O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima cerca de 520 mil novos casos da doença em 2012 no Brasil. Os tipos de câncer mais incidentes nas regiões brasileiras são os de pele não melanoma, próstata, mama e pulmão. As sete novas localizações de tumores são bexiga, ovário, tireoide (nas mulheres), sistema nervoso central, corpo do útero, laringe (nos homens) e linfoma não Hodgkin.
Em Alagoas, as estimativas de câncer de tireoide para o ano de 2012 apresentam incidência de 80 casos em mulheres e taxa bruta de 5,10. Na capital, os números são de 30 casos e taxa bruta de 6,59. Não há ocorrências em homens.
Desconsiderando o câncer de pele não melanoma (tumor com baixa letalidade), entre o sexo masculino, o câncer de próstata permanecerá como o mais comum, seguido o de pulmão, cólon e reto, estômago, cavidade oral, laringe e bexiga. Já entre as mulheres, a glândula tireoide, de modo inédito, aparece no quinto lugar geral, atrás do câncer de pele não melanoma, mama, colo do útero, cólon e reto. Na sequência vêm os tumores de pulmão, estômago e ovário.
Segundo o oncologista e técnico do Núcleo de Prevenção e Controle do Câncer da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau/AL), João Aderbal Raposo de Moraes, esta divulgação disponibiliza aos gestores de saúde informações fundamentais para o planejamento das políticas públicas de forma regionalizada.
De acordo com o endocrinologista e também técnico da Sesau, Arnaldo Mendonça, o câncer de tireoide, na maioria das vezes, não apresenta sintomas. Apesar de ser de bom prognóstico, o diagnóstico precoce é de fundamental importância para o sucesso do tratamento.
“A prevalência de nódulos na tireoide é bastante alta e apresenta percentual de nódulos malignos de 5 %, aproximadamente. Este é o grande desafio do endocrinologista”, explicou Arnaldo Mendonça, que justifica o número crescente da prevalência de câncer pelo aumento de diagnósticos, o maior acesso a ultrassonografia da tireoide, bem como fatores ambientais, a exemplo da poluição, alimentação inadequada, agrotóxicos e demais agentes externos.
O endocrinologista declara ainda que o diagnóstico é realizado pelo autoexame da tireoide, no sentido de detectar nódulos que sejam palpáveis. No exame físico, a história familiar deve ser valorizada, além da realização de exames complementares, como ultrassonografia e punção biópsia aspirativa com agulha fina para citologia do nódulo.
Câncer da tireoide – É um tumor maligno ou um crescimento na glândula tireoide. Normalmente, a reposição de células velhas da tireoide por células recém-produzidas é um processo constante e regulado. Em alguns casos, certas células se tornam anormais e não acompanham o ciclo de crescimento comum. Quando estas células anormais continuam a crescer e a se reproduzir de maneira descontrolada, formam um tumor. Há quatro tipos principais de câncer de tireoide: papilar, folicular, medular e anaplásico.
Câncer de tireoide não é um tipo de câncer comum. Mesmo quando o tratamento é bem-sucedido, o médico pode recomendar exames de rotina para ver se houve recorrência. Isto porque, até 35% dos cânceres de tireoide pode voltar, e um terço de todas as recorrências só vão surgir com mais de 10 anos após o tratamento inicial.
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta, situada na base da garganta, abaixo do pomo de adão. Tem duas asas (ou lóbulos), uma direita e uma esquerda. As duas estão ligadas no meio. A glândula tireoide fabrica, armazena e libera hormônios da tireoide (chamados T3 e T4) que afetam quase todas as células do seu corpo e ajudam a regular o seu metabolismo
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