Certamente muitos de nós, ao entrar em qualquer repartição pública deve ter observado aquela placa que diz:
É crime maltratar ou desrespeitar o servidor público no exercicio de suas funções".[ Comissão de Juristas encarregada de efetuar mudanças ao CPC, propôs ao Senado que pena seja aplicada apenas quando for cometida injúria contra servidor público, prevalecendo o entendimento de que o desacato não é outra coisa a não ser uma ofensa à honra do mesmo, praticada em razão da função que ele exerce. Portanto, foi realocado para a condição de crime contra a honra.
No site que publicou esta notícia, efetuaram-se inúmeros comentários, onde obviamente muitos deles, se contemplam por duas razões principais:
a)- Demonstram indignação pelo desrespeito com o tratamento recebido pelo cidadão nos órgão públicos e por seus servidores de todas as áreas;
b)- Aquela em que o próprio cidadão desrespeita o servidor público indevidamente.
Exemplos não faltam, acontecem todos os dias, principalmente aqueles em que o cidadão é vítima de abusos existentes nas mais variadas repartições públicas, que em muitos casos, também são maltratados por seguranças das mesmas e tudo que possa ser considerado como negativo neste sentido.
Como o exemplo acima é o que mais acontece é preciso questionar o comportamento da sociedade, traduzido por cada um de nos, ou seja:
“Não raro, em ambas as situações acima, tanto o cidadão ou o servidor indevidamente maltratado, raramente recebe apoio dos demais, pois, nestes casos, o comum é fingir que “nada se viu ou existiu”, quando na verdade, não se quer comprometer com as causas alheias o que vem demonstrar que a maioria na sociedade é individualista e só pensa em suas prioridades e necessidades”.
Assim, vamos á outra realidade conhecida como corporativismo, presente em todas as áreas, que, no entanto, em determinadas circunstâncias é trocado pelo individualismo, por exemplo:
Os próprios servidores públicos, não querem se comprometer com o que acontece com seus pares, dentro da mesma condição acima.
Más qual o outro motivo desta conduta?
Sabemos hoje, que nos órgãos públicos,que muitas das pessoas que são consideradas gestores, foram lá colocadas exclusivamente por apadrinhamentos políticos e qualquer manifestação “justa” contrária dos servidores com anos de carreira pública, assim são resolvidas: ou não são levadas em consideração e pior, sofrem consequências, por isso, os demais, seus pares, como se diz na gíria: “ ficam nas suas”.
A conclusão óbvia de todas estas realidades, não é outra senão, que a propalada igualdade de direitos e deveres é uma falácia, pelo comportamento individualista de todos nos na sociedade, embora saibamos em teoria, que devemos nos aliar ou aderir ás causas coletivas, mas como diz o ditado, nas práticas, as teorias são outras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário