Quem gosta ou conhece a música clássica, com certeza já deve ter ouvido falar no violinista Niccolò Paganini. Sua virtuose e técnica ficaram amplamente conhecidas no seu tempo (1782 – 1840). Tamanha era sua técnica, que algumas pessoas que o ouviam e viam tocar atribuiam tais habilidades como advindas de um pacto com o Diabo.
Paganini era um virtuoso; seus feitos assombravam de tal modo as audiências que começaram a circular lendas que aliavam seus feitos a forças demoníacas. Ciente disso, ele começou a cuidar de alimentar esse mito.
São muitas as lendas que circundam a figura de Paganini, a começar pelas relacionadas à sua aparência. Devido a uma doença, ele havia perdido os seus dentes, o que dava ao seu rosto uma aparência macilenta; sua face pálida, em contraste com seus longos cabelos negros, conferiam-lhe uma aura etérea. Seus trajes negros e desalinhados completavam a imagem que desejava.
A sua técnica ao violino, além de acuradíssima, também era ornamentada com elementos espetaculares; ao tocar, Paganini desenvolvia um gestual impetuoso e agressivo - por vezes atribuído aos demônios que o acompanhavam.
Os feitos de Paganini ao violino não eram menos espantosos. Ele era capaz de tocar à espetacular velocidade de doze notas por segundo - esse é tempo que a maior parte dos músicos leva para ler doze notas. Ele também inovou com suas técnicas de memorização; antes dele, todos os violinistas tocavam acompanhados do programa a ser tocado - Paganini, por sua vez, costumava simplesmente subir ao palco com seu instrumento, sacudir seu longo cabelo e pôr-se a tocar. Todo o programa já havia sido memorizado.
Entretanto, certamente a mais fantástica proeza atribuída ao violinista era sua extrema habilidade com uma única corda. Sabe-se que cedo em sua carreira Paganini treinava improvisando melodias em uma única corda, chegando inclusive a compor canções específicas para isso. Francis Gates conta uma curiosa história sobre essa peculiaridade: segundo ele, numa tarde, um rico cavalheiro contratou Paganini e mais dois músicos para fazer uma serenada para sua amada. Antes de começarem, o violinista secretamente amarrou um estilete em seu braço direito - e, então, começaram. Logo uma das cordas arrebentou. "É por causa do ar", disse Paganini, e continuou tocando com as outras três cordas. Pouco depois, outra corda se rompeu, sem que o violinista demonstrasse qualquer perturbação. Enfim, a penúltima corda se partiu - para infelicidade do apaixonado cavalheiro, que começou a temer pelo sucesso de sua serenata. Paganini respondeu a isso com um sorriso e simplesmente continuou tocando como se nada tivesse acontecido.
Paganini tinha uma tremenda flexibilidade física. Muitos acreditavam que Paganini tinha vendido a sua alma ao Diabo em troca de sua perfeição musical. Provavelmente ele tenha sofrido da então desconhecida Síndrome de Marfan, uma desordem de tecido conectivo.
Dr. Francesco Bennati, médico eminente e contemporâneo de Paganini que o observou em uma tentativa para descobrir o segredo dele observou: “A mão dele não é maior que o normal, mas graças à elasticidade peculiar em todas suas partes, o palmo dele é dobrado. Por estes meios, por exemplo, pode ele, sem alterar a posição da mão, modificar as articulações superiores dos dedos da mão esquerda em uma direção lateral, com a maior facilidade e rapidez”.
Em um artigo do diário de AMA datado de 2 de janeiro de 1978, Dr. Myron R. Shoenfeld lança a teoria que Paganini nasceu com a Síndrome de Marfan: “O longo, sinuoso, hiperextensivel toque da sua mão esquerda deu aos seus dedos um alcance extraordinário e liberdade de movimento independente no sobre as cordas no espelho, enquanto a flexibilidade do pulso e articulação do seu ombro do direito, na extremidade superior lhe deu a amplitude requerida para curvamento correto. A evidência para esta hipótese necessariamente é inferencial, mas, eu acredito, estou convencido e até mesmo compelido”.
É ou não é um violinista do "demônio"?
Paganini era um virtuoso; seus feitos assombravam de tal modo as audiências que começaram a circular lendas que aliavam seus feitos a forças demoníacas. Ciente disso, ele começou a cuidar de alimentar esse mito.
São muitas as lendas que circundam a figura de Paganini, a começar pelas relacionadas à sua aparência. Devido a uma doença, ele havia perdido os seus dentes, o que dava ao seu rosto uma aparência macilenta; sua face pálida, em contraste com seus longos cabelos negros, conferiam-lhe uma aura etérea. Seus trajes negros e desalinhados completavam a imagem que desejava.
A sua técnica ao violino, além de acuradíssima, também era ornamentada com elementos espetaculares; ao tocar, Paganini desenvolvia um gestual impetuoso e agressivo - por vezes atribuído aos demônios que o acompanhavam.
Os feitos de Paganini ao violino não eram menos espantosos. Ele era capaz de tocar à espetacular velocidade de doze notas por segundo - esse é tempo que a maior parte dos músicos leva para ler doze notas. Ele também inovou com suas técnicas de memorização; antes dele, todos os violinistas tocavam acompanhados do programa a ser tocado - Paganini, por sua vez, costumava simplesmente subir ao palco com seu instrumento, sacudir seu longo cabelo e pôr-se a tocar. Todo o programa já havia sido memorizado.
Entretanto, certamente a mais fantástica proeza atribuída ao violinista era sua extrema habilidade com uma única corda. Sabe-se que cedo em sua carreira Paganini treinava improvisando melodias em uma única corda, chegando inclusive a compor canções específicas para isso. Francis Gates conta uma curiosa história sobre essa peculiaridade: segundo ele, numa tarde, um rico cavalheiro contratou Paganini e mais dois músicos para fazer uma serenada para sua amada. Antes de começarem, o violinista secretamente amarrou um estilete em seu braço direito - e, então, começaram. Logo uma das cordas arrebentou. "É por causa do ar", disse Paganini, e continuou tocando com as outras três cordas. Pouco depois, outra corda se rompeu, sem que o violinista demonstrasse qualquer perturbação. Enfim, a penúltima corda se partiu - para infelicidade do apaixonado cavalheiro, que começou a temer pelo sucesso de sua serenata. Paganini respondeu a isso com um sorriso e simplesmente continuou tocando como se nada tivesse acontecido.
Paganini tinha uma tremenda flexibilidade física. Muitos acreditavam que Paganini tinha vendido a sua alma ao Diabo em troca de sua perfeição musical. Provavelmente ele tenha sofrido da então desconhecida Síndrome de Marfan, uma desordem de tecido conectivo.
Dr. Francesco Bennati, médico eminente e contemporâneo de Paganini que o observou em uma tentativa para descobrir o segredo dele observou: “A mão dele não é maior que o normal, mas graças à elasticidade peculiar em todas suas partes, o palmo dele é dobrado. Por estes meios, por exemplo, pode ele, sem alterar a posição da mão, modificar as articulações superiores dos dedos da mão esquerda em uma direção lateral, com a maior facilidade e rapidez”.
Em um artigo do diário de AMA datado de 2 de janeiro de 1978, Dr. Myron R. Shoenfeld lança a teoria que Paganini nasceu com a Síndrome de Marfan: “O longo, sinuoso, hiperextensivel toque da sua mão esquerda deu aos seus dedos um alcance extraordinário e liberdade de movimento independente no sobre as cordas no espelho, enquanto a flexibilidade do pulso e articulação do seu ombro do direito, na extremidade superior lhe deu a amplitude requerida para curvamento correto. A evidência para esta hipótese necessariamente é inferencial, mas, eu acredito, estou convencido e até mesmo compelido”.
É ou não é um violinista do "demônio"?
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