sexta-feira, 13 de maio de 2011

Milho pode neutralizar espermatozóides

Cientistas conseguriam fazer com que grãos produzam anticorpos humanos.

The Sunday Times - Numa iniciativa capaz de revolucionar o controle da natalidade, principalmente nos países em desenvolvimento, cientistas conseguiram fazer com que o milho produza anticorpos humanos que neutralizam o espermatozóide.

Depois de extraídos dos grãos do milho, os anticorpos são purificados, processados e adicionados a um lubrificante que protege contra a gravidez. "É uma tecnologia barata, significando que pode ser adotada globalmente", disse o médico Kevin Whaley, que chefia as pesquisas na Universidade Johns Hopkins, nos EUA. "Estamos prevendo que o produto será aplicado no local, em lubrificantes sexuais. Vai ser algo que as mulheres poderão aplicar muitas horas antes do coito e terá eficácia por um período de 12 a 24 horas.

"Cientistas estão prevendo que extensos milharais serão cultivados para atender à procura de um produto relativamente barato.

Os Estados Unidos são, há muitos anos, o maior produtor de milho do mundo.

Reação - O organismo feminino reage a muitas bactérias e vírus, mas o espermatozóide é um dos poucos agentes que em geral não causam reação imunológica nas mulheres. No entanto, certas mulheres - menos de uma em cada grupo de 100 - são inférteis por razões imunológicas. Os espermatozóides que penetram em seu organismo são considerados invasores indesejáveis pelas células do sistema imunológico, cujos anticorpos os neutralizam.

Cientistas da Johns Hopkins capturaram esse anticorpo nas células sanguíneas brancas de mulheres inférteis por razões imunológicas, depois clonaram essas células e produziram material genético que é misturado ao DNA do milho. "As maiores concentrações estão no coração do milho", disse Whaley.

"Podemos conservar os grãos armazenados e purificar a proteína ou o anticorpo quando precisarmos." Testes em seres humanos vão começar dentro de dois anos. Os cientistas também estão cultivando no milho um anticorpo que combate herpes e pensando em adicionar anticorpos contra o vírus da Aids e outras doenças.

Mau humor: Certamente não é fome

Boa notícia para quem está de dieta: ao contrário do que todo mundo pensa, ficar com fome pode melhorar o humor. Foi o que descobriram pesquisadpores americanos. Quando precisamos comer, nosso corpo produz um hormônio, chamado grelina, que tem um efeito colateral interessante: é capaz de afastar o estresse e causar a sensação de bem-estar.

Lanches leves e saudáveis entre as refeições mantêm seu nível de glicose estável, seu metabolismo em alta e acalmam o desejo por guloseimas.Prefira opções que sustentam mas não engordam.Para não errar, lembre-se de que as mais indicadas são frutas com casca, gelatina sem açúcar, barras de cereal, iogurte desnatado ou queijo branco.

Segundo uma pesquisa norte-americana, o estrogênio, hormônio feminino, é o responsável pelo desejo de poder e de competição das mulheres. A pesquisa mostrou que as participantes do estudo consideradas ambiciosas tinham níveis mais altos de um tipo de estrogênio, que também subia quando elas ganhavam uma competição.

O potássio ajuda a manter oas músculos firmes, segundo os nutricionistas. Se você quer driblar a flacidez e otimizar os resultados da mallhação, preste atenção no que anda comendo e consulte um especialista para saber se é necessário complementar a alimentação com o mineral.

Segundo especialistas, pequenas atitudes, como ouvir os conselhos do parceiro(a), declarar necessidades e desejos, resolver os problemas asssim que aparecem e aprender a ceder, podem eliminar completamente os conflitos entre casais.

Você já reparou que nos dias em que fica mais parado, sente mais cansaço? Se isso já aconteceu com você, saiba que a solução é se movimentar. Uma pesquisa americana revelou que um passeio rápido, a pé ou de biciclita, ou mesmo alguns minutos de ioga são capazes de recarregar as baterias rapidamente.

A falta de cálcio pode causar irritabilidade, nervosismo, insônia e diminuição da memória, ou seja, são grandes as chances de você descontar estes sintomas comendo mais e atacando a geladeira de noite. Cuidado, reveja seu consumo de cálcio.

Mulheres que se exercitam têm 25% menos chances de desenvolver câncer de mama.

Um estudo realizado nos EUA mostrou que as pessoas que dormem viradas para o lado esquerdo têm menos chances de sofrer de refluxo estomacal.

Comer vegetais diariamente, não fumar, não beber álcool e fazer atividades físicas regularmente pode aumentar a expectativa de vida em 14 anos, segundo um recente estudo britânico. Participaram dele cerca de 20 mil homens e mulheres durante 11 anos, e o resultado prova que mudanças no estilo de vida podem ter um forte efeito sobre a saúde.

Muito se fala sobre os malefícios que o excesso de sal causa à saúde. Mas ,sabia que ausência total do tempero na alimentação pode prejudicar o coração. Foi o que descobriu um recente estudo americano. Consuma com moderação.

Pessoas que fazem tanto exercícios aeróbicos quanto de resistência comem menos do que as que optam por apenas um dos dois, afirma um estudo americano. Isso porque elas produzem mais hormônios que controlam o apetite. Portanto, se você está tentando perder peso, invista na esteira e na musculação.

Quinoa, aveia,salmão, lentilha e couve estão entrwe os alimentos apontados por nutricionistas como aliados de uma dieta equilibrada. Isso porque são ricos em proteínas, fibras e gorduras poliinsaturadas, nutrientes estes que , se ingeridos com freguência e nas quantidades corretas ajudam o organismo a queimar o que não é saudável: a gordura. A dieta balanceada impede que o corpo queime músculos ou toda a energia vinda dos carboidratos, queimando as gorduras sobressalentes.

Ao acordar, ainda em jejum, beba meio litro de água. Segundo especialistas, esse é o momento em que o organismo absorve melhor o líquido.

Se suas unhas estão quebradiças ou com alguns pontos brancos, isso significa que seu organismo está pedindo nutrientes, como cálcio, zinco e magnésio - dos quais, as sementes de abóbora e de girassol são boas fontes.

Todos sabem que tomar uma taça de vinho por dia protege o coração. Mas, cientistas norte-americanos descobriram que o hábito também evita o excesso de gordura no fígado. Mas, é só uma taça, ok?

O café da manhã pode te ajudar a despertar, mas o que realmente lhe dará energia para o dia todo é um pouco de exercício. Segundo um novo estudo realizado nos EUA, APENAS 20 MINUTOS de atividade física de baixa intensidade pela manhã podem aumentar em até 20% o nível de energia de uma pessoa cansada.

Pesquisadores de Harvard descobriram que pessoas que comem batata de 3 a 4 vezes por semana têm 14% mais risco de desenvolver diabetes do que aqueles que ingerem o alimento em menor quantidade.

É muito importante ingerir iogurte,quando você estiver tomando antibióticos. Isso porque esses medicamentos destroem a flora intestinal, mas os lactobacilos presentes no iogurte ajudam a reconstituí-la.

Para manter cada kilo de músculo, o organismo queima 50 calorias por dia. Já para manter 1 kilo de gordura, o corpo perde somente 2 calorias no mesmo período. Que tal investir na malhação?

Olhos curiosos

Nenhum outro órgão do corpo humano apresenta , não obstante as suas diminutas dimensões, uma estrutura tão complexa como os olhos.

Se com o indicador e o polegar formarmos uma circunferência, obteremos o diâmetro aproximado destes órgãos, capazes de receber, simultaneamente, milhão e meio de impressões.

Durante o dia, os olhos movem-se mais de 100.000 vezes para receberem as ondas de luz que os atingem. Se considerarmos que 80% de todas as impressões sensoriais captadas pelo homem são de natureza ótica, reconheceremos que os olhos realizam um árduo trabalho. Seis músculos de pequenas dimensões, mas extremamente fortes, realizam o trabalho mecânico. Se pretendêssemos estabelecer uma comparação entre estes e outros grupos de músculos existentes no corpo humano, como os das pernas, o trabalho diário realizado pelos músculos dos olhos corresponderia a uma dupla maratona das pernas.

Os movimentos dos olhos, um dos pressupostos básicos da visão, representam de fato um fenômeno maravilhoso. O globo ocular, que tem as dimensões de uma bola de pingue-pongue, é acionado pelos músculos que se encontram na parede óssea da órbita. A sua atividade permite ao homem abranger os objetos que se encontram em várias posições no espaço, de modo que esses mesmos objetos sejam nitidamente representados na retina na sua posição correta.

Com o auxílio dos músculos, os olhos podem mover-se para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda - para o que o globo ocular gira em torno de um eixo contínuo e imaginário ântero-posterior -, podem sair levemente da órbita e ainda recolher um pouco.

Os movimentos dos olhos processam-se em torno de um centro de rotação situado um pouco atrás do centro do globo ocular. Nunca dois dos seis músculos de cada um dos olhos trabalham contraditoriamente: os músculos retos superior e inferior, assim como ambos os músculos oblíquos, fazem com que os olhos se movam para cima e para baixo ou rodem.

Para que a visão seja possível, o trabalho conjunto de ambos os olhos reveste-se de grande importância. Faça uma pequena experiência em frente ao espelho: quando você levanta um dos olhos , o outro automaticamente eleva-se também, não sendo possível baixá-lo. Mais ainda: se um dos olhos se virar para fora , o outro volta-se paralelamente para dentro; é impossível a ambos os olhos moverem-se simultaneamente para fora. Para dentro o caso é diferente. Fixe um objeto com ambos os olhos. Quanto mais perto o objeto se encontrar, mais acentuada se torna a convergência.

Para levar a cabo o complexo trabalho que representa a visão diária, os olhos dividem engenhosamente as tarefas, alternando as vezes que cada um recebe cerca de 90% de todas as impressões. No período de descanso, durante o qual recupera, o olho que se encontra de momento aliviado contribui ainda com cerca de 10% de sua potência.

Origem e evolução da vida

Uma vida ativa como a que conhecemos só pode ocorrer no âmbito de temperatura entre 0 grau C e +100 graus C. A formação de vida em outros corpos celestes também depende desse âmbito de temperatura. Segundo as teorias atuais da origem da vida na terra, pode-se partir do fato de que na atmosfera primordial do nosso planeta, há alguns bilhões de anos, existia hidrogênio, vapor de água, dióxido de carbono amoniaco e metano.

Hoje em dia, estima-se em cerca de três milhões o número das espécies de seres vivos sobre a face da terra.Primitivamente nenhuma delas apresentava as caracteristicas que apresenta agora.Logo , ao passar por muitas fases intermediárias, adquiriu a sua forma atual.Essa sequência evolutiva vale também para o reino vegetal.

Experiências realizadas em 1953 pelo quimico americano Stanley Miller demonstram que através de descargas elétricas numa tal atmosfera primordial podem se formar aminoácidos. Essas experiências clássicas foram repetidas e ampliadas durante as duas últimas décadas.Sabemos hoje, por exemplo, que atravéz da ação de intensas radiações ultravioleta numa tal atmosfera primordial podem se originar compostos orgânicos. Também no espaço interestelar foram encontradas nos últimos tempos moléculas orgânicas simples.Já durante a formação do nosso sistema planetário, moléculas desse tipo poderiam ter chegado à Terra.Os locais de nascimento de verdadeiros organismos no nosso planeta teriam sido, entretanto, os oceanos primordiais, que teriam abrigado as composições orgânicas simples da atmosfera ou do espaço interestelar, reunindo-as em moléculas protéicas maiores e, finalmente, nos mais simples seres vivos. As temperaturas nesses oceanos primordiais devem ter sido da ordem de 40 graus C uma temperatura ótima para a reação de moléculas orgânicas.

Segundo uma importante teoria vigente, os primeiros passos da evolução das fases evolutivas do homem recuam no tempo até os dias do peixe ossificado, o peixe de cartilagem, com um esqueleto em grande parte óssea.Em qualquer época, mas na hora, de maneira repentina, a sua estrutura foi redesenhada, permitindo às suas bexigas natatórias aspirarem o oxigênio não somente da água, mas também do ar.Com isso criou-se o pulmão. É algo esquisito o modo de como se conta este caso, procurando explicá-lo.Era pequeno o passo que levou desses peixes com barbatanas em forma de borla, que respiravam por brânquias e sairam da água, para os primeiros anfibios, ainda desprovidos de cauda do peixe, mas cujas barbatanas já estavam transformadas em extremidades legitimas.Um grande salto dado pela evolução...

Segundo opiniões antropológicas, divulgadas a partir de cátedras universitárias, as espécies evoluiram na imensa estufa obedecendo as regras do jogo, conforme estabelecida por Darwin e aproveitando-se de um grande número de acasos. Um após outro; Todos os individuos de uma só especie descendem de uma familia comum e emigraram de um centro de origem. E, ainda; Como todas as formas vivas representam os descendentes imediatos daqueles que viveram muito antes do periodo cambriano, podemos ter a certeza de que jamais a sequência das gerações sofreu solução de continuidade e nenhum DILÚVIO devastou a TERRA...

Tranformação do passado em presente

Vamos continuar a nossa conversa sobre a luz? Há muitas outras coisas interessantes a se falar sobre ela e seus efeitos, principalmente quando o foco é a astronomia. Pode se dizer que é possível viajar no tempo através da luz. Preparados para novas descobertas? Então, vamos lá...

Lembra que a luz não é instantânea? Pois, o raio luminoso é como um correio trazendo, não notícias escritas, mas a fotografia, ou mais rigorosamente ainda, o próprio aspecto do lugar donde sai. Vemos esse aspecto tal qual era no momento em que os raios luminosos enviados de cada um dos pontos do lugar saíram de lá. Quando examinamos ao telescópio a superfície de um astro, não a vemos tal qual ela é no instante em que a observamos, e sim tal qual era ao tempo em que a luz, que ora nos chega, foi emitida pela dita superfície.

Em uma palavra, os raios de luz que as estrelas nos enviam não nos chegam instantaneamente, e sim empregando um certo tempo em transpor a distância de separação, não nos mostrando as estrelas tal qual são agora, mas tal qual eram por ocasião em que partiram esses raios de luz transmissores do respectivo aspecto. Aí está uma surpreendente transformação do passado em presente. Para o astro observado, é o que já se passou, o já desaparecido; para o observador, é o presente, o atual. O passado do astro é rigorosa e positivamente o presente do observador. E porque o aspecto dos mundos muda de um ano a outro, e mesmo da véspera para o dia seguinte, pode-se representar esse aspecto igual a um escapamento no Espaço avançando no Infinito para se revelar aos olhos dos longínquos contempladores. Cada aspecto é seguido de um outro e assim sucessivamente; e, na forma de série de ondulações, levam ao longe o passado dos mundos, que se torna presente aos observadores escalonados na sua passagem. Isso que cremos ver presentemente nos astros, já se passou, e o que lá está ocorrendo, nós não o vemos ainda.

Este é um fato real, por isso que nos interessa muito apreender tal marcha sucessiva da luz, e compreender com exatidão essa verdade: o aspecto das coisas, quando trazido pela luz, apresenta essas coisas, não tal qual elas são presentemente, mas tal qual eram anteriormente, segundo o intervalo de tempo necessário para que a respectiva imagem, assim trazida, percorra a distância que delas nos separa.

Não vemos astro algum qual é no momento, mas qual o era no instante em que dele saiu o raio luminoso que nos chega. Não é o estado atual do céu que nos é visível, mas a sua história passada. Há mesmo astros que não existem mais, desde há dez milênios, e são vistos ainda, porque o raio luminoso deles saiu de lá muito tempo antes da sua destruição. Algumas estrelas duplas podem não existir mais, desde quando começaram a haver astrônomos sobre a superfície da Terra. Se o céu visível fosse aniquilado hoje, seria visto ainda amanhã, e ainda no ano próximo e ainda durante um século, um milênio, cinco, dez milênios e por mais, excetuadas apenas as estrelas muito próximas, que se extinguiriam, sucessivamente, à proporção do decurso de tempo necessário para que os respectivos raios luminosos, delas emanados, transpusessem a distância que nos separa: Alfa do Centauro extinguir-se-ia primeiro, em 48 meses, Sírio em 120 meses etc.

Até para sabermos que o mundo acabou, a notícia chegaria atrasada!!! Agora, quando você olhar para o céu, já sabe que na verdade estamos fazendo arqueoastronomia. Astrônomos são como Indiana Jones do Espaço!

Dependencia dos jogos comparada à cocaina




 


Lá dizia a sabedoria popular, que tudo o que é em excesso faz mal. É uma frase que podemos aplicar no conjunto de elementos que nos rodeia. As altas tecnologias de informação e todos os meios tecnológicos em particular que temos hoje em dia à nossa disposição, são mais que suficientes para nos deixar entretidos. Os jogos além de instrumentos indispensáveis ao relaxar da nossa mente, podem ter consequências bastante viciantes para os mais permeáveis às novas tecnologias.

Parece que a adição a novas tecnologias está a preocupar o Reino Unido, já que os jogos estão a afectar psicologicamente a faixa etária mais jovem, repercutindo-se em comportamentos auto-destrutivos e violentos difíceis de controlar. Segundo um artigo publicado no Lancaster Evening Post, da autoria Steve Pope um terapeuta especialista na área de psicologia, descreve as causas e efeitos deste flagelo com algumas afirmações pouco convencionais:

“Dedicar duas horas a jogar tem um efeito de ressaca equivalente a inalar uma linha de cocaína. É a dependência que maior crescimento tem registado no país e está a afectar mentalmente, uma faixa etária jovem e a potenciar problemas físicos como a obesidade. A adição a jogos de computador pode ascender a um espiral de violência, já que ao terminarem de jogar títulos violentos os jovens podem confundir a realidade com fantasia”

O terapeuta dá alguns exemplos para explicar a sua tese:

“Já observei um rapaz de 14 anos que jogava durante 24 horas sem parar e que como tal não tinha comido e apresentava sinais de desidratação. Quando os pais se aperceberam, tentaram lhe retirar a sua consola de jogos, o adolescente tornou-se de tal forma agressivo que ameaçou saltar da janela da sua casa.

Já lidámos também com crianças que faltam regularmente à escola para jogar e outras que roubam dinheiro aos seus pais para comprar jogos”


As seguintes perguntas podem se colocar acerca desta temática:

Será que os tempos mudaram e a educação e os valores que os nossos pais nos transmitiram não estavam adequados a novas realidades e são facilmente deturpáveis, por alguns títulos mais violentos providenciados pelas novas tecnologias?

Ou os valores numa boa educação são de alguma forma intemporais, não sendo afectados por uma nova onda de entretenimento para adultos, que só afectam casos isolados de jovens com distúrbios?

Pessoalmente lembro-me de passar a jogar a tarde toda, clássicos como o Quake ou Doom (na altura em que tinha tempo) e não me incentivou a sair à rua e agredir ninguém ou mesmo roubar, por isso penso que deste ponto de vista o artigo é altamente exagerado em tornar isto um caso generalizado, cada caso será um caso.

Não somos todos iguais e na vida alguns de nós são mais permeáveis do que outros em tudo o que vêm na televisão, ouvem na rádio ou jogam na sua consola. Diferenças essas que marcam também a forma como cada um de nós, recebe toda a informação proveniente dos meios tecnológicos e as propaga aos que nos rodeiam.

Mas no essencial algumas das afirmações do artigo britânico dão que pensar. Estamos num mundo muito diferente em relação aquele que os nossos pais e avós viveram e a dependência tecnológica é cada vez mais uma das principais doenças do século 21 para a nossa população. Esta “droga” dos nossos tempos, pode levar a ressacas muito particulares, mas com a diferença do dano ter resultados psicológicos em alguns casos irreparáveis.

Influencias da Lua

A lua cheia influencia nosso comportamento, o crescimento dos cabelos, etc

Ao longo da história da humanidade, a lua cheia sempre esteve relacionada aos desequilíbrios emocionais, ao comportamento violento e à loucura. Não é a toa que a lua cheia é a lua dos amantes apaixonados, dos assassinos seriais, dos lobisomens e de diversas criaturas do folclore nacional. Acredita-se que, durante a lua cheia, aumentem o número de crimes violentos, de suicídios e das internações nos hospícios. A lua cheia também é relacionada à fertilidade e não é incomum que enfermeiras e médicos acreditem que mais mulheres dão à luz na lua cheia. No campo, muitos agricultores consultam a Lua antes de plantar ou podar, assim como nos salões de beleza muita gente faz o mesmo na hora de cortar o cabelo. Mas será que estes mitos lunares resistem aos dados da ciência?


Não é de hoje que cientistas buscam correlações entre a lua cheia e o comportamento humano. No que diz respeito aos nascimentos durante a lua cheia, o físico brasileiro Fernando Lang da Silveira foi um dos que colocou o mito à prova, em seu trabalho intitulado "Marés, Fases da Lua e Bebês" (a versão final do trabalho, publicada no Caderno Brasileiro de Ensino de Física, está aqui). Utilizando os dados de 93.000 estudantes cadastrados nos concursos da UFRGS e comparando-os com as tabelas lunares do Observatório Nacional, Fernando Lang, pôde constatar que não havia correlação entre o número de nascimentos e a fase da Lua. Na Espanha um estudo semelhante foi conduzido pelo Hospital de Cruces, na cidade de Barakald e tampouco foi detectado algum aumento no número de nascimentos durante a lua cheia. Mas o mais abrangente estudo sobre o assunto foi feito pelo astrônomo Daniel Caton, que em 2002 analisou mais de 70 milhões de registros de nascimentos ao longo dos últimos 20 anos. Sua conclusão foi inequívoca: não há nenhuma relação entre a lua cheia e o número de partos.


Quanto aos suicídios, diversos estudos mostraram que eles não são mais comuns durante a lua cheia como se pensa (confira aqui e aqui); pelo contrário: um estudo realizado pelo Instituto de Saúde Pública da Finlândia divulgado em 2000 mostrou que em 1.400 casos de suicídio ocorridos ao longo de um ano na Finlândia, uma quantidade significativamente maior ocorreu durante a lua nova, quando a luminosidade é menor.



Loucos não são chamados de lunáticos à toa. O mito de que a lua cheia provoca maior atividade nos hospícios é um dos mais populares entre os mitos lunares. Também é mais um a não encontrar apoio nos lúcidos dados estatísticos. O psicólogo canadense Ivan W. Kelly e seus colegas da Universidade de Saskatchewan investigaram em 1996 mais de 100 estudos relacionados ao efeito lunar e não encontraram nenhuma relação entre a lua cheia e algum comportamento que possa remotamente ser rotulado como lunático. Uma boa coleção destes estudos até a década de 80 pode ser encontrada no livro "Astrology: True or False? - A Scientific Evaluation" de Roger Culver e Philip Lanna (o livro pode ser "folheado" aqui).


E quanto aos animais, geralmente mais irracionais que os homens? Será que pelo menos eles não ficam um tanto mais insanos na Lua cheia? Não segundo os pesquisadores Simon Chapman e Stephen Morrell da Universidade de Sidney. A pedido dos fazendeiros locais, que tinham como certo o fato de que os cães mordem mais pessoas na Lua cheia, os dois decidiram examinar o mito e produziram o estudo: "Barking mad? Another lunatic hypothesis bites the dust". A conclusão é de que pelo menos os cães canadenses não mordem as pessoas mais frequentemente na Lua cheia do que em outra luas (pelo menos não o suficiente para levá-las ao hospital). Este estudo vai de encontro a outro que mostrou resultado oposto com cães ingleses, mas que foi criticado por não tratar separadamente os finais de semana e feriados, onde normalmente os atendimentos são maiores.



E já que estamos falando em hospitais, um outro estudo - "Effect of lunar cycle on temporal variation in cardiopulmonary arrest in seven emergency departments during 11 years" - publicado no European Journal of Emergency Medicine, desmonta o mito de que há mais atendimentos de emergência a pacientes cardíacos durante a lua cheia (embora tenha encontrado uma média de 6,5 % menos ressucitações na lua nova).


Outro mito popular é de que durante a lua cheia acontecem mais crimes, especialmente os violentos. Durante algum tempo, este mito gozou de alguma credibilidade científica, graças ao pesquisador Arnold L. Liber da Universidade de Miami. Liber investigou 14 anos de ocorrências policiais no estado da Flórida e disse ter encontrado maior atividade criminal durante a lua cheia. Este estudo até hoje é amplamente citado, especialmente pelos esotéricos, que vêem nele a prova de suas crenças, porém nenhum outro pesquisador conseguiu chegar aos mesmos resultados de Liber. O astrônomo George Abell da Universidade da Califórnia, por exemplo, ao analisar os mesmos dados, realmente constatou que o número de crimes aumenta nos períodos de maior calor e nos feriados, mas não encontrou nenhuma relação com a fase da lua. Já na Espanha o estudo "Moon cycles and violent behaviours: myth or fact?" publicado no European Journal of Emergency Medicine analisou 1.100 casos de vítimas de agressão atendidos durante um ano no hospital universitário La Candelaria, em Tenerife, e não encontrou nenhuma relação entre os atendimentos e a fase da Lua. Nenhuma relação tampouco foi encontrada por Alex Pokorny e Joseph Jachimczyk, da Escola de Medicina Baylor de Houston, que nos anos 70 analisaram 2500 homicídios ocorridos no Texas, durante quatorze anos ("Astrology: True or False? - A Scientific Evaluation" de Roger Culver e Philip Lanna).



Já no campo, muitos agricultores acreditam que as colheitas são mais abundantes se as sementes forem plantadas nas fases certas da Lua. Mas não é só isso: em muitas regiões os fazendeiros também consultam a Lua antes de podar plantas, colher maçãs, fertilizar o solo, cortar madeira, castrar animais, desmamar crianças, assar bolos e até mesmo lançar as fundações de uma construção. A crença nos efeitos da Lua vai além das meras tradições populares transmitidas de pai para filho; nos EUA, o "Almanaque do Fazendeiro" oficializa o mito e ensina, entre outras coisas, que o que o dia 21 de maio é perfeito para capinar o mato, já que a vegetação crescerá mais lentamente. O grupo Australian Skeptics é um dos poucos que colocou este mito à prova. Ao plantar sementes em luas "boas" e "ruins" os pesquisadores não encontraram nenhuma diferença significativa no tempo de germinação ou no peso dos vegetais colhidos.


Do crescimento da vegetação ao crescimento do cabelo basta um pulo para imaginação popular. Claro que você já ouviu falar que cortar o cabelo de acordo com a lua pode fazê-lo crescer mais rápido ou com mais volume. O site longhairlovers.com, por exemplo, ensina: "para o cabelo crescer com mais volume corte-o quando a lua estiver cheia na casa de Touro, Câncer ou Leão", e por aí vai. No Rio Grande do Sul a empresa Pilomax embalou a superstição em um produto comercial e vende desde 1968 o Calendário Lunar Pilomax, mais um revolucionário tratamento que promete resolver o problema da queda de cabelos (um cliente satisfeito do sistema diz que usa o produto há vários anos e que ele funciona sim: os pêlos das suas costas, nariz e ouvidos cresceram bastante desde que começou o tratamento, mas não tanto os da cabeça, que continua careca; certamente, pensa ele, porque não levou em conta seu ascendente). Nem todos os cabeleireiros se deixam levar por este mito; os profissionais mais sérios o colocam na mesma categoria de outras superstições populares conhecidas por "hair-voodoo" (do tipo: "usar boné provoca queda de cabelo"; aqui e aqui há uma boa lista deles). O dermatologista Valcinir Bedin, presidente da Sociedade Brasileira para Estudos do Cabelo assegura que a Lua não influi na maneira e na velocidade com que o cabelo cresce e que independentemente da fase lunar, a média de crescimento mensal do cabelo é de 1 centímetro (Veja, edição 1638, 1/3/2000, p. 127).



De onde vêm os mitos lunares?

Praticamente todos os mitos relacionados à Lua vêm de uma falácia, ou seja, de uma associação lógica que parece verdadeira, mas não é. Todo mundo sabe que a Lua afeta as marés; ora, se nosso corpo é constituído em sua maior parte de água, ele não poderia também ser influenciado pela Lua, manifestando uma espécie de "maré corporal"? Esta idéia parece tão lógica que já rendeu um livro inteiro: "How the Moon Affects You" de Arnold L. Lieber (responsável pelo estudo que citamos acima), publicado pela primeira vez em 1978 com o nome "The Lunar Effect". (Neste livro, entre outras coisas Liber previu um grande terremoto na Califórnia em 1982, provocado pelo alinhamento dos planetas que ocorreu naquele ano. O terremoto não aconteceu, mas como isso não é coisa que costuma desanimar os futurólogos, Liber renovou a previsão na nova edição de seu livro, desta vez sem marcar a data).


Parece lógico, mas não é. O problema é que a influência da Lua nas marés é gravitacional (e não magnética como espalham alguns sites esotéricos por aí) e a força gravitacional é uma força muito, muito pequena (é a mais fraca das forças físicas conhecidas). Sendo tão pequena, a força gravitacional só se torna perceptível quando estão envolvidas massas muito, muito grandes, como, por exemplo, as massas da Lua e dos oceanos da Terra (esclarecendo: ela é proporcional às massas dos corpos e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre eles). É por isso que, assim como você será incapaz de perceber marés em um copo d'água, também o nosso corpo não sentirá qualquer influência perceptível da Lua. De fato, um mosquito pousado no seu cabelo exerce mais força sobre ele do que a distante Lua, independentemente da fase.



Eis um outro problema para a teoria das tais marés corporais: como a força gravitacional depende da distância e como a distância entre a Lua e a Terra praticamente não se altera (a órbita da Lua é bem pouco elíptica), as marés não são provocadas pela fase da Lua. Sim, as marés são mais fortes na lua cheia e na lua nova, mas somente porque nestes períodos a Lua e o Sol estão alinhados e a força gravitacional dos dois exercida sobre os oceanos se soma. Assim, se alguém aceitar a teoria das marés corporais terá que reeditar todos os mitos lunares e incluir a lua nova entre eles.


Finalmente, o mito de que os ciclos menstruais são regidos pelos ciclos lunares envolve um mero probleminha de aproximação. O ciclo menstrual médio é de 28 dias (e isso porque apenas 30% das mulheres têm períodos que diferem de menos de dois dias da média) enquanto o ciclo lunar é de imutáveis 29,53 dias. A diferença de 1 dia e meio não perturbou nossos ancestrais que inclusive colocaram na raiz da palavra menstruação, a palavra grega para Lua (menus). Em todo o caso, aqueles que vêem algo de espetacular no fato de que, entre todos os mamíferos, apenas a mulher apresenta um ciclo de ovulação mais ou menos parecido com o lunar, está negligenciando a pequenina cuíca, um marsupial semelhante ao gambá, nativo das Américas. A cuíca (opossum) também tem um ciclo de aproximadamente 28 dias. É de se imaginar o misterioso desígnio que reservaria unicamente às mulheres e cuícas um ciclo de ovulação quase igual ao lunar...