais com os times vencedores do colégio.

Em uma série de novos artigos, Proulx e Steven J. Heine, professor de psicologia na Universidade da Columbia Britânica, argumentam que essas descobertas são variações do mesmo processo: manter o significado, ou a coerência. O cérebro desenvolveu-se para fazer previsões, e isso ocorre ao identificar padrões.

Quando esses padrões se rompem - a exemplo de quando um mochileiro se depara com uma cadeira no interior da floresta, como se tivesse caído do céu - o cérebro procura algo, qualquer coisa que faça sentido. Pode recorrer a um ritual familiar, como checar um equipamento. Porém, segundo os pesquisadores, isso também pode voltar a sua atenção para o meio externo, e notar um padrão de rastros de animais que estava oculto. O desejo de encontrar um padrão coerente torna mais provável que o cérebro descobrirá um.

"Mais pesquisas precisam ser desenvolvidas sobre essa teoria, "disse Michael Inzlicht, professor assistente de psicologia da Universidade de Toronto, porque deve ser o nervosismo, e não uma busca por significado, que leva a um estado de alerta. Ele acrescentou que a nova teoria foi "plausível, e certamente afirma meu próprio sistema de significado; acho que eles estão chegando lá". No artigo mais recente, publicado no mês passado, Proulx e Heine relataram que 20 alunos da faculdade leram um conto sem sentido, baseado no livro "Um Médico Rural", de Franz Kafka. O médico do título teve que fazer uma consulta domiciliar em um garoto com uma terrível dor de dente. Ele faz a viagem e descobre que o garoto não tem dentes. Os cavalos da sua carroça começam a se comportar mal; a família do garoto fica irritada; então, o médio descobre que o garoto tem dentes. E assim por diante. A história é rápida, vívida e sem o sentido- Kafkaesco.

Após a história, os alunos estudaram uma série de 45 sequências de seis a nove letras, como "X, M, X, R, T, V." Depois, fizeram uma prova sobre a sequência das letras, escolhendo, em uma lista de 60 sequências, aquelas que achavam ter visto antes. De fato, as letras estavam relacionadas, sutilmente, com algumas aparecendo mais frequentemente antes ou depois de outras.

O teste é uma medida padrão que os pesquisadores chamam de aprendizagem implícita: conhecimento obtido sem consciência. Os alunos não faziam idéia de quais padrões o cérebro deles estava percebendo ou quão bem eles estavam indo no teste.

Todavia, eles se saíram muito bem. Eles escolheram cerca de 30 % mais sequências e acertaram o dobro das suas escolhas, comparado a um grupo comparativo de 20 estudantes que havia lido um conto diferente, e coerente.

"O fato do grupo que leu o conto sem sentido ter intuído mais sequências de letras sugere que eles estavam mais motivados a procurar os padrões do que os outros alunos", disse Heine. "E, acreditamos que, o fato de terem se saído melhor nos testes significa que eles estão formando novos padrões, os quais que não seriam capazes de formar em outra situação."

Estudos de imagem cerebral para avaliar anormalidades, ou problemas preocupantes, mostram que a atividade em uma área do cérebro, chamada córtex cingulado anterior, aumenta significantemente. Quanto mais ativação é registrada, maior a motivação ou habilidade de buscar e corrigir erros do mundo real, sugere um estudo recente. "A idéia de que somos capazes de aumentar aquela motivação," disse Inzlicht, co-autor, "vale muito a pena investigar."

Os pesquisadores que estão familiarizados com o novo trabalho dizem que é cedo para incorporar trechos de filmes de David Lynch, por exemplo, ou composições de John Cage na grade curricular. Primeiramente, porque ninguém sabe se a exposição a estranheza pode ajudar as pessoas ao aprendizado explícito, como memorizar o francês. Além do mais, estudos descobriram que as pessoas, na busca pelo misterioso, tendem a ver padrões onde não existem - tornando-se mais propensas a teorias de conspiração, por exemplo. Parece que o desejo pela ordem satisfaz a si mesma, sem levar em conta a qualidade da evidencia.

Mesmo assim, a nova pesquisa apóia o que muitos artistas experimentais, viajantes habituais e outros em busca de novidade sempre insistiram: pelo menos algumas vezes, a estranheza leva a um pensamento criativo.

Consciência pós-morte

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Consciência Pós Morte na Ciência

Segundo Carlos Antonio Fragoso Guimarães a Psicologia Transpessoal é a corrente mais avançada em Psicologia que acredita na consciência pós a morte. Segundo Carolina Ioca a Psicologia Transpessoal é um instrumento de pesquisa da natureza essencial do ser. Para ela a energia nunca morre, mas sempre se transforma. A energia seria igual a consciência que seria igual ao infinito.

Aporte a Psicologia, na medicina, uma pesquisa de quase morte feita em dez hospitais da Holanda, pelo dr. Sam Parnia e o dr. Peter Fenwick observou mil e quinhentas pessoas em seu leito de morte. Destas, noventa por cento sofreram ataques cardíacos e dez por cento, foram vítimas de acidentes.

Foram constatadas mortas pois o coração, a respiração e os impulsos cerebrais haviam parado.

Dez por cento destes pacientes, que puderam ser ressuscitados, tiveram certas experiências no tempo em que estavam mortos.

Como exemplo relataram que podiam ver e ouvir o que estava acontecendo na sala onde estavam. Já que haviam sido considerados mortos, como isso pode acontecer? Alguns pacientes reconheceram pessoas que ajudaram na sua ressurreição. Outros se lembram das conversas entre os médicos. Eles enxergavam o que os médicos faziam para trazê-los de volta à vida.

Estas pesquisas são muito curiosas. Como explicar que pessoas devidamente mortas possam ter vivenciado as situações reais que ocorriam no hospital.

Nesta mesma pesquisa alguns pacientes experimentavam inclusive ver e ouvir coisas em outros lugares do hospital. Um deles, relatou que foi até o recinto ao lado e conversou com uma mulher que também estava clinicamente morta.

Um relato impressionante foi que enquanto do lado de dentro os médicos trabalhavam pra ressuscitar um homem, este mesmo homem jura que foi passear, viu um conhecido no parque, o que foi confirmado depois pelo próprio.

Neste mesmo passeio o paciente testemunhou um atropelamento na rua. O atropelado e o paciente chegaram até a conversar. O atropelado sumiu em uma luz, o paciente sentiu uma forte atração para voltar para o hospital.

Os pesquisadores checaram a história na delegacia. O atropelamento aconteceu exatamente como ele falou. Incrível!

A pesquisa foi tão motivadora que os médicos formaram uma fundação para estudos sobre vida pós morte, vista a necessidade de continuar pesquisas em escala maior.

Ovos e cegueira


Comer ovos previne a cegueira

Ingerir um ovo ao dia provoca um efeito positivo no organismo, elevando ao dobro os níveis de um tipo especial de antioxidante que ajuda a proteger a retina do olho.

Apesar de ser uma das fontes mais baratas de vitaminas, proteinas e minerais, permaneceu toda a decada baixo um manto de duvidas e suspeitas.

Supostamente teria que ser evitado por causa do aumento do colesterol. Porém recentes estudos tem se encarregado de derrubar estes mitos. Agora chegou-se à conclusão de que o consumo moderado de ovos ajuda a prevenir o deterioro ocular depois dos 40 anos.

Contra a corrente
Depois de passar anos dedicado à investigação cientifica, o doutor Ronald McNamara deu uma virada radical na sua vida ao assumir como diretor do Centro Nacional de Nutrição do Ovo, onde tem se encarregado de atacar os mitos a respeito do alimento.

Um dos maiores triunfos foi obtido este ano, quando uma equipe de experts da escola de medicina de Hardvad concluiu que comer um ovo ao dia não aumenta o risco de sofrer enfarto ou doenças cardíacas. O estudo foi feito em mais de 100.000 pessoas durante 5 anos.

"comer ovos especialmente a gema de forma moderada é uma boa medida para prevenir problemas na retina, porém esta não é a única receita", diz o especialista e ainda acrescenta que existem alimentos tanto ou mais ricos em carotenoides, com a cenoura, os tomates e em geral todos os vegetais de cor vermelha.

Mais ainda, os países que mostram maiores taxas de consumo de ovos são os que apresentam as menores taxas de morte por doenças cardiovasculares, derrubando assim o mito que nasceu anos atras nos Estados Unidos e que logo percorreu o mundo.

"Se você come frutas, verduras, cereais ou ovos, está recebendo todas as vitaminas, minerais e proteínas que necessita o corpo, além de diminuir o risco de padecer de doenças cardíacas, cegueira e outros males".

Céluas tronco

Células Tronco

As células-tronco, também conhecidas como células-mãe ou células estaminais, são células que possuem a melhor capacidade de se dividir dando origem a células semelhantes às progenitoras.

As células-tronco dos embriões têm ainda a capacidade de se transformar, num processo também conhecido por diferenciação celular, em outros tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue.

Devido a essa característica, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo potencialmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vasculares cerebrais, doenças hematológicas, traumas na medula espinhal e nefropatias.

O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas. São encontradas em células embrionárias e em vários locais do corpo, como no cordão umbilical, na medula óssea, no sangue, no fígado, na placenta e no líquido amniótico. Nesse último local, conforme descoberta de pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Wake Forest, no estado norte-americano da Carolina do Norte, noticiada pela imprensa mundial nos primeiros dias de 2007.

Nos últimos meses, realizaram-se várias experiências que confirmam as possibilidades terapêuticas das células-tronco. Entre os trabalhos mais recentes cabe destacar alguns que reúnem duas características interessantes: não utilizar embriões e extrair células-tronco de tecidos facilmente acessíveis.

Na Inglaterra, houve sucesso no tratamento de uma doença com células-tronco da placenta, segundo o The Daily Telegraph de 18 de setembro. O paciente, uma criança de 3 anos, nasceu com granulomatose crônica, um mal congênito do sangue que provoca doenças graves, como inflamação intestinal e pneumonia, e reduz a esperança de vida para 20 anos. A solução óbvia era um transplante de medula óssea, mas Tom, primeiro filho de seus pais, não tinha doadores compatíveis (deveria ser um irmão). Como a mãe é portadora do mesmo distúrbio, havia o risco de que os filhos seguintes apresentassem o mesmo problema. Mas com Hannah foi diferente: ela nasceu em novembro do ano passado e era sadia, além de geneticamente compatível. Mas ela não poderia doar a medula para o irmão até que se passassem alguns anos.

Os médicos do Hospital Geral Tyne, de Newcastle, tiveram outra idéia. Quando Hannah nasceu, eles extraíram células-tronco da placenta que, implantadas no organismo de Tom, se diferenciaram e começaram a substituir as células defeituosas. O médico Andrew Cant, diretor da unidade que cuidou do menino, afirma: “É maravilhoso ver como o garoto se recupera e suas bochechas vão ficando coradas. Este tratamento salvou sua vida.”

Houve mais avanços também no campo experimental. No último congresso da Sociedade Européia de Cardiologia (em setembro, em Estocolmo), foram apresentados trabalhos que provam a possibilidade de regenerar o tecido cardíaco a partir de células-tronco tiradas da medula óssea. A limitação destas experiências, até agora, é que foram realizadas apenas em ratos. Assim, será preciso esperar até que se consiga o mesmo com células humanas. De qualquer forma, é um resultado promissor, pois as células-tronco usadas, uma vez conseguidas em laboratório, foram injetadas nos animais e se deslocaram para a parte lesionada do coração, favorecendo a reconstrução do órgão.

Não menos interessante é uma experiência levada a cabo também em ratos por uma equipe da Universidade McGill de Montreal (Canadá), que conseguiu células de diversos tecidos (venoso, muscular, adiposo) a partir de células-tronco da pele, muito fáceis de conseguir. Publicado na Nature Cell Biology de setembro, este trabalho abre novas possibilidades de aplicação clínica. Com efeito, se os mesmos resultados forem observados em humanos, haveria uma fonte muito acessível de células para regenerar tecidos e, como as células seriam do mesmo paciente, não haveria os problemas de rejeição tão comuns em transplantes.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

NARCOTRÁFICO

O traficante

É o tipo mais perigoso que existe, entre os indivíduos ligados às drogas. Através de sua atuação, o vício difunde-se, deteriorando o organismo e despersonalizando a pessoa.
Tanto o plantio, como a importação, exportação e comércio das substâncias tóxicas, nada mais são facetas do tráfico de entorpecentes.
O ponto básico de toda a degradação moral e social dos toxicômanos, nada mais é do que o próprio traficante.
Enriquecem à custa das vicissitudes alheias, exploram a miséria e vivem sobre a degradação moral daqueles que imploram a manutenção do vício. Vão ao ponto de não permitir uma recuperação de quem quer que seja, indo da perseguição até às últimas consequências.
Seu campo de ação vai desde os portões de colégios, às praças públicas, portas de prisões, etc., sempre à espreita de uma nova vítima.
O traficante é um indivíduo frio, calculista, inteligente, ardiloso e insinuante, capaz de perceber o ambiente propício para sua investida e a predisposição psíquica de sua nova vítima.
Chega, às vezes, introduzir a droga sem fazer referência a ela, simplesmente ministrando-a como tratamento para um mal-estar da vítima, provocando, de conformidade com a natureza do entorpecente, o inicío de uma dependência física e/ou psíquica.
Encontrar um traficante, é uma tarefa árdua. Conseguem um perfeito sistema de proteção, com um serviço de informação, que faz inveja a própria polícia, na maioria das vezes com a participação de menores.
O traficante dificilmente entregará a "muamba" diretamente ao dependente. Sempre age indiretamente, daí a dificuldade do flagrante e da prisão.
Geralmente o traficante deixa a droga em local pré-estabelecido, que tanto pode ser uma carrocinha de sorvete, refrigerante, ou doce, como pode ser uma reentrância em um muro de edifício, ou simplesmente um ponto determinado nas areias de uma praia.
Exterminado o traficante, estaremos nos aproximando do ponto final de uma longa e irreparável escala de tóxicos.

O Dependente- Traficante

O traficante dependente age como elemento induzidor e desinibidor perante os novatos. Uma vez efetuada a demonstração do uso (quer fumando, quer ingerindo ), exercita a sua atividade de traficar, vendendo o tóxico aos precipiantes.
Não é comum um traficante descer a dependente, ou seja, passar do comércio ao simples uso, pois a dependência, para os negociantes, é uma fraqueza suscetível de exploração.
É evidente que se um traficante dependente é preso, seu comportamento é totalmente diferente do de um dependente, pois além da atividade de fornecimento, precisa suprir-se também da droga.
Entre os traficantes, de um modo geral, incluindo o traficante dependente, existe como que um código de honra, onde fica proibida, sob pena de execução sumária, a revelação dos outros traficantes.

As Drogas e o Crime

As drogas estão ligadas ao crime em pelo menos quatro maneiras:

1. A posse não-autorizada e o tráfico de drogas são considerados crimes em quase todos os países do mundo. Só nos Estados Unidos, a polícia prende por ano cerca de um milhão de pessoas por envolvimento com drogas. Em alguns países, o sistema judicial está tão lotado de processos criminais ligados às drogas que a polícia e os tribunais simplesmente não conseguem dar vazão.
2. Visto que as drogas são muito caras, muitos usuários recorrem ao crime para financiar o vício. O viciado em cocaína, por exemplo, talvez precise de uns mil dólares semanais para sustentar o vício. Não é para menos que os arrombamentos, os assaltos e a prostituição floresçam quando as drogas fincam raízes numa comunidade.
3. Outros crimes são cometidos para facilitar o narcotráfico, um dos mais lucrativos negócios do mundo. O comércio ilícito das drogas e o crime organizado são mais ou menos interdependentes. Para garantir o fluxo fácil das drogas, os traficantes tentam corromper ou intimidar as autoridades. Alguns têm até mesmo um exército particular. Os enormes lucros dos barões da droga também criam problemas. Sua fabulosa receita poderia facilmente incriminá-los se esse dinheiro não fosse "lavado". Assim, bancos e advogados são usados para despistar a movimentação do dinheiro das drogas.
4. Os efeitos da própria droga podem levar a atividades criminosas. Familiares talvez sofram abusos por parte de usuários de drogas crônicos. Em alguns países africanos afligidos pela guerra civil, crimes horríveis têm sido cometidos por soldados adolescentes drogados.

Como e por onde a cocaína entra no Brasil?*

Uma das mais escancaradas portas de entrada de cocaína no Brasil é o município de Tabatinga (AM), fronteira terrestre com a cidade colombiana de Leticia, onde há um radar instalado, mantido e protegido por fuzileiros navais norte-americanos. Tabatinga fica numa das margens do rio Solimões. Na outra, está o Peru. Essa área é chamada de Alto Solimões.
Do Pará, no norte do país, ao Paraná, no sul, uma extensa faixa fronteiriça brasileira é território livre para o ingresso de abundantes carregamentos de droga.
A tendência é, quanto mais acima (Pará, Roraima, Amazonas, Acre, Rondônia) entra a cocaína, maior a chance de o seu destino ser o exterior. Se a porta for Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná, haverá mais possibilidades de a escala final ser o mercado nacional. Isso é tendência, não a regra.
Relatório da Divisão de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal com o balanço de 1999 relaciona os veículos nos quais as drogas (fundamentalmente cocaína) provenientes do exterior foram apreendidas pelas autoridades brasileiras: aviões (70%), caminhões (15%), carros (10%) e ônibus (5%). Há transporte fluvial, pelos rios amazônicos, e marítimo, mas a polícia evita flagrar os traficantes na embarcação - deixa a droga seguir, para conhecer as conexões. Aí, então, intervém.
Uma das facilidades com que os traficantes brasileiros contam é a abundância de pistas de aviões cuja existência é omitida às autoridades aeronáuticas. No Pará, herança dos garimpos de ouro, há 3 mil anos. No estado de São Paulo, levantamento da Secretaria de Segurança contabilizou 366 "aeroportos clandestinos" em 166 cidades.
O espaço para pouso e decolagem de aeronaves carregadas de drogas, a rigor, não é necessário. As de pequeno e médio porte sobrevoam fazendas a baixa altitude e jogam os pacotes. É o padrão no interior de São Paulo.

Como e por onde a cocaína sai do Brasil?*

A cocaína segue para o exterior por via marítima e aérea. Os principais portos de saída são os de Santos e do Rio. Quantidade volumosa é embarcada, em alto-mar, em barcos que partem da região Norte, principalmente de Belém.
A mercadoria é levada às embarcações em aviões, que a jogam no oceano, de onde é recolhida. O Deprtamento de Estado dos EUA aponta os aeroportos de Guarulhos (SP), Antônio Carlos Jobim Galeão (RJ) e Porto Alegre (RS) como os mais usados para a saída de cocaína.
Nas operações robustas, a cocaína é acondicionada em contêineres, como fumo, frangos, soja, arroz, eletrônicos - tudo o que servir ao disfarce elaborado pelos traficantes.
O tráfico com "mulas", pessoas que levam consigo a mercadoria, responde pela saída de menos droga, mas envolve muita gente. A sofisticação dos truques é tamanha que roupassão engomadas com cocaína, que depois sai na lavagem. Método semelhante é usado com cabelo, pintado com loção impregnada com a droga.
O repertório é vasto. Usam-se latas, pranchas de surfe, pacotes amarrados no corpo. Até um padre com 11,5 quilos de pó sob a batina já foi flagrado. No Brasil, agem "mulas" de dezenas de nacionalidades.
Uma das variantes desse tipo de trabalho implica arriscar a vida, para receber de US$ 3 mil a US$ 5 mil por viagem: a droga viaja dentro de cápsulas ingeridas pelo passageiro. Se uma cápsula se rompe, o transportador pode morrer.
* "Texto extraído do livro Folha Explica O Narcotráfico, de autoria de Mário Magalhães. Publifolha ( www.publifolha.com.br ), 2000."

Quem é quem no tráfico

- Soldado: é o traficante que anda armado dentro da favela e protege as bocas-de-fumo. Ele mora no morro
- Boca-de-fumo: é o local dentro do morro ou da favela onde os traficantes passam a droga para os distribuidores
- Vapor: é o morador do morro que vende a droga na boca-de-fumo. Ele também faz entregas na estica
- Estica: é um posto avançado das bocas-de-fumo da favela no asfalto. Os moradores das redondezas ficam na estica e revendem a droga vinda do morro
- Formiguinha: é o microtraficante que compra pequenas quantidades e revende aos amigos nos bares, academias e escolas. Com o pequeno lucro, custeia o próprio vício
- Disque-drogas: o serviço é bancado pelo traficante autônomo, que compra nos morros boas quantidades, com maior grau de pureza. Ele entrega o produto por meio de motoboys e entregadores de pizza
- Quiosques: além de água-de-coco e refrigerantes, vendem entorpecentes e servem de ponto de contato entre os consumidores e os formiguinhas
- Fume-táxi: motoristas de táxi de fachada utilizam os carros para entregar drogas em pontos chiques da cidade

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Atitude, preconceito e estereótipo

Para compreender o que é o preconceito, convém entender primeiro o conceito de atitude baseado nos estudos da Psicologia Social.

ATITUDE é um sistema relativamente estável de organização de experiências e comportamentos relacionados com um objeto ou evento particular.

Para cada atitude há um conceito racional e cognitivo - crenças e idéias, valores afetivos associados de sentimentos e emoções que por sua vez levam a uma série de tendências comportamentais – predisposições.

Portanto, toda atitude é composta por três componentes: um cognitivo, um afetivo e um comportamental:

a cognição – o termo atitude é sempre empregado com referência à um objeto. Toma-se uma atitude em relação à que? Este objeto pode ser uma abstração, uma pessoa, um grupo ou uma instituição social.
o afeto – é um valor que pode gerar sentimentos positivos, que por sua vez gera uma atitude positiva; ou gerar sentimentos negativos que pode gerar atitudes negativas.
o comportamento –a predisposição : sentimentos negativos levam a aproximação e negativos ao esquivamento ou escape.
Desta forma, entende-se o PRECONCEITO como uma atitude negativa que um indivíduo está predisposto a sentir, pensar, e conduzir-se em relação a determinado grupo de uma forma negativa previsível.

CARACTERÍSTICAS DO PRECONCEITO:

É um fenômeno histórico e difuso;
A sua intensidade leva a uma justificativa e legitimização de seus atos;
Há grande sentimento de impotência ao se tentar mudar alguém com forte preconceito.
Vemos nos outros e raramente em nós mesmos.
EU SOU EXCÊNTRICO, VOCÊ É LOUCO!

Eu sou brilhante; você é tagarela; ele é bêbado.
Eu sou bonito; você tem boas feições; ela não tem boa aparência.
Eu sou exigente; você é nervoso; ele é uma velha.
Eu reconsiderei; você mudou de opinião; ele voltou atrás na palavra dada.
Eu tenho em volta de mim algo de sutil, misterioso, de fragrância do oriente; você exagerou no perfume e ele cheira mal.

CAUSAS DO PRECONCEITO:

Assim como as atitudes em geral, o preconceito tem três componentes: crenças; sentimentos e tendências comportamentais. Crenças preconceituosas são sempre estereótipos negativos.

Segundo Allport(1954) o preconceito é o resultado das frustrações das pessoas, que em determinadas circunstâncias podem se transformar em raiva e hostilidade. As pessoas que se sentem exploradas e oprimidas freqüentemente não podem manifestar sua raiva contra um alvo identificável ou adequado; assim, deslocam sua hostilidade para aqueles que estão ainda mais “baixo”na escala social. O resultado é o preconceito e a discriminação.

Já, para Adorno(1950) a fonte do preconceito é uma personalidade autoritária ou intolerante. Pessoas autoritárias tendem a ser rigidamente convencionais. Partidárias do seguimento às normas e do respeito à tradição, elas são hostis com aqueles que desafiam as regras sociais. Respeitam a autoridade e submetem-se a ela, bem como se preocupam com o poder da resistência. Ao olhar para o mundo através de uma lente de categorias rígidas, elas não acreditam na natureza humana, temendo e rejeitando todos os grupos sociais aos quais não pertencem, assim, como suspeitam deles. O preconceito é uma manifestação de sua desconfiança e suspeita.

Há também fontes cognitivas de preconceito. Os seres humanos são “avarentos cognitivos” que tentam simplificar e organizar seu pensamento social o máximo possível. A simplificação exagerada leva a pensamentos equivocados, estereotipados, preconceito e discriminação.

Além disso, o preconceito e a discriminação podem ter suas origens nas tentativas que as pessoas fazem para se conformar(conformidade social). Se nos relacionamos com pessoas que expressam preconceitos, é mais provável que as aceitemos do eu resistamos a elas. As pressões para a conformidade social ajudam a explicar porque as crianças absorvem de maneira rápida os preconceitos e seus pais e colegas muito antes de formar suas próprias crenças e opiniões com base na experiência. A pressão dos colegas muitas vezes torna “legal” ou aceitável a expressão de determinadas visões tendenciosas – em vez de mostrar tolerância aos membros de outros grupos sociais.

REDUÇÃO DO PRECONCEITO:

A convivência, através de uma atitude comunitária é , talvez a forma mais adequada de se reduzir o preconceito.

COMO FUNCIONA O ESTEREÓTIPO:

É um conjunto de características presumidamente partilhadas por todos os membros de uma categoria social. É um esquema simplista mas mantido de maneira muito intensa e que não se baseia necessariamente em muita experiência direta. Pode envolver praticamente qualquer aspecto distintivo de uma pessoa – idade, raça, sexo, profissão, local de residência ou grupo ao qual é associada.

Quando nossa primeira impressão sobre uma pessoa é orientada por um estereótipo, tendemos a deduzir coisas sobre a pessoa de maneira seletiva ou imprecisa, perpetuando, assim, nosso estereótipo inicial.

RACISMO:

É a crença na inferioridade nata dos membros de determinados grupos étnicos e raciais. Os racistas acreditam que a inteligência, a engenhosidade, a moralidade e outros traços valorizados são determinados biologicamente e, portanto, não podem ser mudados. O racismo leva ao pensamento ou/ou:ou você é um de nós ou é um deles