terça-feira, 20 de abril de 2010

Brasil Império
A Maçonaria no Brasil
INTRODUÇÃO

Desde a crise do Antigo Sistema Colonial, a maçonaria está presente em nossa história, destacando-se inicialmente, entre alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final do século XVIII. Nesse período que antecede a Independência, a maçonaria assumiu uma posição avançada, representando um importante centro de atividade política, para difusão dos ideais do liberalismo anticolonialista.
Sua influência cresceu consideravelmente durante o processo de formação do Estado Brasileiro, onde apareceu como uma das mais importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante ao longo de todo período monárquico no século XIX. Nesse processo, a história do Brasil Império é também a história da maçonaria, que vem atuando na política nacional desde os primeiros movimentos de independência, passando pelos irmãos Andradas no Primeiro Reinado, até as mais importantes lideranças do Segundo Império, no final do século XIX.

O QUE É A MAÇONARIA ?

Trata-se de uma associação semi-secreta, difundida no mundo todo, que adota os princípios de fraternidade e da filantropia entre seus membros. A maçonaria discrimina as mulheres, sendo composta principalmente por profissionais liberais, que se iniciam através de rituais incluindo juramentos de fidelidade e uma série de simbolismos, onde a moral, a fraternidade e a retidão são representadas pelo livro sagrado, pelo compasso e pelo quadrado. No cotidiano os maçons se comunicam através de sinais secretos, senhas e cumprimentos especiais.
A maçonaria não é uma seita religiosa, embora o único obstáculo para aceitação de um novo membro seja o ateísmo, já que os maçons professam a crença em um ser supremo. Ela é supra-religiosa, pois são aceitos cristãos, judeus, muçulmanos, budistas e qualquer homem de fé.

HISTÓRICO E CARACTERÍSTICAS
Em meados do século XV na Inglaterra as lojas medievais de free masons ("pedreiros livres"), inicialmente reservadas somente a profissionais ligados a esse ofício (arquitetos e engenheiros), abriram-se para membros da nobreza, da burguesia e do clero. Durante os séculos XVI e XVII, crescia cada vez mais o número desses maçons aceitos que conservaram os ritos e os símbolos da maçonaria tradicional de pedreiros, arquitetos e engenheiros, apegando-se contudo às suas próprias interpretações no tocante a questões filosóficas, científicas e espirituais.
No início do século XVIII aparece a franco-maçonaria moderna, com orientação interna baseada no Livro das Constituições publicado em 1723 por James Anderson, que exerceu influência internacional no pensamento das sociedades modernas, difundindo-se principalmente, nos países anglo-saxônicos.
A hierarquia para iniciação maçônica possui três níveis (aprendiz, companheiro e mestre), que são desenvolvidos em lojas ou oficinas. Do quarto grau até o décimo quarto o maçom se desenvolve em lojas de perfeição, depois, do décimo quinto ao décimo oitavo, em capítulos, e do décimo nono ao trigésimo em areópagos. A partir do trigésimo grau até o trigésimo terceiro e último, a iniciação é realizada por conselhos que administram os quatro grupos precedentes.
A simbologia da maçonaria é composta por elementos de uma linguagem coerente e complexa. Apesar de não possuir definição político-partidária ou religiosa, a maçonaria sempre atuou no campo político-ideológico.
No Brasil, a maçonaria distanciou-se dos interesses populares, passando a representar a aristocracia rural, estendendo-se no máximo às classes médias emergentes.

A MAÇONARIA NO BRASIL

Apesar da maçonaria estar presente no Brasil desde a Inconfidência Mineira no final do século XVIII, a primeira loja maçônica brasileira surgiu filiada ao Grande Oriente da França, sendo instalada em 1801 no contexto da Conjuração Baiana. A partir de 1809 foram fundadas várias lojas no Rio de Janeiro e Pernambuco e em 1813 foi criado o primeiro Grande Oriente Brasileiro sob a direção de Antonio Carlos Ribeiro de Andrada e Silva.
A lusofobia tão presente nos movimentos de emancipação, também caracterizava a maçonaria brasileira, que desde seus primórdios não aceitava se submeter ao Grande Oriente de Lisboa.
Como em toda América Latina, no Brasil a maçonaria também se constituiu num importante veículo de divulgação dos ideais de independência, sendo que em maio de 1822 se instalou no Rio de Janeiro o Grande Oriente Brasiliano ou Grande Oriente do Brasil, que nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva o primeiro grão-mestre da maçonaria do país.
Com D. Pedro I no poder, o Grande Oriente do Brasil foi fechado, ressurgindo apenas com a abdicação do imperador em 1831, tendo novamente José Bonifácio como grão-mestre. Nesse mesmo ano ocorre a primeira cisão na maçonaria brasileira, quando o senador Vergueiro funda o Grande Oriente Brasileiro do Passeio, nome referente à rua do Passeio, no Rio de Janeiro.
A divisão enfraqueceu a maçonaria, que começou a perder influência no quadro político do Império brasileiro. Essa situação agravou-se em 1864, quando o papa Pio XI, através da bula Syllabus, proibiu qualquer ligação da Igreja com essa sociedade.
No contexto de crise do Império brasileiro, esse quadro tornou-se mais crítico em 1872, quando durante uma festa em comemoração à lei do Ventre-Livre, o padre Almeida Martins negou-se a abandonar a maçonaria, sendo suspenso de sua atividade religiosa pelo bispo do Rio de Janeiro. Essa punição tinha sido antecedida por um discurso feito pelo padre Almeida Martins na loja maçônica Grande Oriente, no qual o religioso exaltou a figura do visconde do Rio Branco, que, além de primeiro-ministro, era grão-mestre da maçonaria.
Neste processo, o bispo de Olinda, D. Vital e o de Belém, D. Macedo determinam o fechamento de todas irmandades que não quiseram excluir seus associados maçons. A reação do governo foi rápida e enérgica, quando em 1874, o primeiro-ministro, visconde do Rio Branco, determinou a prisão dos bispos seguida de condenação a quatro anos de reclusão com trabalhos forçados. Apesar da anistia concedida no ano seguinte pelo novo primeiro-ministro duque de Caxias, a ferida não foi cicatrizada e o Império decadente junto com a maçonaria que o sustentava, perdiam o apoio do clero e da população, constituindo-se num importante fator para queda do obsoleto regime monárquico e para separação do mesmo com a Igreja.

No período republicano a maçonaria conseguiu crescer e diversificar suas atividades pelo país, apesar de ter perdido o poder de influência no Estado brasileiro. Nesse final de século, a maçonaria permanece como uma associação, que apesar de defender os princípios de fraternidade e filantropia, exclui, mesmo que de forma não assumida, a participação das camadas sociais menos abastadas entre seus membros.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

História

Primeira Coca-cola foi vendida em 1886




A primeira garrafa de Coca-Cola foi vendida no dia 08 de maio de 1886, em Atlanta, EUA. Criada pelo farmacêutico John S. Pemberton, a bebida era inicialmente vendida como um xarope capaz de curar "todos os males da alma e do corpo" por apenas $5 cents. Por dificuldades financeiras, Pemberton vendeu a fórmula para o empresário Asa G. Candle em 1891, que criou a The Coca-Cola Company.

No Brasil, o refrigerante chegou informalmente em 1941, no Recife e foi produzida inicialmente pela Fábrica de Água Mineral Santa Clara, até que fossem instaladas minifábricas na capital pernambucana e em Natal, no Rio Grande do Norte. O local era conhecido como "Corredor da Vitória", parada obrigatória dos navios para a Europa em plena Segunda Guerra Mundial.

A primeira fábrica da Coca-cola foi instalada na então capital do Brasil, Rio de Janeiro. De onde, em 18 de abril de 1942, saíam da Rio de Janeiro Refrescos as primeiras garrafinhas de 185 ml.

Fonte: JB Online

O Mito da Caverna

O Mito da Caverna

Extraído de "A República" de Platão



Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas a frente, não podendo girar a cabaça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.

A luz que ali entra provém de uma imensa a alta fogueira externa. Entre ele e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela os prisioneiros enxergam na parede no fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.

Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginavam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.

Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.

Num primeiro momento ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda a sua vida, não vira senão sombra de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.

Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.

Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.

O que é a caverna?

Que são as sombras das estatuetas?

Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna?

O que é a luz exterior do sol?

O que é o mundo exterior?

Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros?

O que é a visão do mundo real iluminado?

Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo (Platão está se referindo à condenação de Sócrates à morte pela assembléia ateniense)?

história antiga

A lenda do deus Osíris

INTRODUÇÃO



No dia 16 de fevereiro passado, arqueólogos descobriram um sarcófago de granito, numa tumba localizada a 30 metros de profundidade, próximo as pirâmides de Gizé, no Egito. Segundo o arqueólogo egípcio Zahi Hawass , o sarcófogo pertence a Osíris.

Um dos fatos mais admiráveis sobre a civilização egípcia é o cuidado que dedicavam ao sepultamento de seus mortos. Na verdade as múmias egípcias são quase como um símbolo do tempo dos faraós, e a prática milenar do embalsamamento fez chegar aos nossos dias, junto com os registros nos templos e nas paredes das tumbas, as marcas da vida que levavam os egípcios do mundo antigo.
Qualquer sociedade humana tem nas suas práticas um reflexo do seu universo mental. Não seria diferente com os egípcios. Eles eram extremamente ligados ao rio Nilo e à agricultura que as cheias lhes permitia fazer, vinculando muitos dos seus símbolos míticos a elementos aquáticos e a fenômenos que podiam ser observados no seu próprio "em torno". Isso poderá ser mais bem notado ao longo da nossa narrativa.

No cerne das práticas funerárias está embutida uma lenda, explicativa de um ideal que já esteve preso à realeza com exclusividade até a quarta dinastia egípcia. Posteriormente os ritos foram estendidos a membros da corte até serem difundidos por toda a população. Esta lenda é a do deus Osíris.

Osíris é, miticamente, a primeira de todas as múmias, dando assim justificativa à prática do embalsamamento. Ísis, sua esposa-irmã, opõe-se à catástrofe da sua morte com a prática da magia, o recurso da mumificação e a milagrosa concepção de Hórus.
A lenda não nos chegou através de documentos egípcios, a não ser por fragmentos textuais, vinhetas e algumas cenas em tumbas, mas já relacionadas às exéquias de alguma personagem. Quem nos revela Osíris é Plutarco, beócio da Queronéia, nascido por volta da primeira metade do século I d.C.

Essa lenda, mais que qualquer outra, exerceu uma enorme influência no espírito egípcio. Fica claro para os estudiosos do Egito, a antiguidade do culto a Osíris que tomou pujança no Médio Império quando foi explicitamente refletido nas práticas funerárias, independentemente do culto ao próprio deus em templos específicos.

Dica de história

Antônio Conselheiro morreu de diarréia




Ao contrário do que se diz, Antônio Conselheiro, o líder de Canudos, não morreu de ferimentos recebidos na batalha travada para defender seu reduto de Belo Monte. A causa foi uma prosaica diarréia que o desidratou antes do massacre final praticado pelas forças federais, que decapitaram seu cadáver para levar a cabeça como troféu.

domingo, 11 de abril de 2010

ANOREXIA NERVOSA

Anorexia Nervosa




É um distúrbio psiquiátrico caracterizado pela redução drástica da ingestão de alimentos. É, portanto, um transtorno alimentar grave, com comprometimentos físicos e psíquicos, que atinge quase que exclusivamente as mulheres. A anoréxica tem uma grande obsessão com o corpo e passa a tomar atitudes drásticas para não engordar, pois tem uma visão distorcida do próprio corpo, se vê "gorda" e sempre acha que precisa emagrecer mais. Inicialmente, a paciente com anorexia expressa uma preocupação excessiva com o peso corporal e começa a se interessar por dietas, sempre observando o número de calorias de cada alimento.



Progressivamente, o regime vai se tornando mais radical e alimentos começam a ser abolidos totalmente do cardápio. Visivelmente mais magra, a anoréxica só come alimentos light e diet e começa a usar roupas largas. O jejum também é freqüente,e, muitas vezes, até líquidos são evitados. As anoréxicas costumam esconder alimentos, comem lentamente e cortam a comida em pequenos pedaços.



Uma pessoa que sofre de anorexia nervosa pode também desenvolver a bulimia (prática habitual onde a paciente após ingerir um alimento, provoca vômitos com os dedos, cabos de colher, arames, contrações abdominais, etc.). A destruição do esmalte dentário é freqüente também por causa dos vômitos, pele seca e amarelada, cabelos finos, secos e quebradiços pela desnutrição.

O que leva uma pessoa a desenvolver esse grave transtorno alimentar?



Sem dúvida alguma, a "ditadura da beleza " imposta pela sociedade ocidental, ou seja, o culto à beleza física (só são valorizadas, admiradas, as pessoas que preenchem os padrões de beleza do mundo ocidental, que são as mulheres magras, com o corpo bem torneado, os homens "sarados", que tem um corpo escultural, etc.) faz com que a auto-estima, o valor de uma pessoa fique atrelado ao aspecto físico , principalmente, na população mais jovem do sexo feminino(entre 15 a 25 anos), onde justamente a anorexia é mais freqüente.



Recentemente, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou um relatório com dados alarmantes, ou seja, em 2009, foram vendidas no país quase seis toneladas de anorexígenos e entre os anos de 2004 e 2006, o Brasil foi campeão mundial no consumo de psicotrópicos anorexígenos, segundo um relatório da Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes. Obviamente, isso se deve a falta de maior controle desses remédios, além desses medicamentos serem baratos e acessíveis nas farmácias.

Mas, certamente existem mais de uma causa que levam uma pessoa a desenvolver a anorexia e ela seguramente não é só de ordem cultural, biológica, emocional ou psicológica, como a psicologia e a psiquiatria defendem. O fato de muitos médicos, psiquiatras e psicólogos ainda não considerarem o ser humano como dotado de uma alma, de um espírito e, portanto, se estruturarem em bases materialistas, puramente organicista, não o vendo em sua totalidade: mente, corpo e espírito, dificulta qualquer iniciativa de uma análise mais profunda do ser.



Na minha prática clínica, ao conduzir mais de 8000 sessões de regressão de memória, através da TER (Terapia Regressiva Evolutiva) - A Terapia do Mentor Espiritual(ser desencarnado diretamente responsável pela nossa evolução espiritual), abordagem psicológica e espiritual breve, canalizada por mim pelos Espíritos Superiores do Astral, constatei que existem três causas que levam uma pessoa a desenvolver seu problema: 1) Causa psicológica - oriunda de experiências traumáticas dessa vida(infância, nascimento, útero materno) ou de outras existências; 2) Causa espiritual - ocasionada por uma interferência espiritual obsessora (desafeto do passado do paciente); 3) Causa mista - as duas juntas, ou seja, a causa psicológica e agravada por uma presença espiritual obsessora (é importante esclarecer aqui, que existem dois grupos de espíritos obsessores: a) os inimigos, que são movidos a ódio e vingança pelo fato do paciente tê-los prejudicado no passado, principalmente, em outras vidas e b) os iludidos, que não são inimigos, não vê o paciente como inimigo; pelo contrário, quer muitas vezes ajudá-lo, mas não sabem que com as sua presenças prejudicam a vida do paciente).