Cirurgia de Catarata: O Retorno de Uma Boa Visão
Mais de cinqüenta por cento das pessoas com mais de 60 anos sofrem de catarata – um turvamento progressivo do cristalino, que interfere na absorção da luz que chega à retina. Com isto, perde-se na qualidade da visão.
Os portadores de catarata normalmente a explicam como se estivessem olhando através de uma queda de água ou através de uma folha de papel, de forma embaçada ou com a diminuição da visão.
Assim, a leitura fica muito mais difícil e até dirigir um carro pode ser perigoso. Além disso, o portador de catarata pode sentir incômodos com luz forte ou até ver halos de luz.
Segundo estudiosos do assunto, o uso de óculos , em um momento inicial pode até a ajudar, mas com o agravamento da catarata, a visão vai diminuindo gradativamente. Como não existem medicamentos que possam reverter este problema, a única solução é a remoção cirúrgica.
Evolução da Cirurgia
Atualmente a cirurgia de catarata é realizada em ambulatórios e consultórios e pode demorar apenas alguns minutos. Logo após a intervenção os pacientes recebem alta, vão para casa, necessitando apenas de alguns cuidados essenciais e orientação médica.
Fato que mudou completamente, se compararmos com alguns anos atrás, com internações de uma semana ou mais, além de uma série de complicações.
Hoje a cirurgia de remoção da catarata se dá através por meio de uma técnica chamada de facoelmulsificação ou cirurgia de catarata com pequena incisão.
É usada uma anestesia tópica (local) na parte branca do olho (esclera) ou na córnea clara (logo acima da área onde a córnea encontra a esclera). Assim, a catarata é fracionada em partículas microscópicas usando o ultra-som e sendo aspirada pelo olho. Para compensar a remoção do cristalino, implanta-se uma lente intra-ocular.
Com a evolução da oftalmologia, a cirurgia de catarata hoje é muito simples, pois medicamentos como os colírios anestésicos usados na cirurgia evitam desconfortos para portadores do problema, além da própria técnica que evoluiu significativamente.
Assim, as pessoas podem se sentir mais seguras e confiantes no resultado final da cirurgia. Graças à evolução atual nesta área, os resultados são excelentes.
Quanto à recuperação é preciso considerar que as pessoas são fisicamente diferentes, mas uma grande maioria apresenta melhoras quase que imediatas, podendo retornar as atividades em dois ou três dias.
Outras pessoas informam estarem muito melhores do que no período anterior ao surgimento da catarata. Em alguns casos, tempos após a cirurgia, pode ocorrer um embaçamento da membrana que se localiza atrás na pupila, problema este que pode ser resolvido através um de tratamento rápido no próprio consultório médico.
Procure um bom especialista em oftalmologia para fornecer todas as orientações necessárias, antes da decisão final.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Dicas de saúde
Droga psicodélica contra o câncer
Em um estudo realizado na Universidade de Nova York, E.U.A médicos estão usando drogas como LSD,ecstasy e psilocilina para tratar a ansiedade de pacintes com câncer em estágio avançado.
Bactérias e Obesidade
Bactérias que favorecem a digestão podem fazer o corpo acumular quilos a mais, caso não estejam equilibradas corretamente. É o que afirma estudo publicado na revista Science. O fenômeno é causado por uma bactéria que, em excesso no intestino, pode alterar o metabolismo e o apetite.
Boa Dica
Comer um fatia de abacaxí como sobremesa ajuda a eliminar o excesso de colesterol. Isto porque a fruta é rica em fibras.
Em um estudo realizado na Universidade de Nova York, E.U.A médicos estão usando drogas como LSD,ecstasy e psilocilina para tratar a ansiedade de pacintes com câncer em estágio avançado.
Bactérias e Obesidade
Bactérias que favorecem a digestão podem fazer o corpo acumular quilos a mais, caso não estejam equilibradas corretamente. É o que afirma estudo publicado na revista Science. O fenômeno é causado por uma bactéria que, em excesso no intestino, pode alterar o metabolismo e o apetite.
Boa Dica
Comer um fatia de abacaxí como sobremesa ajuda a eliminar o excesso de colesterol. Isto porque a fruta é rica em fibras.
domingo, 4 de julho de 2010
A copa que ninguem vê
Na África, quando um menino masai aprende a andar, ele já recebe um bastão para ir treinando. Aos 5 anos, ganha junto com uma vara de pastor, sua primeira lança para defender os cordeiros e cabras que receberá em seguida. Assim que aprimora as suas habilidades pastoris, torna-se responsável por alguns animais e, aos 10 anos, já deve saber cuidar de si e de seu gado. São as vacas que lhes provêem quase todos os alimentos que consomem. O gado é tão importante para esse povo que a saudação mais comum quando um masai cruza com outro pelas savanas africanas, é: "Espero que suas vacas estejam bem".
A copa do mundo de futebol que está sendo realizada na África do Sul, traz visibilidade para a região, além de uma legião de turistas e profissionais da imprensa que contribuem com os altos lucros que o país obtém como sede da copa.
No entanto, não muito longe do cenário de interesses que move um evento dessa envergadura, existe uma copa que ninguém vê: "a copa da luta por comida" que ocorre na África Ocidental, onde a mídia mundial não se faz presente porque não existem interesses lucrativos ou de visibilidade que atinja o grande público consumidor.
O certo, é que indiferente à copa do mundo da poderosa FIFA, milhões de africanos ocidentais - estima-se em 10 milhões - estão ameaçados pela estiagem e falta de alimentos a preços acessíveis.
Atualmente, segundo as organizações humanitárias internacionais, pessoas esfomeadas estão sendo forçadas a comer folhas e coletar grãos de formigueiros. A situação cruel se repete em diversos países, onde a insegurança alimentar provocada pela estiagem que devastou plantações e provocou a falta de pastagens, água e colheita pobre, estão levando famílias ao desespero na busca por comida.
Com a crise estabelecida e a decorrente alta no preço dos alimentos, muitas famílias estão consumindo a ração que seria destinada ao gado, fato que tem provocado a morte por inanição de muitos animais, inclusive caprinos, que servem como fonte de alimento no consumo do leite e da carne.
Somando-se às perdas na agricultura provocado pelo desequilíbrio climático na região, nuvens de gafanhoto danificaram as árvores frutíferas que mantinham como a principal fonte de renda nas áreas rurais de alguns países, principalmente no Chade, onde a colheita 2009/2010 foi considerada a pior dos últimos anos.
Conforme informações das organizações humanitárias estabelecidas na África Ocidental, a situação é extremamente preocupante e comparável ao caos que enfrentou a Etiópia em 1984, quando cerca de um milhão de pessoas teriam morrido devido à estiagem e à lenta reação da comunidade internacional frente ao quadro dramático.
Enquanto na copa da fartura as disputas são pela posse da bola, vaidade, orgulho, audiência ou por interesses dissimulados, na copa da fome os interesses estão voltados para a luta pela sobrevivência e dignidade.
Enquanto na África do Sul os micro e mega interesses começam a contabilizar os lucros e as vantagens obtidas nas disputas que tem como "pano de fundo" a bola de futebol, na África Ocidental os esfomeados e esquecidos pelos holofotes da mídia e pelos governantes das super potências, começam a contabilizar as perdas e a projetar um futuro próximo de extremas dificuldades se não forem ajudados pelo capital financeiro internacional e pelas pessoas de boa fé de todos os cantos do planeta.
Enquanto na copa que supervaloriza os "classificados" da competência ou da sorte, que passam de fase e garantem temporariamente as suas aparições "na vitrine da fama", como numa cena surrealista, os desclassificados da copa do infortúnio e do esquecimento, desfilam nas secas e tórridas savanas da África Ocidental, as suas "delegações" de famintos que portam bandeiras e faixas que identificam os seus países de origem e respectivos dramas sociais.
Mauritânia: atingido pela crise alimentar;
Mali: 629 mil pessoas não tem alimentação adequada;
Niger: oito milhões de pessoas em risco;
Chade: dois milhões de pessoas em risco;
Burkina Fasso: partes do país estão em risco;
Nigéria: norte do país atingido pela crise alimentar.
Segue-se ao mórbido desfile das delegações africanas, um depoimento e um dramático apelo de Caroline Gluck, representante da OXFAM no Níger: "Ontem vi uma mulher analisando pedregulhos ao lado de uma estrada, tentando achar grãos que poderiam ter caído de caminhões que transportavam ajuda humanitária". E conclui: "A África Ocidental não tem estado no topo da lista de prioridades dos países desenvolvidos. A questão agora é quantos de nós ainda temos que ver morrer até o mundo agir?"
Enquanto isso, na África do Sul, indiferentes ao SOS da África Ocidental, seguem as disputas em todos os níveis de interesses individuais e coletivos, onde cada um tenta garantir o seu "quinhão".
A copa do mundo de futebol que está sendo realizada na África do Sul, traz visibilidade para a região, além de uma legião de turistas e profissionais da imprensa que contribuem com os altos lucros que o país obtém como sede da copa.
No entanto, não muito longe do cenário de interesses que move um evento dessa envergadura, existe uma copa que ninguém vê: "a copa da luta por comida" que ocorre na África Ocidental, onde a mídia mundial não se faz presente porque não existem interesses lucrativos ou de visibilidade que atinja o grande público consumidor.
O certo, é que indiferente à copa do mundo da poderosa FIFA, milhões de africanos ocidentais - estima-se em 10 milhões - estão ameaçados pela estiagem e falta de alimentos a preços acessíveis.
Atualmente, segundo as organizações humanitárias internacionais, pessoas esfomeadas estão sendo forçadas a comer folhas e coletar grãos de formigueiros. A situação cruel se repete em diversos países, onde a insegurança alimentar provocada pela estiagem que devastou plantações e provocou a falta de pastagens, água e colheita pobre, estão levando famílias ao desespero na busca por comida.
Com a crise estabelecida e a decorrente alta no preço dos alimentos, muitas famílias estão consumindo a ração que seria destinada ao gado, fato que tem provocado a morte por inanição de muitos animais, inclusive caprinos, que servem como fonte de alimento no consumo do leite e da carne.
Somando-se às perdas na agricultura provocado pelo desequilíbrio climático na região, nuvens de gafanhoto danificaram as árvores frutíferas que mantinham como a principal fonte de renda nas áreas rurais de alguns países, principalmente no Chade, onde a colheita 2009/2010 foi considerada a pior dos últimos anos.
Conforme informações das organizações humanitárias estabelecidas na África Ocidental, a situação é extremamente preocupante e comparável ao caos que enfrentou a Etiópia em 1984, quando cerca de um milhão de pessoas teriam morrido devido à estiagem e à lenta reação da comunidade internacional frente ao quadro dramático.
Enquanto na copa da fartura as disputas são pela posse da bola, vaidade, orgulho, audiência ou por interesses dissimulados, na copa da fome os interesses estão voltados para a luta pela sobrevivência e dignidade.
Enquanto na África do Sul os micro e mega interesses começam a contabilizar os lucros e as vantagens obtidas nas disputas que tem como "pano de fundo" a bola de futebol, na África Ocidental os esfomeados e esquecidos pelos holofotes da mídia e pelos governantes das super potências, começam a contabilizar as perdas e a projetar um futuro próximo de extremas dificuldades se não forem ajudados pelo capital financeiro internacional e pelas pessoas de boa fé de todos os cantos do planeta.
Enquanto na copa que supervaloriza os "classificados" da competência ou da sorte, que passam de fase e garantem temporariamente as suas aparições "na vitrine da fama", como numa cena surrealista, os desclassificados da copa do infortúnio e do esquecimento, desfilam nas secas e tórridas savanas da África Ocidental, as suas "delegações" de famintos que portam bandeiras e faixas que identificam os seus países de origem e respectivos dramas sociais.
Mauritânia: atingido pela crise alimentar;
Mali: 629 mil pessoas não tem alimentação adequada;
Niger: oito milhões de pessoas em risco;
Chade: dois milhões de pessoas em risco;
Burkina Fasso: partes do país estão em risco;
Nigéria: norte do país atingido pela crise alimentar.
Segue-se ao mórbido desfile das delegações africanas, um depoimento e um dramático apelo de Caroline Gluck, representante da OXFAM no Níger: "Ontem vi uma mulher analisando pedregulhos ao lado de uma estrada, tentando achar grãos que poderiam ter caído de caminhões que transportavam ajuda humanitária". E conclui: "A África Ocidental não tem estado no topo da lista de prioridades dos países desenvolvidos. A questão agora é quantos de nós ainda temos que ver morrer até o mundo agir?"
Enquanto isso, na África do Sul, indiferentes ao SOS da África Ocidental, seguem as disputas em todos os níveis de interesses individuais e coletivos, onde cada um tenta garantir o seu "quinhão".
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