sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Cálculo renal e verão
O calor do verão, associado a combinações alimentares típicas das férias (como "churrasco com cerveja"), aumenta em um terço o número de casos de cálculo renal, ou "pedras nos rins". Dados da Secretaria Estadual da Saúde, feitos com base nos atendimentos do Centro de Referência em Saúde do Homem, mostram que a média mensal de pessoas com diagnóstico de pedra no rim pula de 1.200 durante o inverno para 1.600 nos meses mais quentes. O depósito de cálcio e outras substâncias nos rins ocorre em razão da falta de hidratação, combinada com a ingestão de alimentos gordurosos e bebidas alcoólicas, como a cerveja - que muitos pensam que refresca, mas que, na verdade, causa desidratação do corpo. Segundo o urologista Otero Gil, do Hospital 9 de Julho, o problema ocorre com mais frequência no verão porque o calor contribui para que haja perda maior de água do organismo. - É como em um copo com água e açúcar. Se você diminui a quantidade de água no copo, o açúcar começa a se depositar no fundo. A formação das pedras segue o mesmo princípio. A receita básica para se prevenir contra o cálculo renal passa por uma medida simples: tomar mais água. É a recomendação de Joaquim Claro, do Centro de Referência em Saúde do Homem. - As pessoas continuam bebendo a mesma quantidade de água que bebiam no inverno, mas a perda de líquidos é maior. Os urologistas recomendam a ingestão de, pelo menos, dois litros de água diariamente. Segundo Fernando Almeida, professor livre docente de urologia da Universidade Federal de São Paulo, a cor da urina pode sinalizar o bom funcionamento ou não dos rins. - A cor e o cheiro forte são indícios de que a pessoa não está bebendo água o suficiente. Cuidados com a alimentação também são bem-vindos, diz Oskar Kaufmann, urologista do Hospital Albert Einstein. - A dieta rica em alimentos com sal e proteína animal facilita a formação de pedras. Tem que evitar o somatório de fatores. Não dá para comer feijoada e só beber cerveja num dia quente. Os cálculos renais podem afetar qualquer pessoa, principalmente as que já têm predisposição genética. A dor é provocada quando as pedras passam pelos tubos que ligam os rins à bexiga. A maioria delas é expelida naturalmente. Cerca de 20% dos casos precisam de intervenção. O tratamento consiste no aumento de ingestão de água, medicamentos e, quando necessário, cirurgia com laser.
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