domingo, 18 de dezembro de 2011

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Papel moeda no Brasil


 

Guerras médicas

 
O conflito entre gregos e persas.
No decorrer da formação de seu amplo império, os persas tiveram sob o seu domínio um grande conjunto de territórios politicamente e economicamente subjugados aos seus interesses. O antigo Império Persa detinha territórios que envolviam regiões que iam desde a Península Balcânica até o atual Afeganistão. Foi nesse momento que algumas cidades gregas dominadas pela hegemonia persa resolveram mobilizar-se contra a grande potência oriental.

Os jônios (povos gregos do litoral da Ásia Menor), contando com o apoio militar das cidades-Estado da Eritréia e de Atenas, realizaram um ataque, por volta de 497 a.C., que culminou na destruição da cidade persa de Sárdis. Na época, o rei persa Dario I iniciou uma batalha contra a civilização grega espalhada ao longo da Península Balcânica a partir da repressão contra os jônios na Batalha de Lade, em 494 a.C..

Tempos depois, os exércitos persas se encarregaram de controlar a Trácia e a Macedônia para posteriormente cruzar o mar Egeu em busca da total dominação do mundo grego. Em sua primeira investida, os persas almejaram liquidar Atenas e Eritréia. Após subjugarem a Eritréia, os exércitos de Dario I partiram rumo à Atenas. Mesmo contando com um exército avantajado, os persas foram derrotados pelos atenienses que se valeram do conhecimento geográfico que tinham da planície de Maratona, local onde foram deflagrados os conflitos.

Precavendo-se de uma futura revanche, o político e general ateniense Temístocles buscou o reforço das defesas marítimas da região com a construção de 180 tirremes. Tempos depois, com a ascensão de Xerxes, o império persa preparou um estrondoso exército de mais de 200 mil homens. Em sua primeira investida o exército persa enfrentou 6 mil homens comandados pelo rei espartano Leônidas. Antevendo a resistência na Batalha de Termópilas, o exército persa contou com a traição de um morador local que indicou outra entrada pela trilha de Amôpaia.

Essa trilha podia garantir uma vitória dos persas. Foi nesse momento que o lendário destacamento reunindo Leônidas e seus trezentos melhores soldados dirigiram-se contra os persas. Nesse meio tempo, a população ateniense deslocou-se para a Ilha de Salamina. Depois de vencerem a resistência espartana, os persas encontraram a cidade-Estado de Atenas completamente abandonada. Após incendiar Atenas, os persas foram em busca dos fugitivos atenienses. Contando com as dificuldades para atravessar o canal de Salamina, as ágeis tirremes gregas conseguiram abater as grandes embarcações persas.

Com o fim das batalhas em território europeu, os gregos venceram os persas na Batalha de Micale, reconquistando a costa da Ásia menor e os estreitos entre o mar Egeu e Negro. Mesmo impondo a derrota aos persas, diversas cidades-Estado gregas uniram-se em torno de uma liga político-militar capitaneada por Atenas. Conhecida como Confederação de Delos, essa nova instituição grega formou um fundo bélico e monetário destinado a barrar um futuro contra-ataque persa.

Dispondo dos recursos da Confederação, exércitos gregos foram incumbidos de reconquistar cidades gregas espalhadas pela Ásia Menor. Sob o comando do general grego Címon, os persas foram finalmente derrotados em 468 a.C.. Sem mais poder reagir, os persas acabaram assinando o Tratado de Susa onde se comprometiam a não mais empreenderem ataques contra os gregos.

Com o fim dos conflitos, a Confederação de Delos permaneceu ativa e sob o controle de Atenas. Dispondo de seus recursos, os atenienses tomaram como objetivo a dominação política sob as demais cidades-Estado da confederação. Foi o início do chamado imperialismo ateniense.

 

As armas da Inquisição

Os instrumentos de tortura da Inquisição eram verdadeiros “maquinários de guerra” contra as heresias.
Para reconhecermos uma guerra, nem sempre é preciso estabelecer a definição de duas nações inimigas ou conquista de um território. Ao longo do tempo, podemos ver que as situações de conflito se desenvolveram por razões diversas. Partindo dessa perspectiva é que podemos entender a Inquisição Católica como uma situação de conflito na qual uma instituição religiosa entra em discordância com comportamentos e experiências religiosas que ameaçavam a sua hegemonia entre a Idade Média e a Idade Moderna.

Interessada em vencer esse confronto, a Igreja espalhou uma série de tribunais que investigavam os acusados de cometer os chamados “crimes de fé”. Após a autuação, o suspeito era submetido a uma série de torturas que visavam arrancar a devida confissão do acusado. Em alguns casos, dependendo da gravidade do crime, a morte em público era aplicada como um meio de inibir os demais moradores de uma região, de forma que não cometessem uma falta semelhante.

Uma das primeiras armas impostas contra o acusado era a chamada “cadeira inquisitorial”. Nela, o suspeito era submetido a uma série de perguntas relacionadas ao crime que supostamente cometera. A cadeira era recheada de grossos pregos de metal que laceravam a carne de sua vítima enquanto o questionamento dos clérigos acontecia. Não raro, esse tipo de instrumento já bastava para que muitos confessassem qualquer tipo de falta.

Em algumas situações mais extremas, o chamado “berço de judas” era também utilizado pelos inquisidores. Nesse instrumento, o acusado tinha seus braços amarrados por correntes situadas no teto e seu corpo acoplado a uma cadeira pontiaguda. Na medida em que a corrente era solta, o peso do corpo da vítima fazia com que toda a região anal fosse dilacerada. O desconforto da posição e os ferimentos eram capazes de arrancar até os pecados que não foram cometidos pela vítima.

Até mesmo as acusações e pecados mais leves contavam com um tipo de instrumento de repreensão. O uso de “máscaras da vergonha” e o apresamento do pescoço e dos punhos eram bastante aplicados na punição dos delitos menores. Os viciados em jogo, beberrões e fumantes também eram castigados com um barril com passagem para os membros e a cabeça. Nesse tipo de punição, o condenado era obrigado a vagar pela cidade vestido com o incômodo barril.

Quando a morte era aplicada como punição, podemos ver que os requintes de crueldade eram ainda maiores contra o pecador. Alguns acusados eram presos em gaiolas vazadas com o formato do corpo humano. Preso na estrutura metálica, o condenado era dependurado em uma via pública até morrer e seu corpo se decompor. No “Touro de Falaris” o pecador era inserido em um touro de metal que levava uma fogueira embaixo. Enquanto a temperatura subia, o público ouvia os urros da pessoa aprisionada no touro.

Sem dúvida, ao notar a variedade de recursos que era aplicada na Inquisição, podemos ver que a truculência empregada contra os pecadores era devastadora. Vale lembrar que, naqueles tempos, a ideia dos direitos individuais e a liberdade religiosa estavam longe de serem defendidas. Deste modo, muitos consideravam a ação da Igreja como algo inerente às suas funções religiosas.

A continência militar

 

A origem da continência militar

O uso da continência entre os militares alude aos gestos criados pelos cavaleiros medievais.
Frutos de uma sociedade isolada e tementes às terríveis invasões bárbaras, os cavaleiros eram um dos mais notórios integrantes do mundo feudal. Dedicado ao uso das armas e à proteção de propriedades, o cavaleiro deveria honrar pela sua posição mostrando pronta disposição para participar de uma luta ou defender as terras de seu senhor. Mais do que a bravura e o poder bélico, esse intrigante personagem medieval também se distinguia por uma série de rituais que reafirmavam sua condição.

Segundo alguns historiadores, para assinalar suas origens, os cavaleiros se singularizavam através de símbolos, acessórios e gestos. É nesse momento que podemos sugerir uma resposta sobre a gênese das saudações militares. Na Idade Média, quando passava por membro de mesma condição, o cavaleiro costumava levantar o visor de seu elmo em sinal de respeito e amizade. Ao olhar diretamente para seu próximo, buscava reafirmar a partilha de habilidades e valores com o outro cavaleiro.

Com o passar do tempo, esse gesto foi preservado na medida em que o uso de forças militares foi ganhando maior espaço e importância. Em outros relatos, temos a descrição de outro ritual que também pode ser visto como um precursor da continência militar. Quando se apresentava para o seu superior, o cavaleiro segurava a rédea de seu cavalo com a mão esquerda e levantava a mão direita para demonstrar que estava pronto para participar de um combate.

Muito provavelmente, por conta do desconforto que a armadura do cavaleiro propiciava, esse movimento foi simplificado até se resumir ao gesto de se levar a mão à cabeça. Ao longo da formação das monarquias nacionais, entre os fins da Idade Média e o início da Idade Moderna, essas saudações foram mantidas como meio de indicar a subordinação à hierarquia militar organizada no interior dos exércitos.

Nas fileiras do Exército Britânico, por voltas do século XIX, o soldado poderia executar a continência tocando seu chapéu com a ponta dos dedos ou retirando o mesmo da cabeça. Na década de 1890, em plenas minúcias da Era Vitoriana, o governo da Inglaterra decretou que a continência fosse realizada quando um subordinado estivesse portando algum tipo de boné ou chapéu.

Atualmente, a reverência militar deve ser feita em pé com a movimentação da mão direita até a cabeça. Rompendo as fronteiras da esfera militar, a continência hoje é também utilizada por facções terroristas e grupos paramilitares, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Contudo, podemos ainda falar sobre alguns casos em que se tentou desviar dessa célebre tradição.

Aficionado pelo esplendor militar do antigo Império Romano, Adolf Hitler resolveu trocar a continência clássica pelo “Ave, César” dirigido ao imperador Júlio César. Nessa continência, o subordinado deveria erguer o braço direito em uma inclinação de quarenta e cinco graus. No caso, a saudação sonora foi devidamente substituída pelo “Heil, Hitler”, que também era ruidosamente reproduzida por vários cidadãos alemães durante os comícios do fuhrer.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Cérebro artificial

BESTA, VERY CHIP, ANTICRISTO. . .
O cêrebro do anticristo , 666

Um cérebro humano artificial pode ser construído dentro dos próximos 10 anos, segundo Henry Markram, um proeminente cientista sul-africano.
"Não é impossível construir um cérebro humano e podemos fazer isso em 10 anos", disse Markram, diretor do Blue Brain Project (BBP), à conferência acadêmica global TED na cidade de Oxford, na Inglaterra.
O BBP é um projeto científico internacional, financiado pelo governo suíço e doações de indivíduos, cujo objetivo é construir uma simulação computadorizada do cérebro de mamíferos.
Markram já construiu elementos do cérebro de um camundongo. A equipe do cientista se concentra especificamente na coluna neocortical, conhecida como neocortex.
O projeto atualmente tem um modelo de software de dezenas de milhares de neurônios, cada um deles diferente, que os ajudou a construir, artificialmente, uma coluna neocortical.

A equipe coloca os dados gerados pelos modelos junto com alguns algoritimos - uma sequência de instruções para solucionar um problema - em um supercomputador.
"Você precisa de um laptop para fazer todos os cálculos para um neurônio", disse ele.
"Portanto você precisa de 10 mil laptops", afirmou.
Em vez disso, a equipe usa um supercomputador com 10 mil processadores.
As simulações já começaram a fornecer pistas aos pesquisadores sobre o funcionamento do cérebro. Elas podem, por exemplo, mostrar ao cérebro uma imagem, como uma flor, e seguir a atividade elétrica da máquina, ou seja, como é feita a representação da imagem.
"Você estimula o sistema e ele cria sua própria representação", disse ele.
O objetivo é extrair esta representação e projetá-la, permitindo que os pesquisadores vejam diretamente como o cérebro funciona.
Segundo Markram, além de ajudar na compreensão dos mecanismos do cérebro, o projeto pode oferecer novos caminhos para se entender os problemas mentais.
"Cerca de dois bilhões de pessoas no planeta sofrem de distúrbios mentais", disse o cientista, reforçando os benefícios em potencial do projeto.