A Síndrome do Pânico faz com que o corpo reaja como se estivesse frente a um perigo, porém não há nada visível que possa justificar esta reação.
Ele se caracteriza por dois aspectos, um psíquico e outro físico. Uma súbita sensação de medo, terror, angústia, ansiedade, sensação de morte iminente, sensação de perda de controle de si, sensação de estranheza em relação ao ambiente. Essas são as sensações do ponto de vista psíquico.
Ao mesmo tempo há várias manifestações físicas: palpitações, falta de ar, sudorese, vertigens, dor no peito, náuseas e tonturas. Em geral o início do ataque é abrupto, pode ou não ter fatores desencadeantes (por exemplo, estresse, uso de drogas), sua duração em geral varia de minutos a horas, desaparecendo gradualmente.
O impacto é muito grande
Embora as pessoas utilizem a expressão "pânico" para falar de seu estado de espírito ou para dizer que estão ansiosas, do ponto de vista técnico somente os sintomas acima descritos caracterizam um ataque de pânico.
É comum que os ataques se repitam com alguma frequência (desde várias vezes ao dia, até ataques esporádicos) passando a constituir o transtorno de pânico.
Os ataques podem ocorrer a qualquer hora ou local, sem aviso prévio. Além de deixar a pessoa insegura, ela pode desenvolver um grande medo de ter novos ataques, o que é denominado agorafobia. A pessoa passa a evitar sair de casa por se sentir insegura ou a evitar os locais ou situações nos quais apresentou os ataques de pânico (p. ex., locais fechados como carros, metrô, elevadores). Com isso sua vida cotidiana começa a sofrer prejuízos significativos.
Como ele ocorre
Ele começa usualmente na adolescência ou inicio da idade adulta. Embora raro, pode ocorrer também em crianças. Atinge cerca de 1% a 2% da população e é duas vezes mais frequente nas mulheres que nos homens. É um transtorno de longa duração, que tende a ser recorrente, mesmo com tratamento. A pessoa pode passar longos períodos sem o transtorno, mas este pode voltar a se manifestar novamente.
Diagnóstico
Para o diagnóstico do transtorno de pânico, é fundamental observar as queixas do paciente. Exames laboratoriais e eletrocardiograma podem ser solicitados e usualmente estão normais. Em algumas pessoas é detectada uma pequena alteração em uma válvula do coração ("prolapso de valva mitral"), mas a relação entre tal alteração e o transtorno de pânico não está comprovada.
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